terça-feira, março 13, 2012

Semana do Mel





Bem a propósito da Semana do Mel que decorre no Espaço das Idades, Covilhã, de 12 a 16 de Março, das 8h30m às 19 horas, aqui ficam algumas "doces" imagens tiradas no Sobral, em Setembro de 2011.
O mel é um bom motivo para uma semana temática em que são apresentados os vários tipos de mel que existem no Concelho, além da caracterização das zonas onde se recolhe mel e se faz apicultura. 
Pela qualidade do mel que há no Sobral, certamente não faltará neste evento uma boa representação da nossa terra.

37 comentários:

Anónimo disse...

Eis uma actividade que pode e deve retomar o esplendor de outrora, mas agora com técnicas modernas. Esta semana devia inspirar cursos para jovens apicultores.
asp

famel disse...

E ha cursos para jovens apicultores, por exemplo na escola agraria de Castelo Branco é frequente leccionarem cursos relacionados com a pratica apicola. A Pinus Verde vai também ter um curso de iniciação à apicultura dia 24 e 31 de Março, não sei se ainda há vagas, mas se alguem estiver interessados vão a www.pinusverde.pt

Eu gosto muito das abelhinhas e penso que elas desempenham um dos papeis mais importantes para a manutenção da natureza...
Se quiserem posso partilhar algumas fotos da semana do mel no espaço das idades.

Anónimo disse...

Não sabia de tais cursos, estimada Famel. Obrigado pela informação. Quando me reformar, se ainda estiver em boa forma, vou fazer um. Agora, não dá. Para além do que aprendi com meu avô Ramos e com meu pai, à moda antiga, com colmeias de cortiça, tentei aprender mais alguma coisa no Seminário da Guarda com o Monsenhor Alfeu, que no Céu esteja. Na primeira lição, levei tantas picadas que fiquei 15 dias sem sair do Seminário. As abelhas da Guarda não era tão pacíficas, como as da Giesteira, da Giesteirinha ou da Cerdeira. Por curiosidade, aqui, há tempos, consegui apanhar um enxame numa varanda na forma como meu pai os apanhava sem nenhuma me picar. Foi fazer mel para o Vale de Santarém, o tal onde Almeida Garret pôs a Menina de olhos verdes das Viagens na Minha Terra.
Quem sabia de apicultura, a sério, como ninguém, era o pai do AAG. Ainda lhe adquiri, na Casa do Bom Café, na Guarda, alguns quadros de cera virgem para o efeito.
asp

Anónimo disse...

Como sabem, existem duas maneiras de fazer mel: à antiga portuguesa, com cortiços, e através de colmeias móveis.
Postas lado a lado, é óbvio que esta última é aquela que consegue equilibrar melhor os interesses dos donos e os das abelhas, pois o sistema das colmeias de cortiça implica uma "carnificina" de abelhas enorme.
É verdade que, como diz o ASP o meu pai se dedicava a essa actividade. E algumas vezes o acompanhei ainda quer para fazer enxames (isto é, para desmultiplicar as colmeias), quer para extrair o mel, tanto de colmeias de cortiço, como de colmeias móveis.
E é claro - os tempos eram outros - os apetrechos para a defesa contra as picadas eram muito fracos, reduzindo-se, na maior parte dos casos, a uma máscara (o chamado "toso"), ficando campo aberto para as abelhas picarem à vontade nas mãos.
A apicultura será das poucas actividades que pode singrar em terras do interior. Isto para quem não for alérgico a picadas de abelhas.
AAG

Anónimo disse...

Caro AAG,
De facto, é pena que a apicultura não esteja mais desenvolvida em Portugal. Sem consultar as estatíticas, os portugueses devem consumir mais mel do que produzem. Na Idade Média, este não tinha alternativa. Todavia, os portugueses têm responsabilidade na substituição. Devemos lembrar que a produção de açucar em quantidade de escala para o mercado europeu começou na Madeira e nos Açores passou às outras ilhas atlânticas, depois ao Brasil e os Portugueses dominaram durante séculos o produto de substituição do mel pelo inicialmente dito mel de cana.
asp

famel disse...

Temos excelentes apicultores na nossa terra e penso que nós os mais novos, que gostamos do campo, podemos fazer desta actividade um bom anti-stress.

Serranita disse...

Tb fiz um curso de apicultura e tenho vários documentos. Tenho um manual escrito em poesia por um apicultor, que é uma delícia. Mas o que me admira mesmo no mundo das abelhas é a sua estrutura e organização dentro e fora da colmeia, as formas de comunicação por "danças" em que indicam a posição da fonte de alimento em relação ao sol e à colmeia e até danças diferentes consoante a distância é maior ou menor, ou se há perigos á vista! Um mundo!

famel disse...

