O nosso amigo Sobralfilho, enviou-nos uma foto com o texto mais legível do placard da Colada Teixeira e, deixa-nos algumas considerações e perguntas interessantes sobre o tema.
- Tenho a sensação que onde refere a via do sal falta qualquer coisa que não é de todo inocente. E se é, dever-se-á, provavelmente, à linguagem dos especialistas que na maior parte dos casos é muito hermética.
- É óbvio que posso estar errado e que a via ou rota do sal não passaria somente pelo Sobral, mas... pelas Lavradas para onde? Para a Serra?
- É óbvio que posso estar errado e que a via ou rota do sal não passaria somente pelo Sobral, mas... pelas Lavradas para onde? Para a Serra?
- Impossível e fazer o quê? Para Unhais?
- Não acredito!
- Pode ser que a nossa especialista no assunto me (nos) informe, ou que haja mais alguém interessado em tecer considerações a propósito da via do sal.
- Pode ser que a nossa especialista no assunto me (nos) informe, ou que haja mais alguém interessado em tecer considerações a propósito da via do sal.
8 comentários:
Caro Colega sobralfilho, desta vez terá que perguntar ao Dr. Nuno Ribeiro ou procurar mais informações no Centro de Interpretação de Vide, uma vez que estas informações não sairam do Sobral, mas sim de lá! No meu humilde enterder, a Rota do Sal não passaria de todo neste local. Mas isto de aproveitar tudo...para tudo... (???)
Quanto à nossa especialista acho que anda um pouco sub-aproveitada. Penso que já está na altura de a Junta de Freguesia partir para a criação do nosso Próprio Centro Interpretação e por a nossa especialista em Arqueologia e a restante equipa (geografos, historiadores e técnico de turismo)a trabalhar!
Até porque como Coração do Xisto à que dinamizar.
Fica a sujestão
Concordo com a sugestão. Não sei quem é o Dr. Nuno Ribeiro mas se vier a saber e tiver oportunidade fá-lo-ei. Também penso que é chegada a hora de desenterrar o passado (Sobralense).
E se, de facto, houver algo cuja utilidade se possa expandir seguir em frente. Se não houver... Seguimos também em frente...(lol).
- Quanto às Minas dos Mouros (ao que resta), tenho dúvidas: não sei se estão no limite do Sobral se no da Teixeira. Como nunca por ali guardei gado, não sei. Aproveito pois esta oportunidade para perguntar a quem saiba. Também ouvi dizer que nos anos 40/50 do Século anterior, terá sido alagada por causa dos lobos. E que há uns anitos atrás era um caixote de lixo do Sobral e da Teixeira. Terá sido assim?
Dia 30 foi eleito Presidente da Assembleia de Freguesia de Corroios, o nosso conterrâneo Ângelo Gaspar, depois de vários mandatos na Assembleia Municipal do Seixal e na Camara. Saudações
Rota do Sal era uma estrada com várias bifurcações: começava na Raiva, bifurcava para Góis/Tomar.
Subia ao´alto do Açor e aqui tinha outra bifurcação pelo Gondufo em direcção às Pedras Lavradas para dar apoio aos concelhos de Vide, Alvoco e Loriga. E foi por aqui que fugiu o duque de Bragança antes da batalha de Alfarrobeira e com o frio, era Semana Santa, ficou para sempre com o pescoço rígido.
Lembremos que os almocreves transportavam outros produtos.
Mas o eixo principal passava no Sobral em direcção a Castela.
Uma curiosidade para calcular a importância desta via.
O avô de Manuela Ferreira Leite, governador de Coimbra, mandou preparar o porto fluvial da Raiva para 800 cargas diárias. Veio o comboio e foi tudo à vida.
A mina dos mouros, sempre ouvi dizer que tinha duas entradas, pela Teixeira e Sobral.
Quanto à lixeira, infelizmente é comum no país que temos.
GS
De facto, o tempo é de bruxas, que concorrem com os médicos nas mezinhas aos paciente. Afinal, como na história, qualquer atrevido, meio alfabetizado, vira historiador, melhor diria, bruxo.
