sexta-feira, setembro 29, 2006

Concurso de fotos (+ informações)

Avisam-se todos os interessados que vai decorrer na “Casa Museu (em data a definir), o concurso de fotografia intitulado “Pontos de vista do Sobral”.

Os concorrentes podem entregar as suas fotos na sede da Junta de Freguesia, ou nos correios até ao dia 25 de Outubro.

Regulamento:

- São aceites fotos de paisagens, contextos sociais, edifícios, pormenores, entre outras, desde que inseridas na região do Sobral e Serra do Açor.

- Cada participante poderá ainda realizar um pequeno texto, “estória”, ou frase alusiva à foto com que participa.

- O prémio será simbólico.

- As fotos podem ser ainda enviadas por e-mail para sobral.dinamico@sapo.pt (com a melhor definição possível).

....e ainda....

O tamanho fica ao critério de cada um, desde que não enviem fotos poster, porque não há impressoa que imprima isso, pelo menos aqui no Sobral :)

São aceitei fotos a cores e preto e branco, sem montagem.

Podem ser fotos antigas ou recentes e cada concorrente só pode concorrer com uma foto!

Concluão é um concurso livre, bastante livre!

Procurem nas vossas gavetas ou venham passear aqui na aldeia para encontrarem o “ponto de vista” mais interessante da nossa aldeia e partilharem com todos nós.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Antes e depois...













Cá está a mais recente mudança da aldeia. Para os que não sabem esta é a Capela da Santa Bárbara e Nossa Sra. do Bom Parto.
A Capela de branca alvura e azul celeste deu lugar a uma capela de tons mais fortes e mais rustivos....será uma aproximação aos humanos, ou já não vendem tintas de cor "celeste".
O que interessa é que o edifício agora já não corre perigo de ficar sem telhado!

domingo, setembro 24, 2006

NO TEMPO QUE NÃO HAVIA RELÓGIOS

Dos meus 3 aos 13 anos ouvi contar na taberna do meu pai centenas de "histórias" e
casos da vida de muitos Sobralenses, uns tristes outros alegres.
Esta que se segue foi ouvida numa daquelas tardes de inverno - depois te ter feito os meus "deveres das escola" - ao ti Zé Abrantes (meu vizinho).


Quando era novo costumava ir com o avô dele - que tinha uma junta de bois - fazer carretos de resina para Silvares, e de lá traziam carradas de outros produtos para o Sobral.
Era costume regularem-se todos pelo cantar dos galos, que ao que parece, já era um hábito que vinha dos tempos biblícos. E num belo dia o ti Zé Abrantes e o avô ainda mortos de sono lá saltaram da cama ao ouvir cantar o galo.
Meteram os bois ao carro e com a noite completamente cerrada, puseram-se a caminho, contando que o sol os viesse encontrar a meio da jornada. "Que damonho estaria errado" - dizia o avô - "porque não via modos do sol salanvatar?"
Continuaram o caminho acompanhados pela escuridão e pela vontade de dormir e só ao chegarem ao destino é que o sol se espreguiçou. Avô e neto concluiram que o despertador teria avariado e tinha cantado antes da hora. Por saber que o galo lhes tinha roubado três horas de sono, o avô estava com ganas de lhe torcer o pescoço,mas lá se lembrou que ainda era novo e que a culpa não era só do galináceo ,então desabafou para o neto: -" Quem nos manda fiar em cabeças de pitos"?!!!

quarta-feira, setembro 20, 2006

Letra H e I

H

Hério - hera;
Hirto - rigido, duro, firme;

I

Imbair - enganar;
Inbeçado - de má cara;

Impecelóide - Pessoa que estorva; impecilho
Impar - chorar, soluçar, ganir;
Impecilho - que está a estorvar;
Impostora - mentirosa;
Increnca - coisa reles, que não presta;
Infesado - que não come, fraco;
Ingremenso - coisa pequena, reles, que não presta;
Intchovia - que mete nojo, cadeia;
Injacada - acanhada, com fracos jeitos;
Injorcado - mal feito;
Irô - enguia grande;

A debulha do milho


O milho era muito, mas as mãos para ajudar ainda foram mais













A isto chamamos a calçada do milho, uma pessoa malha o milho e outra debulha

E no final só vemos cassamulos para atirar a quem se portar mal! Fotos dos figos e da aguardente não há porque depois deste trabalhão, comemos tudo bem depressa :)


quinta-feira, setembro 14, 2006

HINO DO SOBRAL

Viva o Sobral
terra de encanto
és o meu berço
que eu amo tanto
oh meu cantinho
encantador
o São Miguel
teu protector.

Ficas escondido
num cantinho da serra
gritemos bem alto
viva o Sobral,nossa terra.

