Iniciam-se amanhã as festas em honra de Santa Bárbara e de Nossa Senhora do Bom Parto. Vão ser - tenho a certeza - umas festas bastante participadas e vividas com muita fé, e a religiosidade tradicional do nosso povo. Para os que não podem estar e a saudade é uma constante, ficam as imagens da nossa bela Igreja para que a recordação se mantenha como chama viva no coração de cada um.
Merece nota de destaque a responsável do arranjo dos altares, quem de alguma forma ajuda nesse trabalho e todas as pessoas que oferecem flores, permitindo dar à Igreja um toque fresco, renovado a cada semana e sempre lindíssimo. Parabéns e que Deus vos recompense pela dedicação e amor a esta causa.
Logo na entrada da Igreja, o Baptistério onde a maioria dos sobralenses foram baptizados, com água guardada na pia baptismal. Porém, nos dias de hoje, mandam as regras de higiene que a água não esteja exposta, mas seja guardada em recipiente próprio, depois de benzida na grande noite da Vigília Pascal, ou seja benzida no momento.
Painel onde estão registados os nomes de todos os Párocos, que desde 1910 estiveram na Paróquia do Sobral. Uma recordação cheia de significado e é, simultaneamente, uma homenagem.
Lembrando o nosso batismo, Santa Bárbara e Nossa Senhora do Bom Parto, rezamos ainda ao Padroeiro S. Miguel, que no lá no alto também zela por todos nós.
10 comentários:
Parece difícil compreender o homem sem a religião. A nossa é uma religião de afectos de Pessoas Celestes: Um Deus Pai, um Deus Filho e um Deus resultado do Amor entre Aquele e Este (o Espírito Santo), amor que nos salva. Depois uma trindade terrena: José, Maria e Jesus. No Sobral, ainda há o Santo António, sábio e ternurento e o arcanjo S. Miguel que nos defende do Cornudo, símbolo de todos os males da vida. A Santa Bárbara é a padroeira dos mineiros de que já falámos. É tudo tão humano!!! Que a vossa festa corra bem.
A propósito do S. Miguel do anónimo anterior,a quadra de um poema, mais longo que se aplica à igreja da nossa aldeia, rebuscado não sei onde:
(...)
Eu queria voltar a ser menino, nascer de novo,
Acreditar, como então, em um mundo assim talhado,
O bem vencia sempre o mal, como S. Miguel, o Diabo,
Eu descobria, enfim, harmonia na igreja do meu povo.
A nossa igreja tem um valioso património, que a todos nos cativa, mas quando decorada com arranjos florais, fica mais atractiva.
Os meus parabéns, para quem tem o dom para esta arte.
Bons festejos!
o padre PEDRO VEIO PARA O SOBRAL EN 1950, NAO EM 1962 O PRIMEIRO BATIZADO QUE ELE FEZ FOI ODO ABELPOR ISSO FOI EM 1950
mary, veja bem que o painel está correcto, P. Pedro: de 1950 a 1961
A minha homenagem a todos os padres que exerceram o sacerdócio no Sobral. Não era fácil chegar a este "Fim do Mundo" e aqui viver isolado em autêntico eremitério na forma medieval e nem sempre compreendido pelos "fiéis"....
marilita voce ten o .Antonio Niculau de 1950 a1961e op Pedro de 1962 a 1975 por isso as datas estao enganadas,e o painel estaerrado
Um simples painel, com tanta dificuldade de interpretação! Esclareço o último anónimo:
Neste painel, a data antecede o nome do prior, assim de 1950 a 1961 inclusive, foi prior o Padre Pedro. De que guardo a melhor das memórias e que fez um sermão de despedida fantástico. Aproxima-se o cinquentenário da sua despedida e aqui deixo a minha maior homenagem. Quem o conheceu bem foi o Fernando Paulo como sacristão. A dupla Padre Pedro/Fernando Paulo foi a melhor que eu conheci Sr. Prior/Sacristão.
Quanto a sacristães, seria bom ,se possível, e já que se entrou por estas cronologias,que se fizesse a história dos mesmos. Confesso que sou parte interessada, já que, sem prejuizo de melhor rigor, o meu avô, Manuel Pedro Pinto Lopes, que não tive o privilégio de conhecer, terá sido sacristão do Sobral, 42 dos 64 anos que viveu.Penso até que seria o sacristão em 1910, já que minha mãe nasceu em 12. Ao que sei, já era sacristão.
Manuel Pedro Pinto Lopes pode muito bem ter herdado o cargo de sacristão de António Francisco Pinto, pois sabia ler e escrever e era muito devoto, como decorre do livro de orações, Monte de Myrra e Outeiro de Incenso (1905), de que dispôs e, decerto, seria avô de seu avô, caro António Lopes.
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