quinta-feira, julho 29, 2010

Sobralense na rede

Um leitor atento deixou-nos a indicação do post no blog de memórias do Sporting da Covilhã, referente ao Fernando Gaspar.


"Gaspar


Gaspar chegou ao Sporting da Covilhã em 1992/1993, tendo sido contratado à Desportiva do Fundão, e logo na primeira época ajudou a formação serrana a subir à 2ª Divisão B, após a obtenção do 2º lugar na Série C da 3ª Divisão. Gaspar permaneceu no clube para a temporada seguinte, mas o Covilhã não esteve nada bem e acabou por regressar ao escalão terciário. Gaspar partiu então para a representação de vários emblemas da região, onde continuou a apresentar uma boa capacidade física e considerável apetência pelas redes adversárias, mas voltou ao Sporting da Covilhã mais tarde, desta vez para ser treinador das camadas jovens durante nove anos. Que outras recordações existem de Gaspar?"


http://historiascc.blogspot.com


No blog podem ler também os comentários do post


quarta-feira, julho 28, 2010

Festa em Honra de Santa Bárbara e Sra. do Bom Parto


É oficial! Dias 7, 8 e 9 de Agosto vai ser retomada a tradição de homenagear a Santa Padroeira dos Mineiros e dos Emigrantes, as comemorações irão decorrer no recinto da Capela de Santa Bárbara.







Os patrocínios para a festa continuam em aberto e portanto contamos com a colaboração de todos, e principalmente contamos com a presença de todos os Sobralenses.



Não faltem!! Obrigado :)

Noite de Fados No Ferrolho


terça-feira, julho 27, 2010

Bonitas Flores

Bonitas flores as do nosso Sobral

Já há algum tempo que não davamos aqui o ar da sua graça

sábado, julho 24, 2010

Ainda a Silicose

No seguimento dos recentes posts relacionado com a temática da Silicose, apresentamos uma foto das "Viúvas da Silicose" residentes no Sobral no final da década de 60.

A foto foi gentilmente cedida pela leitora Maria Oltilia


sexta-feira, julho 23, 2010

Minerais

Este post em cima do anterior é propositado.
São estes alguns dos minerais objectivo do trabalho dos nossos antepassados, (ou acidentes de percurso na busca do minério maior?)
Ao olharmos estas pedras muitas vezes exclama-mos: que bonitas, a natureza mima-nos com coisas com graça,etc, mas quase nunca nos vem ao pensamento de como são extraídas, do trabalho e esforço humano que envolvem . Pus-me a pensar, qual será o estado de espírito de alguém, que no meio do seu trabalho, encontra estes minerais ou outros de maior valor? De certo pensará: “não são pra mim”, mas sentirá o trabalho recompensado ? Alegrará a vista por momentos? E quem tem familiares com histórias trágicas na mina, saberá apreciar?
Ficam então umas imagens de minerais extraídos nas Minas da Panasqueira, imagens de “pedras” que muitos de nós terão em casa, imagens estas recolhidas à socapa, (daí a pior qualidade ) no Museu de História Natural da Faculdade de Ciências do Porto.

Calcopirite

Volframites




Siderite


Calcite e Dolomite

Volframite Quartzo

Quartzo

Turmalina

Apatite

Cassiterite

Blenda

terça-feira, julho 20, 2010

As aldeias da Silicose - Última parte

"(...) Em Sobral de S. Miguel são, talvez, cerca de quarenta viúvas que continuarão a interrogar-se. Da mesma forma, foi difícil estabelecer o número aproximado dos homens afectados pela silicose. À volta de cem, na opinião de alguns. Talvez menos, prognosticam outros.

Manuel Vicente acredita que são bastantes. Ele é um dos silicóticos. Aos 51 anos é um homem acabado; mas foi aos 44 que começou o seu drama, quando teve de abandonar o trabalho nas Minas da Panasqueira. Aí começou menino e moço de onze anos, com o salário de quatro escudos e cinquenta centavos por dia. “Quando tive de vir embora, há sete anos, ganhava trinta e três escudos no ofício de escombrador. Oito horas por dia dentro da mina. Até que senti ter o mal dentro de mim e requeri um processo. De início atribuíram-me dez por cento» e, mais tarde, trinta por cento do meu ordenado”. Da Caixa de Previdência o Manuel Vicente recebe 700$00 por mês e 1017$00 semestrais foi a indemnização exigida pelo Tribunal de Trabalho à companhia de seguros. “É isto que tenho para viver. Eu, a mulher e os oito filhos menores. Que faço agora? Nada. Que haveria de fazer se não posso trabalhar? “


