segunda-feira, agosto 28, 2006

Letra "G" do Dicionário Sobralense

Gabão - Capote
Gavela - Paveia, pequeno feixe
Gatcho - Cacho (uva)
Gaiar - Queixar
Ganapo - Menino de pouca idade
Ganau - Grupo de animais de estimação
Galaró - Galo reprodutor
Galela - Galo infértil
Galga - Mó do lagar, pedras roladas pelos pastores para se divertirem
Gorra - Boina (Basca) preta, muito usada no Sobral
Gurgolhão - Jorro de água forte que brota da terra
Gurgomilo - Goela
Gurgomelo - Cogumelo comestível
Garroutcho - Cabeleira de mulher
Garruço - Carapuça
Germelo - Raça de vacas da Beira Alta (as mães dos bois amarelo torrado que víamos no Sobral)
Grama - Erva daninha, grande invasora das terras férteis
Garrantcho - Ancinho para alisar a terra
Gamela - Nome depreciativo da malga de comer
Gadanha - Concha da sopa, utensílio para cortar feno, pessoa pouco despachada
Guloteu - Guloso
Garrote - Barrote
Gateira - Bebedeira
Gravanço - Grão de Bico
Guerrilha (feijão) - Feijão frade
Guerra (dar) - Causar incómodo
Gravetos - Ramos secos, pernas finas (de mulher)
Guilrita - Armadilha feita em vime para apanhar peixe
Guenêda - Dor repentina, pontada
Guleima - Broa de milho espalmada ( com bacalhau, chouriça ou cebola)
Gasómetro - Espécie de lâmpada a carbureto (acetileno) para iluminar os mineiros

Desafio!

Ao longo dos tempos, o Homem desenvolveu e praticou muitas receitas caseiras, simples “mezinhas” que foram subsistindo à evolução farmacêutica. O conhecimento passou de boca em boca, de geração em geração e o saber popular perpetuou essa tradição.
Quem não conhece uma mezinha herdada de uma avó ou de uma tia, capaz de curar “miraculosamente” ?
Assim, e com vista a um “post” em conjunto, venho desafiar todos vós a partilhar aquelas receitas caseiras, rezas, benzeduras, etc, utilizadas pelos nossos antepassados (ou ainda usadas), como “remédios contra os males do corpo e espírito”.
Como exemplo, deixo:
- Para curar queimaduras, água resultante do derreter da neve .
Podem enviar-me as contribuições por e-mail (serranita_s@hotmail.com), com o respectivo nick. Até lá, boas lembranças e desejos que se divirtam com o “trabalho”!;-)

sexta-feira, agosto 25, 2006

Uma noticia Para todos os "Aluados"

O planeta Marte não vai estar visível e nem se encontrará à distância mínima da Terra no próximo dia 27, contrariamente ao que informa um e-mail que está a circular na Internet, esclareceu o Observatório Astronómico de Lisboa.
Uma mensagem anónima refere que o planeta Marte será o mais brilhante no céu nocturno, em Agosto, e que observado a olho nu poderá parecer tão grande como uma Lua cheia, especialmente no dia 27, altura em que vai estar mais próximo da Terra.
A mesma mensagem informa que este fenómeno será particularmente visível pelas 00h30 e que se vai repetir em 2287.
Segundo fonte do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), esta informação "é falsa" e tem gerado "alguma confusão". O Observatório esclarece que "Marte não se encontra à distância mínima da Terra", que "não se vê a olho nu do tamanho da Lua" e que nem tão-pouco é visível no céu.
As aparições mais favoráveis de Marte são raras devido, principalmente, à grande excentricidade da órbita, sendo que as maiores aproximações entre este planeta e a Terra ocorrem em intervalos de cerca de 15 anos, "ocasiões sempre aproveitadas pelos astrónomos".Contudo, o valor dessa distância é variável e por vezes acontecem recordes, como sucedeu a 27 de Agosto de 2003.No entanto, mesmo quando o disco de Marte aparece "em condições ideais", como naquela data, a olho nu este planeta aparece "apenas cerca de duas vezes o tamanho habitual", ou seja, "ao lado da Lua, Marte parece sempre uma simples estrela". Nessas condições, Marte "pode atingir um tamanho aparente que, com uma amplificação de apenas 75 vezes, aparece através do telescópio tão grande como a Lua a olho nu".Mas nada disto acontece durante este mês de Agosto, uma vez que "Marte nem sequer se vê, pois está muito próximo do Sol", sendo a sua conjunção em Outubro. Segundo o OAL, a informação contida no e-mail que agora circula pode ter por base a notícia do acontecimento de 27 de Agosto de 2003, uma vez que certas informações registadas na altura são as mesmas agora mencionadas.

