sábado, janeiro 10, 2009

Mais neve

Nestes dias o frio é sem dúvida tema habitual nas conversas diárias. Ontem foi a neve que chegou de repente e no norte do país surpreendeu muita gente. Para os que estão no Canadá, Suíça, Alemanha ou outros sitios, onde habitualmente o Inverno é mais rigoroso, esta vaga de frio não é novidade nenhuma, muito menos a neve. Aqui no Sobral também não é um frio pouco habitual, mas no que toca a Inverno com neve já é diferente. E este ano temos sido visitados pela neve muitas vezes se compararmos com outros anos. Ontem a coisa parecia estar a ficar agreste e parecia que ía cair um nevão daqueles bem grandes. Na Covilhã ainda nevou bastante mas aqui começou a nevar com muita intensidade já ao anoitecer mas passado algum tempo parou.

Hoje demanhã restavam apenas estas manchas brancas :(

Pode ser que de tantas vezes que ela ameaça alguma seja para um grande nevão

4 comentários:

Anónimo disse...

BALADA DA NEVE

de Afonso Lopes Vieira???



Batem leve levemente
como quem chama por mim
será chuva ? será gente ?
gente não é certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania
mas há pouco há poucoshinho
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheirais do caminho

Quem bate assim levemente
com tão estranha leveza
mal se ouve mal se sente
não é chuva nem é gente
nem é vento concerteza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do ceu
branca e leve branca e fria
á quanto tempo a não via
e que saudades Deus meu.

Olho-a atravez da vidraça
pôs tudo da cor do linho
passa a gente e quando passa
os passos imprime e traça
na brancura do caminho

Fico a olhar os passos
da pobre gente que avança
e noto por entre os mais
os passos miniaturais
duns pézitos de criança.

Que quem já é pecador
sofra tormentos ,enfim
mas as crinças Senhor
porque lhe dais tanta dor
porque sofrem assim?

Que infinita tristeza
que funda perturbação
cai em mim fica em mim preza
cai neve na natureza
e cai no meu coração

Anónimo disse...

O SEU A SEU DONO.
BALADA DA NEVE, poema de AUGUSTO GIL dedicado à cidade da Guarda,terra onde cresceu e viveu parte da sua vida.
Quem não se lembra destas estrofes imortais? Cheias de ternura e simplicidade!...
Por certo que estas e outras estarão na memória de muitos.

Anónimo disse...

Lindo poema de Augusto Gil.
Parabéns
Maria Ideias

Anónimo disse...

Obrigado ao GUARDA pelo esclarecimento..eu já tinha esquecido o nome do autor ,essa a razão pelos pontos de intorrogação.