As imagens falam por si e, por isso, nada vou escrever...
A meio da "reportagem" deixarei antes um canto, de quem soube escrever (cantar) primorosamente sobre a serra - ainda que da Estrela - cujas palavras sinto aqui como pertença.
VIII
Roteiros da serra, caminhos santos,
subidos a custo são Via-sacras;
ao certo, ao certo, não se sabe quantos:
guerreiros, monges, grandes patriarcas,
entre lutas esforçadas e quebrantos,
nelas esculpiram e deixaram marcas
que apontam rumos certos de ventura
a toda a humana e mortal criatura.
Pe. António Pinto da Silva
Cantando os Hermínios
14 comentários:
As imagens falam por si!!!!!
Agora é só esperar pelos críticos!
CMSS
Parabéns aos organizadores e participantes.
A região necessita da vossa colaboração. Vamos pressionar as operadoras de rede móvel para melhorar o sinal da rede na nossa região
http://www.facebook.com/home.php?sk=group_122762441121352¬if_t=group_activity
Caro CMSS,
Quem chega a este espaço e vê estas imagens, mais do que críticas, porventura entendidas por ti como perspectivas negativas, deve louvar a Deus pelas cores com que pintou a nossa Serra dita por uns Cabeço da Nave, por outros Prezas do Ceira e, decerto, por Cabeço do Gondufo. Em minha opinião, devia chamar-se serra da Flor da Urze ou no plural das serra das Flores das Urzes, tão belas ali desabrocham. Aqui, não cabem críticas negativas, o poema do Padre Pino da Silva mostra uma sensibilidade religiosa intensa, vê na serra um marco do criador e as marcas das gentes que dele se aproximam. Antigamente subir a Montanha significava ir ao encontro de Deus. Depois em algumas das imagens, vemos solidariedade: há sempre alguém que espera. Tudo é imenso na serra até as almas, as dos que conseguiram chegar ao cimo com mais facilidade e também as dos que chegaram mais tarde ou que ficaram. Glória, pois, a Deus nas Alturas e paz na terra aos homens de Boa Vontade.
Onde está Padre Pino deve ler-se padre Pinto, que ele perdoe ao eu duro teclado.
Eu estive presente e fiquei surpreendido com a resistência de alguns participantes.
Quando me refiro a críticos, falo naqueles que comentaram a organização quando a Mariita postou o cartaz.
Os meus parabéns á organização e aos participantes.
CMSS
Caro CMSS
Fui ver esses comentários e parecem-me particularmente polidos e meritórios. Valeram pela publicidade.
Mariita:
Espectacular!....
Estou sem palavras!.
Como gostava de ter participado nesta caminhada!. Foi-me impossivel ir à aldeia, nesta altura. Mas, acho que não vou desperdiçar outra oportunidade.
E, agora, vou partilhar convosco, se me é permitido, uma peripécia da minha meninice. Anos 50 e ....Nasci em 1948. Tinha 9 anos quando isto se passou.
Havia uma feira na Vide.
Com a minha tia Ilda e a minha prima Cecília fomos a essa feira.
No regresso a minha prima cecília, que era "gorduchita" não queria andar e a minha tia disse-lhe:
- Para ficares mais á vontade tira as "cuequitas". A Cecília fez o que a tia disse. Tirou-as. Quando chegamos ao cimo da serra verifcou que as tinha perdido. Começou a chorar .
A minha tia não pensou duas vezes e disse:
- Marita, vai lá atrás à procura das "cuequitas" da tua prima. Isto, porque eu caminhava muito. Como era muito magrinha, o rabo não me pesava. Fui. Encontrei-as e a minha prima ficou toda contente, porque tinha as suas "cuequitas" de volta.
Como esta cena, tenho outras. Por exemplo ir à senhora das Preces, ir à Senhora dos Milagres e mais ainda ir fazer o exame da 4ª classe a pé. Fazer o exame, ter passado, e depois vir para o Tortosendo,ainda a pé, para a minha mãe levantar o dinheiro que o meu pai mandava de Angola. Depois recompensa, vir na carreira e comer uma sandes de bacalhau e um pirolito. Lindo !. Os meus filhos não sabem nada destas coisas e se lhas conto,ficam admirados por ter sido assim. O meu neto Victor adora chegar do Porto e, já instalado, quer que lhe conte coisas do meu passado, da minha vivência em Angola. Tudo. É delicioso partilhar com ele as minhas memórias. É muito curioso e muito atento, e acima de tudo ... gosta.
De Sophia de Mello Breyner
Pudesse Eu
Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!
Um abraço a todos os que participaram
Maria Ideias
O caminho da feira da Vide não era por ali. Ainda estava bem activo na década sessenta. Hoje deve ter tanto mato, como vírus tem o Blogue Sobral de S. Miguel.
No seguimento do comentário anterior, proponho que as futuras caminhadas sejam temáticas, assim:
O caminho da Feira da Vide,
o caminho da Mina
O dérby: Casegas/Sobral
A romagem à Senhora das Preces,
A romagem à Senhora da Ajuda dos Trigais
Etc.
Em algumas, até podem fazer representação, quando muito intimista, por exemplo,
A ida à bruxa, ou
Quando muito extensa, caso da feira do Fundão
ou da rota do carvão até à Covilhã.
Olá Mariita, tudo bem? Sou Anderson, da Revista Bicicleta, no Brasil. Há tempos li o seu relato sobre eu e a minha bicicleta (se não for seu me corrija), e gostaríamos muito de publicar em nossa revista, pois é uma história fantástica. Gostaria que entrasse em contato por e-mail, e nos enviasse texto e fotos, se quiseres acrescentar algo no relato, etc, seria fantástico. Muito Obrigado, anderson@revistabicicleta.com.br
Tudo bem Anderson! Já recebi o seu pedido no meu e-mail e em breve responderei.
Tirando as histórias fantásticas da Mariita, este blogue está a ficar sensaborão. Decerto, falta mais uma daquelas guerras de Alecrim e Mangerona e fazer aparecer os moralistas. Mas os contendores devem andar muito ocupados.
E é porque essas guerras de Alecrim e Mangerona não interessam para nada (só mesmo para quem se mete nelas), é que o blogue vai passar ao formato informativo...
Até breve!
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