A resignação pela ignorância e desleixo

Cerca de uma hora para ouvir, falar e ver o drama dessa gente. Um instante para avaliar da sua dimensão. Tomam-se notas de um ou outro caso pessoal. Mas todos eles querem “dar o nome” e contar a sua vida: “Eu já nem acredito em nada, rnas pode ser que se o nome for para os jornais ainda tenhamos qualquer coisa” - oiço duma voz ansiosa que, a custo se vai chegando para.o grupo que me rodeia. Dar o nome a uma vida em farrapos para receber qualquer coisa, “ talvez... quem sabe? “ leio-lhes nos rostos em grupo junto à porta do salão. Ou dirão -na sua atitude imóvel, quase petrificada: “Afinal, o que viemos cá fazer'?”
Cerca de oito quilómetros separam Sobral de S. Miguel de Casegas, aonde os efeitos da emigração se verificam em meia dúzia de paredes pintadas de pouco tempo , com telha nova. A noite chamou a casa os habitantes do pequeno burgo e as ruas e caminhos ficaram desertos, quase como durante o dia. Alguns, porém, esperam-nos, reunidos no salão da Casa do Povo. Esses, são gente marcada pelo drama da sílicose. Homens e mulheres viúvas. Têm, também, um nome para dar, um caso para contar. São dramas anónimos, desesperados alguns, todos esquecidos. Em Casegas, e por cálculos mais ou menos aproximados, de cerca de dois mil habitantes setenta são doentes profissionais. O número de viúvas da silicose deve situar-se entre vinte e trinta.
Sobral de S. Miguel e Casegas são apenas dois exemplos que citamos para a análise concreta do problema. Porém, a dimensão deste é incontestavelmente mais vasta. No que respeita a localidades e números, outros poderíamos apontar e fá-lo-emos ao longo desta reportagem. Aldeias e lugares, perdidos na serra, como Barroca, S. Martinho, Alqueidão e outros, do concelho do Fundão, que percorremos durante dias e cuja imagem ficou traçada na descrição feita da aldeia de Sobral de S. Miguel. Aliás, a verdadeira extensão do que se pode denominar pelo “mal da mina” ainda não está avaliada. Ás vezes,conformados com os esquecimento a que foram votadas, as próprias vítimas deixam cair os braços impotentes. A ignorância, o medo e o desleixo geram a própria resignação.
Na sua equação mais simples, o problema apresenta-se desta forma. Atingidas, directa ou indirectamente, pela silicose, centenas ou milhares de pessoas suportam uma existência de carências ainda mais agravadas do que anteriormente, sob todos os aspectos. À maior ou menor desvalorização laborativa foram e são atribuídas indemnizações que são na sua totalidade insuficientes."

segunda-feira, julho 19, 2010

Só para relembrar- Recolha de Sangue no Sobral 7 de Agosto

A Junta de Freguesia de Sobral de São Miguel em colaboração com o Grupo Humanitário de Dadores de Sangue da Covilhã e o Instituto Português do Sangue, estão a proceder ao agendamento da próxima recorra de Sangue aqui na aldeia.
A data prevista é 07 de Agosto, como é uma época de féria gostaríamos de contar com a colaboração de todos vocês.

Quem estiver interessado em participar deverá inscrever-se por email cssilva87@gmail.com, ou por telefone 275 663 193, visto serem necessária 50 inscrições para que a recolha se possa realizar.

Desde já muito OBRIGADO :)

sábado, julho 17, 2010

Sardinhadas II

Hoje partilhamos com vocês as fotos da sardinhada dos Galitos.

terça-feira, julho 13, 2010

Ginástica para a Saúde



Desde o dia 10 de Maio que se têm realizado semanalmente na Associação de Solidariedade Social aulas de ginástica para a saúde, coordenadas pelo fisioterapeuta da instituição. Inicialmente existia um grupo reduzido de participantes. No entanto as aulas contam já com cerca de 15 alunas e de uma sessão semanal passaram já a duas sessões.
As alunas relatam que após terem iniciado estas aulas de ginástica já ganharam flexibilidade e maior resistência na execução de tarefas do dia a dia.
A instituição neste momento pondera iniciar uma sessão pós laboral, para todos aqueles que por motivos profissionais não podem integrar a turma já existente. Caso estejam interessados em participar basta contactar a Associação.

segunda-feira, julho 12, 2010

Sardinhadas I

E porque é tempo de Sardinhadas ficam as fotos da 1ª que se realizou este ano no Sobral. Foi no "Le Français" na noite de S. João!







sábado, julho 10, 2010

Convívio Anual

Como é habitual, a ASS da nossa terra, promove o encontro de Verão, para sócios, familiares, amigos dos sócios e todos aqueles que se desejem associar a esta iniciativa. O programa promete e será certamente um bom convívio. Não deixem de fazer a vossa inscrição e bom(s) encontro(s)!

