Quem eram "Os Hermínios"?
Já se tem falados algumas vezes de um grupo de teatro existente no Sobral, que fazia a delicias de muitos com as suas peças recambulescas...
Hoje vou apresentar-vos portanto, algumas fotos que pensa-se serem de uma das actuações do grupo.
Contudo, as certeza poderão ser confirmadas com a vossa ajuda, talvez dos visitantes mais velhos, pois já apresentei as fotos a algumas pessoas que não reconhecem as caras, pois ainda nem eram nascidas.
Seria a recriação de uma batalha?
Seria o rancho da época?
Certo é que pelas fotos dá para ver que a o público era muito.
Certo é que pelas fotos dá para ver que a o público era muito.
Fotos enviadas por "Mariita"
33 comentários:
ó famel... gostava de ver essas fotos ao vivo e a cores (eu sei q sao a preto e branco)...pode ser? mete lá uma cunha junto da Mariita... qdo for ai ao fds deixas-me dar uma espreitadela...
e já agora, caros bloguistas, mais ninguem tem fotografias que possam ser do famoso grupo de teatro "os hermínios"? É que um dos grandes artistas e impulsionadores desse grupo de teatro era meu avô e sinceramente gostava de ver algumas fotos desse tempo.... pois devo ter herdado essa veia de artista até pq eu tb adoro teatro, representação, espectáculo... representar
Já viram c o salão enchia? Deviam ser umas tardes super animadas! Nós também já tivemos 1 bom grupinho e faziamos 1s teatros à maneira, n era sarilha e chenouca...k saudades
Que reliquia! não conheco ninguem mas acho que ainda não avia electrecidade porque vejo o pitromax dependurado ao teto que parece que é em madeira,deve ser Hà mais de 50 anos
Está na palteia o Padre Pedro e o Padre António Pinto da Silva (se não me falha a memória e imagem que ainda tenho deles).
À primeira vista não conheço mais ninguém. Pelo aspecto dos que reconheço eu ainda devia ser muito novinha.
pois era famel... tb tenho mtas saudades... divertia-me imenso a fazer aqueles espectáculos....e q tal organizarmo-nos e fazermos assim umas coisas esporádicas em épocas festivas? era porreiro...
temos k falar c os galarós
Tv c a ajuda de G. Santos e Sobralfilho conseguiriamos tirar estas duvidas...m eles andam desaparecidos...tal c a menina serranita! aiaiaiai :)
na ultima foto ao lado do padre pedro esta o senhor joao pereira pinto sogro do jose morgado consegui manipular as fotos aumentando para o dobro e triple para ver se conseguia reconhecer mais pessoas mas quanto mais se aumentao menos claras ficam as fotos sao a preto e branco mas da a impressao que na scanar foram passadas a cor e nao na escala grey de qualqer maneira estas fotos devem ter entre 50 a 55 anos
Após uma demorada observação e com uma valiosa ajuda, conseguimos reconhecer, o Sr.os P.e Leal e P.e António Pinto da Silva filho do sobral, à esq.ª do P.e Leal encontra-se o falecido João Pereira Pinto Ex. Presidente da Junta de Freguesia; na sua recta guarda e da direita para a esquerda na foto, encontra-se a falecida Albertina filha do “Ti Zé Inverno” e ao seu lado encontra-se uma filha da Maria Antunes do Largo de São Miguel.
Pena é que a foto não permita uma boa ampliação.
"Patroinha" famel, ando um pouco ausente, mas sou fiel e dou sempre uma espreitadela!:-)
Já vi que as ventoinhas em vez de arrefecerem, aqueceram o blog.
Quanto a estas fotos, não tenho pistas que ajudem a desvendar o mistério...
Boas recordações, más lembranças. Já lá vão tantos anos! A foto não me terá apanhado.
Teria meus 10/11 anos, mas ainda lembro que o tema era um episódio das invasões francesas.
Nota-se que os actores estão fardados a rigor.
Acho que o sobralfilho pode saber dizer mais qq coisa.
A minha ajuda será também paupérrima: Na foto, além de identificar o meu pai, o Pe. Pedro e o Pe. António, não consigo identificar mais ninguém. Como já foi dito nos comentários a foto não facilita. Perante o original, seria diferente. De qualquer modo, penso que não são os “Hermínios” mas, sim, outro grupo cujos “ensaiadores” seriam o Pe. Pedro e o ainda seminarista, António Pinto da Silva, dado o tema que, sem sombra de dúvida, andaria à volta das Invasões Francesas. O grupo Hermínios estaria mais vocacionado para a comédia.
O acontecimento terá ocorrido entre 1951 e 1952?. Será que o nosso amigo Prof. Daniel, então estudante, nos pode ajudar?