Viva o Sobral
haja alegria
não queremos mais
melancolia
queremos dar brilho
à nossa terra
viva e alegre
junto á serra

É gente fiel
como não há igual
ela faz honra
ao nosso Portugal.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Árvore Genealógica


Envio de uma pequena colaboração para o BlogTranscrevendo:"Cada um olha o passado à sua maneira. Uns com nostalgia, outros, com acerteza de que nele se encontra fonte de conhecimento e de meio de passagem detestemunho da herança cultural de um povo e na generalidade de toda aHumanidade. A Genealogia, ou a Ciência da História da Família, é hoje umaciência de grande valor para o estudo da História" . Milfontes.net.Sabendo do interesse de muitos sobralenses pelo conhecimento das suas origenscomo pertencente a uma comunidade em cuja cultura se insere e cujos valoresdeseja transmitir aos vindouros (nesta cada vez maior aldeia global precisamosde nos inserir num grupo social para não ficarmos diluídos na massa anónimados cidadãos), informo da publicação da obra Raízes da Beira, do arq.Eduardo Osório. Nela se insere a origem dos Pintos do Sobral a partir de cerca1450 até 1800, obra à qual prestei variada colaboração, principalmente nosdados desta família que transitaram de Lagares da Beira para o concelho daCovilhã, nomeadamente, o Sobral.A talhe de foice publicito a página que abri na Internet sobre váriasfamílias sobralenses que abrange, por razões de metodologia, o período1600-1850:http://gw.geneanet.org/index.php3?b=gabriel8ou http://gw.geneanet.org/gabriel8Com os votos de saúde e bem-estarG Santos

Por Gabriel Santos

segunda-feira, setembro 11, 2006

HOMENAGEM A UM SOBRALENSE

Hoje ll de Setembro, se fosse vivo, estaria festejando 64 anos de vida, o grande sobralense ANTÓNIO PINTO LOPES-(Polícia Beirão). Era o irmão mais velho do Floriano.

Conhecido pela sua poesia popular, o meu primo TÓ,amava profundamente o Sobral, como se pode constatar nos seus livros. Entre eles VIAGENS EM POESIA de 1992, onde ele não se cansou de cantar o seu torrão natal.Deixou-nos ainda novo,em Jan.de 2004
mas quero ofereçer-lhe esta prenda de aniversário,certo de que se estivesse connosco, seria um grande contributor do nosso blog. Da pag. 105 do livro citado extraí o poema SETEMBRO:


Entrava o mês de Setembro
conhecido pelo São Miguel
e o dia 29 é destinado
ao nosso patrono fiel.

Domingo próximo do dia
a sua festa tinha lugar
alegre a Freguesia
toda a pompa lhe ia dar.

A missa era rezada
ou cantada em latim,
e se não estou errado
até 1964 foi assim.

Em geral a missa da festa
com a alusiva homilia
dava lugar apregador
duma outra Freguesia.

Após esta celebrada
tudo apostos p´ra procissão,
dando assim início
p´las ruas da povoação.

Estandartes e andores
dos Santos da Freguesia,
todos tomavam parte
na última que se fazia.


Com meus pais e manos
no dia onze deste mês,
a festa dos meus anos
tinha neste a sua vez.

terça-feira, setembro 05, 2006

O Verão tem destas coisas



O Verão no Sobral passa pelo menos por estas quatros imagens:

1- as paredes cheias de "botelheiras";

2- o poço do ribeiro que, apesar de pequeno, é um sitio excelente para dar uns mergulhos nas calmas;

3- o azul do céu e a "marginal" da nossa aldeia;

4- a azeitona a engrossar....












Fotos de Virgilio Neves

sábado, setembro 02, 2006

Resposta 1 ao desafio - Para os olhos


Por Sobralfilho

Nos meus tempos de puto, no Sobral havia 3 eiras públicas, na Portela, na Eira (no terreno onde foram construídas as Escolas) e na Laje (perto da praia fluvial).

Em Julho, malhava-se o centeio. Os ciscos, as praganas, andavam no ar movidas pelo vento e muitas as vezes entravam para os olhos e era uma chatice… Magoavam e incomodavam bastante. Então, alguém mais paciente e habilidoso com uma ponta do lenço torcida e ligeiramente humedecida com cuspo, ou água tentava tirar o cisco ou a pragana e quando não resultava… socorriam-se da “pedra areeira”.

Ora, a “Pedra areeira” é um fragmento de concha que de milhares de vezes atirada pelas marés conta as rochas ou roçando na areia da praia fica perfeitamente polida. Penso que não havia casa no Sobral que não tivesse uma bolsinha com alguma dessas pedrinhas que eram guardadas religiosamente.

Então, quando se justificava a sua necessidade metia-se entre a pálpebra e a superfície ocular uma dessas pedrinhas que dava a volta ao olho e alguns segundos depois saia com o cisco/pragana agarrado a ela. Eu próprio fui alvo desse tratamento sem dor.

Tenho curiosidade em saber se nas Terras, nossas vizinhas, também usavam o mesmo método. E como terá este conhecimento chegado ao Sobral, estando este longe do mar? Será que foi influência da Estrada do Sal?

Ainda, para os olhos:

A água fervida dos rebentos (muito pequeninos) das rosas depois de secos é utilizada na lavagem dos olhos no caso de inflamações. (Meu avô dizia que só eram validas as rosas da Alexandria, mas na verdade qualquer tipo de rosa serve desde que seja da roseira que tem espinhos). Todos ano renovo o meu saquinho desses rebentos secos.