segunda-feira, abril 30, 2007

O primeiro 1º de Maio em Liberdade - 1974

Comíssio da Liberdade no Estádio 1º de Maio

Como prometi no 25 de Abril , apresento ao blog a página do m/ diário relativa ao dia 1º de Maio de 1974.

Hoje foi feriado e comemorou-se o dia do Trabalhador. De manhãzinha levantei-me e fui a pé directo ao quartel da Pontinha visitar um soldado meu vizinho do Sobral e futuro cunhado. Bebemos umas cervejas e falámos um pouco do 25 de Abril, e, como ele estava de serviço, apanhei o autocarro e fui para a baixa de Lisboa.
Quando cheguei ao Rossio já lá andava o povo a dar VIVAS Á LIBERDADE e a gritar: O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO. Começou logo a formar-se uma manifestação que foi directa ao Martim Moniz. Meti-me nela e subimos a Av. Almirante Reis até á Alameda onde já estava uma pequena multidão. Daí a pouco formou-se outra manifestação e toca a descer a Avenida, agora em direcção ao Rossio. Desta vez o caminho era "ó abaixo" mas consegui empoleirar-me no capô dum wolkswagen e lá vim com a multidão ao gritos e risadas todos com o braço levantado, ora com o punho cerrado, ora com a mão aberta e dois dedos esticados a fazer o V da vitória.
A certa altura saltei do carro e com duas tábuas duma caixa - que apanhei á porta duma frutaria - fiz um grande V. Os repórteres de TV da Suécia e França que nos seguiam em seus carros, devem ter achado engraçado e fartam-se de filmar aquele V original e fabricado á pressão.
No Rossio, formava-se a 3ª manifestação do dia que logo começou a subir outra Avenida, que desta vez era a da LIBERDADE. Parece que se dirigia para o Estádio da FNAT-agora baptizado de Estádio 1º de Maio - e como me ficava a caminho de casa - aproveitei a boleia e juntei-me á multidão. No estádio o povo ia juntar-se aos militares e chefe dos partidos políticos e fazer em conjunto um grande comício.
Segui aquela malta toda já um pouco cansado até ao Marquês de Pombal, e em vez de seguirem pela Av. Fontes Pereira de Melo até ao Saldanha e Campo Grande, resolvem cortar á direita e entram na Av. Duque de Loulé. Só descobri uns 150 metros depois a razão daquele desvio. Queriam passar frente ao consulado Americano e começaram aos gritos de "abaixo o imperialismo" e como se isso fosse pouco, vai de arrancar pedras da calçada e a quebrar a fachada envidraçada do edifício da Torralta - que ficava um pouco mais acima - e gritar "abaixo o capitalismo".
Achei que aquilo era liberdade a mais, e já cansado, deixei-me ficar para tráz e vim para casa ver o comício da liberdade na TV.
Um dos milhares de cartazes das manifestações de Abril

Voz do leitor

O Tronco do Ferrador




"Se bem me lembro,conheci o Tronco no Cabecinho de Baixo, na Forja do ti Américo Saraiva,na Eira de Baixo e neste local.É verdade que já não há bois no Sobral e o tronco tornou-se inútil. É verdade que também não quero que um neto da Famel daqui a 100 anos ande a investigar como e onde se ferravam os bois, aqueles animais pré-históricos que lavravam os Chães antes dos tractores que antecederam os robôs lavradores. Assim, para que não se percam estes vestígios, torna-se necessário perserva-los.Na falta de espaço na Casa Museu, aceitam-se sugestões para a transladação do “Bicho”, com vista à sua recuperação.Não quero que se transforme na 9ª.Maravilha do Sobral."

Fernando Paulo Antunes

Aiii...


Que assim não vamos lá!:-)

Para a malta da bola:

Os nosso jovens costumam participar e espero que este ano não falhem e voltem a ganhar a taça de equipa mais disciplinada...mas se treinarem mais um bocadinho podem trazer outros trofeus...

domingo, abril 29, 2007

Um pontão pode esconder outro




Pontões do vale a reflectir

sábado, abril 28, 2007

Eles são visitantes do blog

Ana Galvão - animadora de rádio e reportér da RTP

Miguel Ângelo (Delfins)

Bubu - conhecem-no das "bolas com creme" e da "revolta dos pasteis de nata"

Catarina Limão - animadora de rádio

E ela já visitou o Sobral e voltou...
Lurdes Baeta - Jornalista da TVI

sexta-feira, abril 27, 2007

A pedido de várias mamãs :)

São pequeninos, traquinas, brincalhões, simpáticos, amorosos, divertidos....
André e Rui
Nandinha
Alexandre

...são os mais pequeninos sobralenses!