O palco do Salão Paroquial foi utilizado frequentemente, nas décadas de 50, 60 e princípios dos anos 70, por vários grupos cénicos. Eu próprio, o Valdemar, O Zé Sobreiro e o Zé Abrantes (não me lembro dos outros), fazendo parte dum grupo composto por não-estudantes, quis rivalizar com o grupo dos estudantes (apoiados pelo Pe. Rei Barata), na época, e levou à cena “O Soldado da Roliça”, cuja receita, tendo superado uma outra relativa a uma peça levada à cena pelos estudantes, reverteu para as obras da Igreja, foi entregue ao Padre Rei Barata.(dos estudantes de então faziam parte o António Neves, irmão do Virg. Neves, o Virgílio Pereira, o Zé da Eira, o Virgílio Ferreira e Fernando Paulo). Uns anos mais tarde, o Virgílio Ferreira encenou “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto, poema teatralizado que retrata a vida dos retirantes do Nordeste Brasileiro, homens sem-terra, que foi de longe a peça mais rica que passou por aquele palco, não só pela encenação como pelo seu conteúdo.
E hoje, o Palco do Salão? Jaz morto e arrefece…
Segundo julgo foi a primeira peça a subir ao palco no recém inaugurado Centro Paroquial.
Também penso que entre os actores estava meu primo Pedro Ferreira e outros qu pouco depois emigraram para o Canadá.
estou de acordo com sobral filho os herminios era um grupo dedicado a comedia sendo os principais comediantes o ti ze herminio e ti manuel paiva eu fiz parte da primeira apresentacao nesse palco o instrutor era o padre pedro e como tal nunca esteve sentado na audiencia como mostra a foto mas sim atras das cortinas para coordenar as deixas e se algum de nos se esquecia do que tinha a dizer la estava ele por voz baixa a ajudar por isso este tenho a certeza que nao e o grupo os herminios mas um outro que chegou mais tarde
Cá em casa estivemos a ver as fotos com lupa e tudo e não avançamos muito. Não poderá ser um grupo de uma aldeia vizinha?
Com isto, acabaram por vir à lembrança algumas cenas dos teatros do grupo dos estudantes. Por exemplo, quando recriaram o cozer do pão, vestidos de mulheres, a rigor, de cócoras no palco, imitando a posição das mulheres enquanto esperavam que a broa cozesse, aproveitando para falar de tudo e de todos!
Uma outra vez era uma boneca matrafona, feita com um chapéu de chuva e outros artefactos, que vai com o marido ao médico: “Doutor, a minha Miquelina está muito doente!” “Sim? vamos dar-lhe Terramicina”. “Terra por cima? Leve-a o senhor!”
Parece que tinham uma veia para a comédia, à semelhança dos Herminios.Diz que era de morrer a rir.
Recordou-se também a confecção dos fatos “à grilo” , de serrapilheira, e os chapéus de cartola, tarefas em que a vizinhança acabava por colaborar.
Bem! O padre Pedro poderia estar na assistência e ter alguém a fazer “o ponto” (para auxiliar nas deixas). O lugar deste costumava ser debaixo do nível do palco. Não me lembro se esse lugar existia no palco do Salão.
sobral filho na primeira apresentacao no salao acabado de construir o palco nao tinha esse lugar para ajudar nas deixas eu lembro correctamente o padre pedro atras das cortinas onde nao podia ser visto pela audiencia a fazer esse trabalho bem me lembro que nas noites de inverno frio se acendia uma fogeira ao fundo das escadas para o piso superior que nada tinha ainda para a gente se aquecer quando estava-mos a ensaiar e bem me lembro das piadas que ali se trocavam eu era goroto mas os adultos bebiam uns copos de vinho e o antonio saraiva dizia quando bebia um copo mais um balde ha corda remeniscente do caminho aereo na barroca grande tudo isto eu recordo com saudade desses belos tempos
aprisco p.j., estou esclarecido.
Um abraço e aparece mais vezes.
E um belo dia, em l968 ou 1969 o pessoal do teatro (estudantes e seminaristas) fizeram uma jantarada com coelhos das capoeiras e um gato que era meu.Mataram-no á paulada dentro duma saca (deu um trabalhão para morrer e esfolar), lá comeram aquilo tudo e só o Ti Manel Paiva é que reparou que alguns bocados do coelho eram mais claros. Os que sabiam da malandrice só desvendaram o caso daí a um ano.
dos TEATROS do Salão lembro-me de vários, mas num deles ( o drama da paixão) terá sido numa sexta-feira Santa? os espectadores fartaram-se de derramar lágrimas e eu assustei-me ao ver o S.Pedro pegar numa espada (de pau pintada)e cortar a orelha a um centurião que queria algemar Cristo. também me lembro de ver um artista a cuspir chamas feitas com de petróleo escondido na boca.
com tantas lembranças, não posso esquecer o Paiva (Carlos Ortil) na vida artistica- pintura e poesia, cujos cenários revolucionaram a encenação teatral no Sobral.Alguem se lembra da fenomenal encenação da vida dos Mineiros? E do anticiclone da Cabrieira que prometia chuva de noite aconselhando o pessoal a ir apanhar as canas que estavam em risco de se transformar numa "passeira"....