Agência Lusa

domingo, agosto 20, 2006

LENDAS DO SOBRAL

No dia 1 de Agosto de 1975 , (em pleno verão - político - quente, na Mina está sempre 17º C) a um ano de ir á inspecção militar e por esse motivo com muita dificuldade em arranjar emprego, fui com os meus diplomas do 9º ano e de Desenhador da construcção civil numa mão e com a outra bati á porta do escritório das Minas da Panasqueira á procura de trabalho.
De manhã disseram-me que não; que voltasse depois da tropa feita, mas eu voltei á tarde e aí , sim senhor temos trabalho para si porque o seu pai - Alfredo Simão das Neves - andou cá 24 anos, só que tem de ir para a Mina porque no escritório não há vaga.
Depois dos exames médicos da praxe, entrei na Mina por alturas da festa de SANTA BÁRBARA que durante aqueles 9 meses me protegeu como se andasse no ventre de minha mãe. Fiz questão de escolher a ocupação mais perigosa - marteleiro - e foi assim que logo no 1º dia de trabalho descobri ao aprender o nome das ferramentas e ao ouvir falar em galheto-espécie de almotolia com o óleo que lubrifica as peças do martelo pneumático de perfuração - de onde vinha a alcunha que os colegas tinham dado ao meu pai 40 anos antes por ele ter chamado por distração "galhetas" ao galheto . Ficou galhetas até morrer.
Histórias da Mina e de mineiros há muitas, algumas ligadas ao caminho que os nossos pais, avós e demais familiares percorriam para lá chegar, mas hoje quero apenas falar desta que se contava quando eu andava na catequese, e que me parecia mais real talvez por eu conhecer em pormenor todo o local onde a acção de desenrolou.
O Ti Zé Alegria saiu um dia ás 11 horas da noite da Mina e como tinha que ir a casa meteu-se a caminho do Sobral sozinho como tantas vezes outros já o tinham feito. Mal se meteu ao caminho começou uma trovoada que cada vez engrossava mais e os relâmpagos eram tais que lhe iluminavam a vereda, mas de repente já por volta da meia-noite quando chegou ao entrocamento dos caminhos do Porcim e da Cernada, a tempestade parou e uma lua cheia gigante surgiu do lado do Souto Negro inundando de luz todos aqueles pinhais. O vento rugiu forte pela última vez fazendo balançar os altos eucaliptos que ainda hoje lá estão. De seguida ouve um silêncio de cemitério e o Ti Zé Alegria ouviu um ramalhar de galhos a quebrar á beira do caminho e qual não foi o seu espanto quando veio ao seu encontro um mansinho cabrito preto com o pelo completamente seco e já com os cornitos a despontar no alto da cabeça. Deitou-lhe logo as mãos, pô-lo ás cavalitas e começou a descer a ladeira para a ponte da Foz Giesteita direitinho a casa todo contente. Lomba Fundeira, Lomba do Meio, Lomba Cimeira e o cabritinho sempre a dormir encavalitado no pescoço do Ti Zé que acabava de chegar á Portela, sempre a pensar como é que os colegas o iriam acreditar.
Mal entraram no recinto da Capela e viram o cruzeiro que há poucos anos lá tinham feito, o cabrito deu uma grande mijadela no pescoço do homem, soltou um berro e escapou-lhe das mãos com um grande salto. Sumiu no meio do pinhal e voltou a aparacer já fora das vistas da cruz transformado num enorme bode barbudo e chifrudo e disse:
- O que te livrou de ires hoje comigo pró inferno foram essas bugalhitas que levas aí no bolso da camursa. Quando passou atrás da igreja o sino da torre bateu a uma hora da manhã e quando bateu pela segunda vez já o Ti Zé Alegria metia a chave ao buraco da fechadura da sua casinha.
Lembro-me bem que muitas vezes o encontrei a caminho de Carvalho e sempre que lhe pedia detalhes da história, ele ria-se e não mentia nem desmentia mas sempre mostrava as tais bugalhitas, que não passavam das contas dum terço que ele carregava consigo.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Um verdadeiro must...Touché!