Buganvílias...no Sobral também as há!

Aqui fica o exemplar sobralense, menos florido é certo...mas com uma companhia mais agradável, o molhito das canas...

quinta-feira, abril 26, 2007

Não são os cravos de Abril...




...mas dentro de poucos anos espero poder apreciar num cantinho do nosso Sobral a beleza duma planta desta espécie que nesta Páscoa ofereci aos meus padrinhos.

quarta-feira, abril 25, 2007

Dia da Liberdade

Sem tempo para fazer um post mais aprumado como a data merece, assinalo o dia repetindo a imagem já "postada "aqui há um ano, que é para mim uma imagem cheia de beleza: a Esperança na Liberdade sob todas as suas formas. Se alguém quiser contar onde estava neste dia há 33 anos, como recebeu a notícia e quais as suas esperanças...

terça-feira, abril 24, 2007

Artistas cá da terra - Poetas 2

Continuando a divulgação dos nossos poetas, refiro-me hoje ao nosso conterrâneo Laureano Soares.
A sua veia artística será para muitos uma surpresa, para outros não tanto.

Nasceu no Sobral, no Barreiro e teve uma infância semelhante a muitos outros Sobralenses. Órfão de pai desde os 6 anos, a sua infância foi marcada por este facto e influenciou toda a sua vida.

A escola, fê-lo descobrir o gosto pela escrita e artes em geral mas a pobreza espreitava e fê-lo abandonar os estudos no final do ensino primário. Foi nessa altura, aos 11 anos, que teve os primeiros sapatos, para se apresentar na Covilhã, no exame de final de ano.

Contudo, não desistiu de aprender, continuou sempre a “devorar” livros: romances, contos, poesia.

Na adolescência, a escrita e a pintura fascinavam-no. Como a pintura era inacessível por falta de meios, dedicou-se à escrita.

Os primeiros poemas foram compostos enquanto guardava o rebanho de cabras, inspirados pela montanha envolvente, pela tristeza, pela vida.

Também o teatro lhe despertou interesse, criando com companheiros algumas peças.

Mas como a vida não permitia e era necessário levar dinheiro para casa, estas paixões foram postas em segundo plano e o trabalho prosseguia.

Aos 16 anos como operário nas Minas da Panasqueira, teve contacto com o também operário e poeta Lúcio do Vouga, que lhe enriqueceu os conhecimentos e lhe deu certezas: queria conhecer e escrever poesia.

Em 1958, na homenagem para comemorar o 40 aniversário de professorado do Prof. José Pereira, os alunos recitaram algumas das suas poesias e o seu nome foi notícia no Jornal “Notícias da Covilhã”.

Nos finais dos anos (19)50’s emigrou para o Canadá, na busca de melhor vida e da realização de sonhos.

E foi no final do ano de 2006 que um desses sonhos, que o perseguia desde criança, foi realizado: o lançamento do seu 1º livro. “Rêves Orphelins” é um livro de poesia, em Língua Francesa, cujo lançamento foi apresentado junto da Comunidade Portuguesa de Montreal e por cá pouco divulgado. São poemas com grande Alma, Sensibilidade e Amor, inspirados nas suas vivências.

Para breve, uma surpresa, porque como o próprio diz ” há saudades que só o contacto com as nossas raizes conseguem saciar”...Aguardemos!

segunda-feira, abril 23, 2007

Às voltas pelo Canadá

Smithers B.C. (Canadá)

Obstáculos
Resultado da caçada: 2 alces

Fotos enviadas por Horácio Pacheco

domingo, abril 22, 2007

Alguem pediu broa .