Quanto ao Gato disfarçado de coelho não foi um mas sim dois.E o reflexo teatral da cena, foi na verdade dado pelo Ti Manuel Paiva quando uma semana depois da Janta encontrou na Covilhã este mero figurante da tramoia,que se lhe dirigiu para o cumprimentar ao que ele retorquiu: -" Não te aproximes de mim que eu desde que comi gato só me dá para esgadanhar."Até nisto se notava a veia teatral de um dos Herminios.
E muito bom ter novidades do Sobral
É isso mesmo,f.paulo , a observação esta correctíssima, quis fazer o m/ comentário á pressa e saí-me mal. Quem deu o outro gato?
O meu era tão bom na caça...que alem dos ratos apanhava em voo pardais pelos telhados.
ja estive a falar com alguns familiares mas tb nao me sabem ajudar muito.
espero q haja alguem q possa adiantar mais um pouco q aquilo q se sabe
Magnificas estas fotos, e é interessante como de comentário em comentário se vai "formando" mais "estórias" do nosso Sobral... eu cá na minha "tenra" idade só me lembro de ir ao teatro (ver os supostos herminios) no mm salão paroquial, numa véspera de Natal, com mt frio, e morrer a rir com o Ti Zé Herminio a "enfiar" um tacho com batatas cozidas e bacalhau, todas "enzêtedas" pelo bolso das calças abaixo, em que a "compincha" de cena era uma "moçoila" (filha da ti Antonia do adro)... enfim, outros tempos!!! Do pouco q se tinha fazia-se magia, e o Povo unia-se nestas ocasiões para ver representar as gentes da terra! Isto sim foi um Natal inesquecível!
Virgilio Neves, o outro gato foi dado pelo mesmo dono, já que se tratava de um gatão daqueles ladrões que andavam pela vossa merceatia a roubar chouriços e tudo o que apanhavam.
ATT. SOBRALFILHO, os estudantes não eram apoiados pelo Padre: Os estudantes conseguiram na prática, com as suas atitudes, inverter um conceito de falso puritanismo que se instalara na Nossa aldeia.O teatro que nas épocas mais férteis chegava a ter um espectáculo diferente de 15 em 15 dias foi um dos meios utilizados para provar que o convívio era salutar e ajudou a desmistificar conceitos errados de falso puritanismo.É verdade que mais tarde o Sr. Padre Rey Barata se transformou num dos mais acérrimos defensores dos Estudantes. O episódio dos Gatos disfarçados de coelhos teve a sua génese no apelo que o Padre fez na Igreja para que o povo se associasse aos estudantes proporcionando-lhes um jantar de despedida das férias Grandes, como forma de agradecimento pelo que eles tinham feito para ajudar as Obras da Igreja. Eu não recordo valores, mas sei que eram valores significativos para a época.É interessante como passados quarenta e tal anos ainda não estão saradas algumas feridas de pseudo-rivalidades entre estudantes e não estudantes de então.
Ainda acerca dos Gatos travestidos, lembro-me que o Tó Neves que na altura estudava em Braga salvo erro no Seminário, não teve tempo de curtir a Borrasca e como tinha que ir apanhar a carreira às Pedras Lavradas foi directo da festa para ir apanhar a dita. Acontece que naquele dia de fins de Setembro estava lá a Guieira e quando chegou ao alto de Carvalho verificando que era ainda cedo, deitou-se atràs de uma carqueigeira agarimado do vento. É claro que adormeceu e quando acordou onde é que já ia a carreira.
bem meus amigos depois de toda esta conversa lembro-me da parabola que dizia:quando alguem se deixava enganar por outra pessoa aquele'a' levou gato por lebre pois bem estes levaram gato por coelho afinal lebre ,coelho sao da mesmwa familia eheeeeeeeeeeeeeh
Sentinela: temos então “os estudantes não eram apoiados pelo Padre (…)” e “É verdade que mais tarde o Sr. Padre Rey Barata se transformou num dos mais acérrimos defensores dos Estudantes”.
No meu comentário usei o verbo apoiar, tu usas familiares do verbo defender [não será (quase) a mesma coisa?].
Eu disse que o grupo do qual fazia parte “quis rivalizar(…)”.
Não falei em feridas, nem em rivalidades.
Mas, posso, sem problema algum, modificar o verbo: onde está “rivalizar” leia-se competir; onde está apoiados leia-se protegidos.
E é tudo, sentinela. Que estejas sempre alerta…
Alerta estou.Viva a versatilidade da língua portuguesa e a intenção séria de quem a usa com todos os benefícios que isso traz à cultura.O meu simples escrito mais não pretendia do que esclarecer um ou dois pontos da tua fluente prosa, que me pareceram menos exactos. Vejo que entendeste e que afinal até estamos de acordo no essêncial. Cá continuo no meu posto a fazer mais um quarto de sentinela.
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