Neste caso, não haveria problema, se, pela opinão, fosse pago com meia dúzia de ovos como aquelas e não com o património que é de todos. Como foram eleitos novos autarcas, era bom que estes em vez de recorrerem a desocupados atrevidos procurassem os profissionais para mais sábias opiniões.
No que toca à "Rota do Sal" são-lhe conhecidos, como aliás referiu GS, vários seguimentos aos quais nas terras onde passavam eram atribuídos outros nomes. Pelos montes da nossa região são conhecidas várias rotas temporalmente distintas e umas sobrepostas a outras, o que cientificamente acaba por se reverter em uma miscelânea muitas vezes difícil de entender. A parca existência de documentos também dificulta a identificação do traçado de estas vias. Restam-nos portanto, sulcos de rodados, como os que existem no São Pedro do Açôr e no Carvalhal e provavelmente em outras zonas, para tentar reconstruir o passado.
Portanto na minha opinião, atribuir uma cronologia exacta a estas vias, como no caso de este placard, é um erro.
Por vezes os investigadores, com a vontade de encontrar respostas, acabam por acreditar no que a sua mente quer e acabam por afirmar certezas onde não as há. Infelizmente é um defeito de muitas ciências que não são exactas.
Em relação à "Mina dos Mouros" ela localiza-se exactamente na divisão Sobral/Teixeira, entre o 3º e 4º aerogerador do parque eólico e são-lhe atribuídas duas entradas, uma do lado da Teixeira e outra do Sobral, isto porque o caminho actual divide a mina abatida, parecendo assim existir uma entrada de cada lado do caminho.
No meu entender, parece-me que antes de existir o caminho, deveria ser apenas uma a entrada original, a do lado da Teixeira e o restante seria a continuação da mina para o lado do Sobral. Mas bom são apenas suposições baseadas no declive e na escavação da rocha das paredes da mina. Só seria possível ter a certeza se pudesse fazer-se uma sondagem geológica no actual caminho (agora pertencente à ENERNOVA).
Adorava poder escavar a “Mina dos Mouros”, as histórias e relatos que conheço sobre a mina são muitas, mas pelos vistos não há ninguém (pelo menos vivo) que tenha lá entrado, mas diz-se que a minha tinha uma galeria à qual ninguém conseguiu ver o fim. Há quem diga que serviu de abrigo e teria pias escavadas na rocha para guardar água e azeite… há quem diga que a mina foi uma tentativa de exploração de minério. O certo é que o que hoje se pode ver é um grande buraco escavado na rocha com um grande abatimento de terras e algum lixo à mistura. No seu seguimento para o sub-solo existe uma pequena entrada que parece ser o seguimento da galeria.
Escavar a “Mina dos Mouros” será difícil, a morfologia do espaço é muito perigosa e meter ali uma pequena retro-escadora para limpar o lixo grosseiro poderia fazer abater ainda mais o terreno e a própria largura da galeria não deve permitir. Escavá-la manualmente seria igualmente perigoso, mas com a segurança assegurada aposto que seria um trabalho super, super, super interessante….
Para o/a coladateixeira, melhor do que como diz "criar o nosso próprio centro de interpretação", seria criar mas com outro nome e muito mais polivalente, porque felizmente no Sobral temos muito mais do que arte rupestre. Comparando com outras aldeias onde existem estes centros nós temos muito mais. Temos moinhos, fornos ainda utilizados, temos ainda algum património dos lagares, temos as alminhas, temos a reconstrução do tronco, temos muita coisa!
E por favor se fizerem algo neste sentido não lhe atribuam o nome "Centro de Interpretação", essa nomenculatura está mais do que "gasta" por esse país fora!
Em Portugal repetem-se muitas vezes as ideias existentes, há que inovar!!!!
E a nossa Famel sabe do que fala! Seria uma riqueza para a freguesia se fosse possível avançar com as ideias aqui reveladas. Temos uma história de vida e de povo que é pena deixar "morrer"... quem nos poderá salvar?
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