Quando se chega ao Alto do Raso e se avista a nossa Serra sente-se de imediato um aconchego no peito, pois já só faltam uns quilometros para chegar ao destino...o Querido Sobral!
Assim que se chega é o frenesim de arrumar as malas, casacos, algumas compras, e no fim é tão bom sentar no sofá e pensar: "Que bom é estar no Sobral".
Mas eu tenho outra proposta, porque não sair de casa e percorrer as rua da aldeia?
Ficam aqui algumas sugestões: preste atenção em todas as pequenas coisas mesmo que uma casa velha apenas lhe pareça isso mesmo: uma casa velha, olhe bem, veja a beleza que não se encontra em mais nenhum lugar do Mundo.
Aproveite para espreitar a Serra a partir de alguns pontos emblemáticos do Sobral
Se for para os lados da Ponte não se resigne a observar cá de baixo as casas de xisto, toca a subir o Caratão!
Já pensou no que se pode avistar de lá? 
5 comentários:
Está uma óptima proposta (que faço quase sempre quando vou ao Sobral) e as fotos bem condizentes.
O "sentesse" do texto é que não gosto muito...
Se puderes corrige e não leves a mal, ok?
Bom fim-de-semana
´já conheço bem essa vista, desde que comecei a ir para o penedão.Até chegar ao val de meguel era um esticão.Arranjava-se a companhia de quem ia p'rás "preizas", e com a conversa a subida era menos íngre-me.Hoje em dia ainda lá subo, mas é mesmo só por desporto r p'ra ver a paisagem
Boas fotos Célia.Do raso também já fiz algumas fotos. Esse amplo horizonte e o ar puro, quase nos desafiam a "bater as asas" e voar os 5.500 metros (subindo o desnível de 700) desde o Raso até ao Açor - sobrevoando o Sobral...
E a teresaníbal esqueceu-se dosquiam atai ó Carvalhal, e quinda continuavam a subir a lomba mai meia hora, inquanto os "du Penedão" folgavam as parnas a desceir a ladera.
Parabéns. Bem sei que sou repetitiva,mas deixai sê-lo. É um pico alto nos meus 61 anos sentir que a nossa aldeia tem pês para andar. Que bonita gente...
Todos estes recantos fazem parte do meu percurso de vida.
Ando numa fase muito melancólica e, como devoro livros (mais prosa, mas também poesia) vou deixar um poema de Eugénio de Andrade
Tudo me prende à terra onde me dei:
o rio subitamente adolescente,
a luz tropeçando nas esquinas,
as areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo trite amor
que há em saber que a vida puco dura,
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com resto de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
e outros olhos densos de alegria,
mas eu sou destas casas, desta ruas
deste amor a escorrer melancolia.
Maria Ideias
Poema lindo e que bem assenta na nossa terra.
Ou não fosse o Eugénio de Andrade também filho de camponeses, " gente que trabalhava a pedra e a terra" (Póvoa da Atalaia- Fundão)...
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