Sons da Fraga Dura em Casegas

quarta-feira, julho 07, 2010

As aldeias da Silicose - 2 -

Silicose: o negro é a sua cor

"(...) Pela primeira vez, tive a sensação de ter desencadeado algo para além de todas as previsões. Ou, talvez não se tivesse interpretado convenientemente a razão da nossa presença...

A luz ténue do interior do salão esvai ainda mais os contornos daqueles rostos desconhecidos. A um canto, sentadas quase em religioso silêncio, mais de duas dezenas de mulheres. Vestem todas de negro. Algumas usam um xaile comprido que pende da cabeça, deixando visível apenas o rosto. As outras, um lenço, também negro. Negro é a sua cor. “São as viúvas da silicose, aquelas! “ aponta alguém a meu lado. Olham não sei se com desconfiança ou expectativa. Os rostos enrugados tornam o olhar ainda mais impassível e indecifrável. Nos homens, há uma atitude semelhante. São em número superior, mas distribuem-se em pequenos grupos, conversando em tom confidencial. Quase todos ultrapassam os cinquenta anos de idade, mas o semblante incaracteristicamente monótono tornou-os mais velhos. Também estão intimamente ligados à silicose, isto é, são homens silicóticos, vivendo um drama de longos anos. Um drama que se desenrola no dia-a-dia esquecido da gente que se esquece e cujos lamentos não conseguem ultrapassar os montes que os cercam. Homens e mulheres, marcados, na maior parte, por uma velhice precoce.

Gente nova não está ali; apenas uma ou outra moçoila ainda não decidida a procurar uma vida melhor para lá da serra. Crianças há algumas, poucas. Os rapazes e os homens saudáveis partiram para terras da estranja. Poucos ficaram. Agora, no salão paroquial, o homem de estatura baixa procura fazer-se entender sobre a razão por que mandou chamar os conterrâneos. Vieram quase todos, para falar do seu drama pessoal.



A recompensa indevida

De negro retinto e os cabelos grisalhos encobertos por um lenço caseiro, Conceição dos Santos é uma das muitas viúvas da silicose de Sobral de S. Miguel. Tem 59 anos, idade com que morreu, o marido, João Brás. Desde muito novo que ele trabalhou nas minas. “Aos 15 anos o meu João ficou lá sem uma perna. Ainda aprendeu a arte de alfaiate, que era profissão mais em conta para uma pessoa com uma perna artificial. Como não se governava voltou para as minas por mais 35 anos. Um dia sentiu que não podia trabalhar mais. O cansaço não deixava e foi definhando cada vez mais”.

Para todos, esse era o princípio do drama. O cansaço e a dificuldade de respiração. Depois, a inactividade e uma vida ainda mais difícil. “Sim, que se havia de fazer com os quinhentos escudos mensais da Caixa? Até que, um dia, teve um destancamento de sangue e morreu ao cabo de uma semana. Escoou-se pela boca”. Dos oito filhos do casal, cinco já casaram. As duas filhas menores fazem companhia à mãe. Agora, a Conceição dos Santos não recebe um tostão. “Durante um ano, depois dele ter morrido, ainda me deram os quinhentos escudos. Mas foi só nesse tempo. Hoje,nem isso. Não recebo nada. Para que andou o meu homem a trabalhar tanto tempo?” pergunta, de olhos esbugalhados pela dor e pelas lágrimas. E a mesma pergunta repetir-se-ia dezenas de vezes, tão dura como verdadeira. E quantas vezes já terá sido feita?

Em Sobral de S. Miguel são, talvez, cerca de quarenta viúvas que continuarão a interrogar-se. Da mesma forma, foi difícil estabelecer o número aproximado dos homens afectados pela silicose. À volta de cem, na opinião de alguns. Talvez menos, prognosticam outros. (...)"



terça-feira, julho 06, 2010

Ui que calor!!!!

Neste últimos dias tem estado um calor que não se aguenta. Para refrescar pelo menos as ideias dos leitores aqui ficam imagens do nosso "charco".

Tomei a liberdade de usar as fotos da Ferruki espero que não te importes ;)