Aqui vai a broa , venha o vinho,

sexta-feira, abril 20, 2007

Voz do Sino - O Blog Sobralense do Séc. passado




Para comemorar o 1º aniversário do noss0 blog , apresento aos Sobralenses uma reprodução (3 pág.) do nº 13 da Voz do Sino. Este jornal foi criado pelo Pe. Pedro que parou de o publicar no nº 12, em Outubro de 1961, aquando da sua substituição pelo Pe. José Rey Barata. Este retomou a edição do jornal em Março de 1962 e pedia aos assinantes que colaborassem com notícias pessoais e até fotos de seus filhos... e eles assim o faziam como podemos constatar em outras edições que irei passar ao blog. Por isso poderemos dizer que há 45 anos atrás o Sobral já tinha o seu blog.
Fica por aqui a m/ apresentação e deixo à v/ apreciação o conteúdo deste e dos outros nºs. que apresentarei se essa for a vontade dos bloguistas.
Na última pag. leiam bem a lista dos batizados e casamentos e ireis encontrar muitos nomes conhecidos. E na 1ª reparem na foto que o padre escolheu... a fonte da ponte vista do barreiro, exactamente do local onde a mariita fez a foto que enviou há poucos dias.
Passo de imediato ao meu comentário e espero pelos vossos.

Já cheira mal...Ou não?

O desespero de quem diariamente utiliza o Caminho Municipal entre Casegas e Paul, em obras há mais de 6 meses, ameaça transformar-se em calvário. Sete Kms de buracos, poeira e pedras soltas, sem fim à vista, ameaçam transformar-se num calvário e o padecimento dos condutores eterniza-se.

Homens e máquinas vão saltitando com a frente dos trabalhos. Pela manhã escavam do lado de Casegas, à tarde do lado do Paul, e de novo voltam aos mesmo locais cumprindo um programa de trabalhos que nos baralha e nos deixa a sensação que se pretende adiar a sua conclusão, não sei se por falta de dinheiro ou se para coincidir com qualquer calendário eleitoralista do Município. Já à chegada ao Paul deparamos com o troço que atravessa a quinta do casal onde tudo está na mesma, julgo que pelo facto de o proprietário da quinta, exigir e bem, uma passagem desnivelada sobre a via destinada à passagem de máquinas agrícolas e do enorme rebanho que se alimenta nos férteis terrenos da quinta.

Pelo meio perdeu-se uma oportunidade de corrigir o traçado e dotar a ligação entre Paul e Casegas de parte de uma via moderna para servir as ignoradas Populações do Sul do Concelho, e de ligação ainda ao Concelho de Seia via Sobral, Pedras Lavradas e Concelho de Pampilhosa da Serra via São Jorge da Beira. Ganha-se um escasso metro na largura, mas continuamos a ter curvas perigosas, inclinações acentuadas e o convite a uma maior velocidade que irá aumentar inevitavelmente a sinistralidade.

Mas como me dizia um amigo: que se espera duma Câmara que “baptiza” modestos arruamentos na Cidade de AVENIDAS E ALAMEDAS?
O caminho Municipal Casegas Paul no léxico Municipal passará a ser, talvez um IC (Itinerário Complementar) ou porque não um IP (Itinerário Principal)?
Quem somos nós para duvidar?
Da ligeira correcção que foi feita de algumas curvas, ficou o traçado antigo que praticamente à mesma cota poderia ser aproveitado como zona de paragem, mas que decidiram simplesmente “entulhar”.
Na zona de “aterro” do Ribeiro das Maias, um aqueduto construído, irá descarregar as águas no centro do “barroco” e destruirá inevitavelmente as pequenas parcelas agrícolas a jusante. Será que os proprietários o consentiram?
Sem qualquer aparente benefício, à descida para o Casal “repetiram” uma curva ao lado da existente que acentuou mais a forte inclinação.
De pontes ou pontões nada nos dizem e como tal impõe-se manter a proibição de circulação a viaturas com peso bruto superior a 3,5 toneladas para que a “nossa “ ponte continue a resistir.

Mais que nunca me convenço que as boas acessibilidades podem ser parte importante da solução para travar a desertificação das zonas rurais. Ninguém escolhe viver a 30 ou 40 Kms da Cidade se os transportes públicos levam 60 minutos a percorrer um trajecto sinuoso e onde o perigo espreita em cada curva.
Mais que um prazer, é um acto heróico viver hoje nos confins de tudo, onde paira a ameaça iminente de encerrar a Escola e o Posto de Saúde.

Será que não merecíamos mais?

quinta-feira, abril 19, 2007

Para todos...

Fica a capa do falado livro...abre-se então uma página no blog para homenagear o artista.
Deixo a homenagem para quem sabe e conheceu a "obra"!
Os mails dos moderadores estão no perfil dos mesmos, enviem os vossos contributos.