Para os sobralenses, visitantes, leitores e todos os que contribuem para no nosso blog, aqui está uma excelente opinião e um ou outro conselho no mínimo brilhante...ora leiam
Desde já um grande abraço e bem haja de todos nós à responável por este post, Maria Miranda.
"Desde a sua “fundação” que o Sobral tem gente a que não falta inspiração, arte e engenho para se meter em aventuras que nunca se sabe em que mares irão desembarcar.
Por isso, não foi surpresa constatar que essa “garra” se mantém!

Só esta semana e por mero acaso, descobri o Blog – da Região demarcada do Queijo Corno – brilhante título!
Ora aqui está talvez a primeira coisa pela qual vós jovens, que não desejais a “morte” do Sobral tereis de lutar! A Defesa da Região do queijo corno e de outras coisas muito boas que o Sobral tem!

As discussões em torno da reconstrução do Sobral estão óptimas! Afinal é da discussão que nasce a luz! Mas seja qual for o motivo da discussão, será bom não deixar “descambar” a linguagem, manter o nível das coisas é benéfico para todos. Por isso Famel, vê se estás atenta, Ok?

Em discussões não vou entrar … apenas desejo que o Sobral continue a ser reconstruído, o melhor possível, o que pressupõe o amor e apego das gentes sobralenses à sua terra.
Também neste campo, cabe a vós jovens mais um papel, o de sensibilizar as pessoas a reconstruir e preservar o que de melhor há. E não é preciso radicalismos… haja apenas bom senso!

Por falar em preservar… desde já vos proponho um pequeno exercício de sensibilização a por em prática com os vossos familiares, para que não “encharquem” o cemitério com uma profusão infinda de flores de plástico!
Vocês sabem - mas muitos deles não - que o plástico é um dos materiais mais poluentes e com menor taxa de degradação no meio natural, persistindo este material no solo durante centenas de anos!!! A reciclagem vem dar uma ajuda preciosa a este grave problema, mas quanto deste material chega ao destino certo?

Além de mais, o Sobral é uma terra de lindas e variadas flores, tanto cultivadas como as que de forma natural despontam na serra envolvente e podemos comprovar isto praticamente em todas as estações do ano! Então para quê o plástico?

Por isso, nada melhor que evitar… prevenir… e garantir assim o vosso futuro. Sensibilizai, se não resultar…Protestai! Protestai! Protestai! E, quem sabe, no próximo Novembro não esteja na porta do cemitério um outro “cemitério” da vossa qualidade de vida.

Ainda no “reino das flores” quem sabe, não podereis propor ao sr. Presidente da Junta a ideia de fazer do Sobral a aldeia mais florida do concelho ou quiçá do distrito…

Já me alonguei demais e por isso peço desculpa. Porém, não quero terminar sem desejar que o Blog continue assim, cheio de vivacidade e recheado de mais “descobertas”!

Aqui vos deixo uma… que “canta” o Sobral de uma época, mas que ainda hoje nela nos podemos rever.
Por ser muito longa fica apenas um excerto, de alguém que nunca esqueceu as suas origens e muito amou o Sobral.

Com amizade
M Miranda


CANTO X

I
Sobral de São Miguel, berço dourado,
Nenhuma igual a ti, ó meu amor,
Terra de meus pais, canteiro amado,
Repleto de mil bênçãos do Senhor;
De muitos naturais foste cantado,
Em cítaras e harpas de louvor.
Rezas, humilde, prostrado, ao fundo,
Como que a lembrar o final do mundo.

II
Teus filhos comem, na dureza, o pão,
Amassado no esforço e no suor:
No Fundo do Lugar, no Caratão,
Por todos os lugares, ao derredor,
Soará sempre em nosso coração
E no fundo da alma com mui fervor:
Sobral acolhedor, hospitaleiro,
Não há igual a ti no mundo inteiro.

