terça-feira, agosto 05, 2008

Em tempo de crise...

Em tempo de crise é sempre bom cultivar uma horta. Com a subida rápida dos preços dos bens alimentares, justifica-se cada vez mais ter à mão uma courelita com uns vegetais plantados.

O bom mesmo é ter a maior variedade possivel. Neste caso temos, nabos, cenouras, alfaces, cebolas, uma leira de feijões outra de batatas, courgettes, botelhas, couve-flôr e mogangos.



Já se sabe que quanta mais água houver melhor. Os terrenos ao pé das presas são sempre a melhor opção

Depois para aproveitar toda a água há que implementar um bom sistema de rega. Não são necessárias grandes avarias, usam-se umas pedras para os "tornadouros" e à medida que a água vai regando vai-se virando a mesma para outro ponto do terreno.
Cuidado quando andarem à procura das pedras para os tornadouros, podem encontrar uns lacraus ou outros bichos.
Vá já ninguém tem desculpa para não ter uma horta :)
Mostrem-nos as vossas hortas

21 comentários:

Anónimo disse...

Ó Famel fizeste-me lembrar os meus lanches na fazenda. Umas tomátegas, umas cenouras e uns pimentos, tudo bem lavadinho na presa e comido à trinca era um pitéu.

Anónimo disse...

Ora então venham de lá os(as) horticultores(as) mostrar essas belezas!
Eu, se não ficar completamente tropega... ainda estou a pensar um dia destes... ter assim uma linda hortinha. Depois, mostrarei!
Há, mas esperai sentaditos, se não... cansais as pernas!

Anónimo disse...

Será que nessa horta inda há láparos como antigamente?
Que saudades do carvalhal de há 20 anos.

Anónimo disse...

Famel:

Não tenho horta mas gostava de ter. Limito-me a ter três vasos um com salsa, outro com sarpão e um com hortelã.
Desculpa falar da minha mãe sempre que tenho uma deixa. Ela cantava.

A salsa da minha horta
Chega a raíz ao caminho
Meu amor quando lá passa
Sempre lá colhe um raminho

Mas acho-te piada. Terás 28 ou 29 anos? Mas falas de tornadouros que me parece frase imortal!. Já no meu tempo se dizia.
Gosto das fotografias e gosto dos comentários que as acompanham.
Parabéns. Continua assim.
Maria Ideias

Anónimo disse...

a que introduzir inovações: os tornadouros ja não se tapam com pedras mas sim com sacos de plastico cheios de terra.
Vantagens: não se estragam as mãos nem as unhas....
e o o labrador ja não bate com a frezes do trator nos calhaus.

Anónimo disse...

A água duma levada chega a um chão e divide-se em tonadouros que se divivem leirões que se repartem em leiras.

Anónimo disse...

Terás 27, 28 anos?
Mas utilizas termos que já no meu tempo eram usuais.
"Tornadouro" É já frase imortal.
Se gostava de ter uma horta.! Tenho apenas três vasos, salsa, hortelã e sarpão.
Com a deixa salsa, desculpa relembrar outra vez a minha mãe.
Ela cantava

A salsa da minha horta
Chega a raíz ao caminho
Meu amor quando lá passa
Sempre lá colhe um raminho

A minha mãe era gira...
Maria Ideias

Anónimo disse...

Eu penso que a terminologia é au contrário;um chão divide-se em leirões que se dividem em leiras e as leiras dividem-se em tornadouros

Anónimo disse...

Eu penso que a terminologia é au contrário;um chão divide-se em leirões que se dividem em leiras e as leiras dividem-se em tornadouros

Anónimo disse...

O aprisco tem razão.É assim que esta correcto.E o fim da leira geralmente não tinha tornadouro.

Anónimo disse...

Exactamente.
Do que me lembro o último tornadouro punha fim à rega dessa leira.
Como nos entendemos tão bem na questão dos tornadouros.
Será que é assim em tudo.
Maria Ideias

Anónimo disse...

é isso mesmo das leiras e dos tornadouros, e quem se lembra do tchapúz?... das presas e das minas!

Anónimo disse...

todos aqueles que durante a vida foram regar as hortas e o milho devem lembrar-se tchpuz o buraco numa pedra que estava no fundo da preza ou poço onde era colocado o pau que com um mínimo de terra ou areia vedava a água.
voltando à rega quem se lembra de outro nome que era dado aos tornadouros quando uma represa era feita de terra para segurar a água no próprio tornadouro?
este último só era feito em chães assentes.

Anónimo disse...

Tchão,lezíria, baturail, ludéro, córaila, bacelo...Nomes de algumas superficies agricolas.

Anónimo disse...

em lugar de tornadoiros eram as gomas que depois de estar cheia passava-se á seguinte.Está certo ó aprisco p.j. ?

Anónimo disse...

é isso mesmo sobralense ausente acertaste em cheio pelos vistos és mais ou menos do meu tempo

Anónimo disse...

Com gomas é rega por alagamento. O pior era quando os tchães tinham um bom declive e bem acentuado. Mesmo depois de "assentar" a terra com os respectivos empalhos, lá ia outra vez a terra. Assentar a terra era sempre com pouca água, para não ESBARRONDAR os regos.O empalhar (além de segurar a terra) também serve para evitar mais evaporaçao da água do solo, mqnter a terra húmidada mais tempo e travar o crescimento de algumas ervas daninhas.Sempre houve Ecologia e protecção do Meio Ambiente e cuidado por alguns Recursos Naturais, não falando em reciclagem neste e noutros processos muito conhecidos no Sobral de S.Miguel.

Anónimo disse...

Pois é , parece que o pessoal não se esqueceu da agricultura... do tchapúz e das gomas.
o único chão que eu não precisava de ir ao fetos ou ao pinho para empalhar ao assentar a terra ao milho era um que tratei(meus pais) na Cabrieira da Tiá Maria Emília (Electricista).em 1967/8.
Era um chão grande - um dia de lavra- e plano como uma mesa, por isso faziam-se gomas de 2X2 metos e inundavam-se. Achei muito interessante porque nem sabia que havia aquele tipo de rega.

Anónimo disse...

Pois é , parece que o pessoal não se esqueceu da agricultura... do tchapúz e das gomas.
o único chão que eu não precisava de ir ao fetos ou ao pinho para empalhar ao assentar a terra ao milho era um que tratei(meus pais) na Cabrieira da Tiá Maria Emília (Electricista).em 1967/8.
Era um chão grande - um dia de lavra- e plano como uma mesa, por isso faziam-se gomas de 2X2 metos e inundavam-se. Achei muito interessante porque nem sabia que havia aquele tipo de rega.

Anónimo disse...

pois é Vergílio ,havia muito poucos que podiam ser regados dessa maneira ,vindo da Cabrieira encontravas ali no Arieiro ,no Val d'água ,na Foz da Portela e pouco mais, de resto era o empalho e, até em terras secas e encostadas em vez assentar ou alisar era costume fazer poças com a sacha para reter a água .

Anónimo disse...

Sois uns mestres nestas lides e, se não fosse a dureza do trabalho, até diria que todas estas descrições são demasiado belas para se perderem para sempre.