ODE ao Zé

Engenheiro ou Bacharel
Respondeu sem gaguejar
Levou montes de papel
Para tudo comprovar

Até propinas pagou
Imaginem, vejam só!
Os recibos nos mostrou
Alguns deles já com pó

Das fichas d'Assembleia
Que dizem ter a dobrar
Esqueceu, não faz ideia
Como foram lá parar

Também um ex-Professor
Que nunca mais contactou
Viria a ser Director
Por Despacho que assinou

Com as falhas de memória
E o nariz tão comprido
Inda vai ficar na História
Como ZÉ "O ESQUECIDO".

quarta-feira, abril 18, 2007

Cores

E já que se falou na Serra e suas cores, partilho uma foto de hoje, onde vemos os tons rosa das urzes e amarelos das carqueijas e maias. A Serra está linda!!



Artistas cá da terra - Poetas

Ao ler estas rimas não pude deixar de notar a semelhança com a obra deixada pelo poeta popular António Aleixo. Mas as quadras que se seguem são do nosso actor, poeta, “Homem dos sete ofícios”, já relembrado várias vezes neste blog devido à sua veia artística, o já falecido conterrâneo Ti Zé Hermínio. Fica mais uma vez a sua presença.



Sou mal aperfeiçoado
Mas consciência concreta
Tenho cara de ladrão
Pensamento de poeta.

Os meus poemas são simples
Sou filho de gente pobre
Podiam ser mais perfeitos
Se eu fosse de gente nobre.

Nunca entrei nas escolas
Nem primárias nem liceus
Tudo quanto apresento
Agradeço apenas a Deus.

Sei pouco ler e escrever
Vê lá se eu tenho razão
Aprendi com uma criança
Em dois meses de serão.

Não me troco por ninguém
Seja ou não seja amigo
Hei-de sempre divulgar
O que eu sinto comigo.

Eu nunca temo ninguém
Seja qual for o sujeito
Eu só vou pela razão
A todos guardo respeito.

Eu não temo a desgraça
Nem temo a pouca sorte
Eu só temo em saber
O que vem ser a morte.

segunda-feira, abril 16, 2007

Abril sem águas mil!

Pois é isto do sol, do calor e da primavera é muito agradavel! Ah e tal este tempo sabe bem...pois sabe...mas quando passo junto à ribeira o sabor é amargo... vejo os "lismos" a apoderarem-se dela, vejo a corrente fraca, cansada e "muda"...
..vejo as nuvens a arranhar o Açor, mas a água teima em não vir regar a horta...

... vejo o verde das plantas e o céu azul, mas o pó dos pinheiros continua a fazer-me comichão

... vejo o verde dos lameiros que depressa será panasco...

..mesmo assim gosto de ver a natureza...

...mas a culpa do clima estar a mudar é toda nossa...
qualquer dia os ditados antigos não farão mais sentido...

Ainda os artistas de teatro no Sobral...


"Não no salão, mas numa casa algures no Outeiro (a caminho da ponte), um pequeno grupo de jovens juntou-se para recriar o casamento da Princesa Diana com o principe Carlos em Julho de 1981.
Não foram ensaiados por nenhum padre ou grupo de estudantes, mas a arte corria-lhes nas veias...o que importava era a diversão.


À esquerda temos o Principe Filipe e a Rainha Isabel II, ao centro os noivos e à direita a Guarda Real.


Os nomes dos artistas não revelamos, ficamos à espera que eles se apresentem" :)


Foto enviada por Olivia Pacheco

Paisagens nocturnas de Paris

Igreja da Santa Maria de Magdalenea
Igreja de Santo Augustin
Dedo de Cesar (Defense arredores de Paris)
Vista da torre Eiffel e do rio seine

domingo, abril 15, 2007

Sobralenses na Alemanha

Frescas vindas de Colónia...
"(...)aqui não caçamos nem pescamos, só no prato! Trabalhamos"

Aí estão eles a dar no duro

O fenómeno "rotundas" afinal não é só em

Zé...falta o capacete

Os trabalhadores

Os "rebentos" disfrutam da obra construída pelas mãos dos seus pais

Fotos enviadas por PintoSao

Bem vindo Saturno


E cá está mais uma mão "trabalhadeira" para fazer do blog um sitio ainda mais dinâmico,com os seus trabalhos espectaculares! Força...

sexta-feira, abril 13, 2007

O queijinho que deu o nome á região demarcada (Sobral)


Quem dá a broa e o tinto?