III
Cercado de oliveiras e pinhais,
Espelha-se na ribeira ternamente;
Nas encostas abundam os currais
Onde o gado adormece docemente;
Uivam, à roda, lobos e chacais.
de guarda repelem ferozmente.
Pode dormir tranquilo o seu pastor
Da noite o sono, da manhã o alvor.


XIX
Do Cabeço da Nave à Foz-giesteira,
Do Carvalho, do Pereiro ao Porcim,
Vai gastando este povo a vida inteira,
Sorvendo o rosmaninho, o alecrim;
Nas encostas da serra é canseira
De amanhar a terra dura, por fim,
Comer centeio com o suor do rosto,
Na alma a cantar aleluias por gosto.

XX
Povo imortal dos teus e meus avós,
Eu te saúdo, canto e venero.
Vives distante, abandonado, a sós;
Mas ver-te alevantado ainda espero
Após tremenda luta, guerra atroz,
Num grito enorme, final desespero:
«Não deixem morrer meu Sobral, querido,
Assim «por eles», meu grito seja ouvido!

(Pe. António Pinto da Silva -do Livro- Cantando os Hermínios)

sábado, agosto 12, 2006

Santa Bárbara

Este fim de semana (o 2º de Agosto) é o tradicionalmente ligado aos festejos em honra de Santa Bárbara e Nª Srª do Bom Parto. À semelhança dos últimos anos, será uma festa de cariz religioso, numa das manifestações de religiosidade na aldeia.

Santa Bárbara é venerada mundialmente como Padroeira dos Mineiros, e a esse facto não será alheia a devoção dos Sobralenses, já que na aldeia existe um historial de Homens/Mulheres ligados à mina.

Para compreender a devoção dos mineiros por Santa Bárbara importa entrar um pouco no conhecimento da história da respectiva vida lendária. Sobre esta história existem numerosas versões, a mais difundida das quais considera Bárbara nascida no início do Séc. IV em Nicomédia, actual Ismite, cidade da antiga Bitínia, na Ásia Menor, junto ao Mar de Mármara; era então Iwmperador Romano Maximiano Hércules.

Segundo esta versão, Bárbara era uma jovem invulgarmente bela, filha de Dióscoro, homem rico e poderoso, adorador dos deuses grego-romanos. Este, desejando destinar sua filha a um bom casamento, que também constituísse para ele uma vantajosa aliança, e por ter de partir em viagem, encerrou-a numa torre, mandando construir ali um balneário com duas janelas.

No seu isolamento, Bárbara terá entrado em profunda meditação, acabando por se converter à fé cristã, então seriamente proibida no país e já motivadora de perseguições.

Quando Dióscoro regressou da viagem, interrogou sua filha, que informou seu pai que recusava qualquer casamento, pois já se tinha destinado a Jesus Cristo. O pai, furioso, desembainhou a espada para a castigar, o que fez com que Bárbara fugisse e se ocultasse no interior de um rochedo que, segundo a lenda, se terá aberto para a esconder.

Numa versão da Idade Média, que situa a história lendária de Bárbara perto de Atenas, a jovem terá sido protegida por mineiros de Laurio que a esconderam na sua mina. Denunciada por um pastor, Bárbara terá sido entregue ao seu pai que a levou a Marciano, máxima autoridade romana da cidade, acusando-a de professar o Cristianismo. Marciano quis perdoá-la, se Bárbara aceitasse os deuses de Roma, mas a jovem terminantemente recusou.

Não conseguindo demovê-la da sua fé, Marciano, no cúmulo do furor, tê-la-á mandado decapitar. Dióscoro, seu pai, que terá solicitado ser ele o executor, terá levado Bárbara ao alto de um monte onde esta se terá ajoelhado e pedido a Jesus que, na hora da sua iminente morte, a absolvesse de todos os seus pecados. Levada pela sua bondade, terá pedido também que a mesma graça fosse concedida a todos os que, em situações de morte iminente, por seu intermédio implorassem a Extrema Unção. Tendo recebido de Jesus a garantia da satisfação destes pedidos, Bárbara terá sido decapitada pelo seu cruel pai.

Continua a lenda que, entretanto, o céu escureceu, se tornou tempestuoso e que, quando Dióscoro encetou o regresso do monte, um raio o fulminou, reduzindo-o a cinzas.

Santa Bárbara é também venerada, como Padroeira, por outras profissões : artilheiros, pirotécnicos, bombeiros, profissões relacionadas com a torre, tanto quanto à respectiva construção (cabouqueiros, pedreiros, arquitectos) como quanto à respectiva utilização como prisão (presidiários, se tal se pode considerar uma profissão, e guardas prisionais).

Actualmente, Santa Bárbara é invocada sobretudo como protectora contra a morte trágica, contra os perigos de explosões, de raios e tempestades.

quinta-feira, agosto 10, 2006

O galo já canta...

Desculpem o atraso, apesar do programa das nossas festividades já estar afixado, aqui ao blog chegou mais tarde!
Avisa-se a malta da "pirâmide mini" e do show das colunas que podem ir preparando as coreografias :)
E com jeitinho ainda arranjamos uma guitarra especialmente para o novo talento...
Além do habitual, haverá prova de atletismo para os mais jovens e torneio de sueca (não conseguimos arranjar a norueguesa que pediram).
Não se esqueçam que vai haver sorteio das rifas vendidas e quermesse para ganhar um brinde para dar à vossa donzela...ou donzelo hihihihih

quarta-feira, agosto 09, 2006

Há um ano...


...Cheguei ao Sobral pelas 3:30 da manhã. A aldeia parecia um “presépio” iluminado. Não me lembro de alguma vez ter visto tanta luzinha áquela hora. Cada casa tinha pelo menos uma janela iluminada. O dia começava cedo para os caminhantes, que se preparavam para a subida à Serra.
Foi um percurso entre a Fonte da Ponte e a Fonte Fria, nas margens do Rio Ceira (nascente), pela antiga Rota do Sal, por caminhos de Almocreves, Carvoeiros, Ganhões e Boieiros. Para muitos seria o recordar, o matar saudades de tempos passados, quando por aquelas encostas havia mais vida, se trabalhavam as fazendas e pastoreavam caprinos e ovinos. Para mim, seria o finalmente pisar o chão que desde criança ouvia falar com a promessa de “havemos de lá ir” e “vais gostar muito”. E gostei!
Ficam algumas imagens...




terça-feira, agosto 08, 2006

Ditos e superstições

Seguem-se alguns “ditos”que fazem parte do saber popular, que não sendo exclusivos do Sobral, também por cá se usam:

- Não se devem por os bebés em frente do espelho para não se atrasarem na fala.

- Comer castanhas com a pele interior faz criar piolhos na cabeça das crianças.

- Uma mulher com o período não pode fazer queijo que este não sairá bem.

- O piar das corujas ou dos corvos por cima da povoação é sinal de morte próxima.

- As unhas das crianças devem ser cortadas a primeira vez por suas madrinhas para que não lhes tarde a fala.

- Se treze pessoas se sentam a uma mesa, uma delas morre dentro de pouco tempo.

- Para afastar a trovoada queima-se loureiro e alecrim benzido em Domingo de Ramos.

- Comer muito queijo tira a memória.

- Quando se arranca um dente, lança-se para a cinza e diz-se: - Cinza, cinzão, toma lá este dente podre e dá cá um são.

- Se uma pessoa tem as orelhas vermelhas, alguém está a falar dela. Se é a direita é mal, se é a esquerda é bem.

- Quando três pessoas fazem uma cama, ou morre a mais nova ou a mais velha.

- Quando alguém corta a cauda de uma lagartixa, esta fica aos saltos. Está a contar os pecados de quem a cortou. Então deve dizer-se: conta os teus, não contes os meus; conta os teus, não contes os meus.

- O soluço acaba com um susto.

- A gaguez é motivada por um susto.

- Ao «deitar galinhas», os ovos devem ser em número ímpar, e deve dizer-se:

"Aqui deito estes ovos,em louvor de S. João;que todos saiam pitas e só um cantão."ou então, depois de colocada a galinha nos ovos, as mulheres põem-se sobre o cesto e dizem: “sai ao que vistes, só um é que não.”

- O noivado desfaz-se se os noivos vão ser padrinhos de alguém.

- É sinal de morte próxima o galo cantar antes da meia-noite.

- Quando uma criança espirra diz-se : Nosso Senhor te acrescente e te livre de má gente.

- Para ter boa memória come-se o primeiro ovo de uma galinha.

- A clara de ovo apressa a fala das crianças.

- Os doentes que se encontram de cama, devem sentar-se enquanto pela sua rua passa um enterro, sob pena de o seu mal não ter cura.

- As azeitonas ficam "sapateiras" se a água com que as tratam não for sempre da mesma nascente.

- As grávidas não podem ser madrinhas porque o bébé pode sair enfezado.

- A água é boa para beber se, cuspindo nela, a saliva se espalhar. Não se deve beber se a saliva ficar junta.

- Quando o pão cai no chão, apanha-se e beija-se.

- Quem dá e toma, nasce-lhe uma tromba.

- Quem dá e torna a tirar, ao inferno vai parar.

- Espirrar uma pessoa entre o levantar da Hóstia e do Cálice, é sinal de morte próxima.

Obrigado Sobral e "Maestro Mosca"

Obrigado mais uma vez sobral!

Obrigado especial ao "Maestro Mosca" (sem ofensa), pela forma como se empenhou a animar e dirigir a claque "Escutcheda" de apoio aos Ferro e Fogo, dando desta forma o contributo do Sobral a Casegas e à festa do anjo da guarda.

A lamentar o facto de nos ultimos anos o pessoal de Casegas não retribua ao Sobral, com visitas ás festas desta aldeia vizinha e amiga de sempre. Casegas desde que se virou para as "Lagaradas" deixou de "pôr o cú" nas festas das aldeias vizinhas o que demonstra algum egoísmo e ingratidão.

Muito feio meninos!

Sinal + para o Sobral

Sinal - para Casegas

A desintxfalhadissima!

Qual a mais desempenadinha? [105 votes total]

Sónia I (10) 10%

Andreia (10) 10%

Célia (5) 5%

Joanita (5) 5%

Tânia (2) 2%

Sandra (26) 25%

Anita (18) 17%

Famel (16) 15%

Inês (4) 4%

Estela (7) 7%

Joana (2) 2%


Desculpem lá o atraso meninas!

sexta-feira, agosto 04, 2006

Prenda de fim de semana

Mesmo ao fundo bem pequenino é o poço da Lage

Vagem do Porssim

Ponte do Porssim

quinta-feira, agosto 03, 2006

Terá algo a ver com "Hey Jude"???

Para quem não sabe, na década de 60/70 circulava pela malta mais nova o "boletim" Hey Juve. Aqui têm as primeiras páginas dos números 8 e 9 que foram gentilmente cedidas pelo nosso leitor "sobralfilho".
Bem haja!
P.S. gostava só de fzr 1 pedido aos mais velhos...contem-nos mais coisas sobre o "Hey Juve", porque tenho a certeza que (pelo menos os mais novos) desconhecemos um pouco esta "aventura sobralense"
Hey Juve 9

Hey Juve 8

Torneio de Futebol em Casegas


Estão abertas as incrições para o Torneio de Futebol de Verão da Casa do Povo de Casegas, a decorrer no Ringue de Casegas, na semana de Agosto compreendidaentre o dia 6 e o dia 12.

Os interessados podem inscrever-se até ao dia 06/08/06, mediante o pagamento de 30 bolas, através do número 968.983.461 ou do e-mail fabituh_casegas@hotmail.com

O 1º Prémio será uma taça mais 50€, o 2º prémio uma taça mais 25€ e o terceiro uma taça.

O sorteio realizar-se-á no dia 6, pelas 16h, na sede da CPC. Os participantes serão depois informados do calendário do torneio.

O limite máximo de jogadores por equipa é de 10. Os pormenores do regulamento serão disponibilizados posteriormente aos participantes.

A CPC não se responsabiliza por qualquer dano humano ou material decorrente do torneio.

terça-feira, agosto 01, 2006

Letra "F"

Farpela - fato reles;
Fateixa - dentes; dentadura;
Fazenda - terreno; propriedade;
Fona - faúlha; pressa;
Forfoga - patuscada;
Fornada - forno cheio de pão;
Fraldesquera - mal vestida; desajeitada;
Francela - utensílio onde se faz o queijo;
Franco - amigo de dar;
Fronha - cara;
Froixa - reles;
Fuinha - agarrado; avarento;
Futrica - mexerica; que mexe bastante;