É o meu livro de bolso neste momento "Tratado Prático de Apicultura", foi-me oferecido no meu ultimo aniversário por um casal muito meu amigo de S. Jorge da Beira quando descobriram o meu interesse pela apicultura. Agradeço.lhes de coração tal prenda, está a dar-me muito jeito.

Anónimo disse...

Noutros tempos os riscos maiores para as colmeias eram os texugos.
Colocavam-se à beira da colmeia e iam papando as abelhas. Além disso, chegavam a escavacar os cortiços para comer o mel.
Muito recentemente entrou na Europa e em Portugal uma praga diferente: a varroa, ou seja, um ácaro parasita das abelhas que se expande na colmeia, matando-as.
Bem gostaria de ter continuado a tradição da família, mas as circunstâncias da vida não o permitiram.
Tenho, porém, a certeza, de que, como hobby ou com objectivos de lucro, a apicultura constitui uma actividade muito diversificada, encontrando-se nela ocupação (e preocupação) durante todo o ano:
desde a construção e ampliação das colmeias, passando pelo tratamento das pragas, pela duplicação de colmeias através de enxames ou de outros processos mais modernos, pela recolha do mel, preparação dos quadros das colmeias móveis, etc. etc.
AAG

sobralfilho disse...

Pois, além dos texugos tb os lagartos gosta(v)am de papar abelhas.

Anónimo disse...

O assunto da apicultura merece redobrada atenção para os agricultores,para os ambientalistas e todos aqueles(as)que queiram desenvolver actividades económicas sustentáveis.
O Sobral teve no passado uma boa tradição neste sector de actividade e devia ser de novo aumentado e valorizado pelo potencial natural que possui.
Para além de um ou dois produtores residentes com significativa produção e que servem de testemunho,precisamos de mais produtores porque há espaço natural e comércio,falta sim empreendedores.O problema da varroa que tem 20 anos ou outras doenças são problemas sanáveis e como foi dito atrás,formação também existe.Como em tudo,é preciso muito profissionalismo e muita actualização do conhecimento cujo recurso é o único inesgotável...e mãos à obra.
fs

Anónimo disse...

Elas dançam, as abelhas,
apontando um horizonte de flores
E um futuro de mel.
Elas voam, as abelhas,
para os cantos perfumados da minha aldeia.
Ali,tudo é doce ainda.
RR

famel disse...

Há pouco mais de um mês o meu marido foi assitir na biblioteca municipal, tal como outros sobralenses, a uma sessão de esclarecimentos sobre a varroa e outros poblemas da saúde das abelhas. São sanaveis se estivermos atentos aos nossos apiários. As abelhas precisam de atenção e apesar de não recolhecerem o "dono" gosto também de lhes dar carinho, conversar com elas como se me entendessem... Estou ha pouco tempo a iniciar-me a sério na apicultura e não me tenho arrependido, claro que quando chegar a cresta e as picadelas de certo vou praguejar eheheh

Anónimo disse...

Lança pragas, Famel, sobre as varroas,
que nome estes porcos bichos logo haviam de usar.
Fala com as abelhas, aponta-lhes a distância da urze e da água, das flores que as hão-de alimentar.
RR

Serranita disse...

famel, na fase da cresta, com a técnica e principalmente com o equipamento ideal, tipo astronauta, acho que consegues não ser picada! :)

famel disse...

Se for picada só tenho que ver a coisa pelo lado positivo... provavelmente quando tiver os 60 anos do meu pai vou sofrer muito menos que ele das artroses e reumatismo :)

famel disse...

Ah e já tenho o fato, polainas e luvas :)

Serranita disse...

Há sempre um lado positivo!:)

Anónimo disse...

Bom dia Serranita,não creio que haja lado positivo na picada de uma abelha, pois o que sempre mais me perturba não é a picada em si que já sofri, como disse acima em múltiplas ocasiões e hoje quando falo ou escrevo sobre abelhas tenho sempre no imaginário as muitas que me atacaram a mais de mil metros de altitude na hoje diferente cidade da Guarda. O que me perturba, repito, é a morte da abelha por se ter desprendido da sua arma dita aguilhão. Também não creio que qualquer picada, mais ainda com veneno, possa alguma vez curar os males acima ditos. Decerto, a Famel não sofrerá tanto deles como o pai dela, pois se preserva dos frios nas manhãs gélidas de Inverno e dos trabalhos que exigiam no passado esforços físicos muito elevados. Evitem, pois, as picadas das abelhas, sobretudo pela vida das mesmas abelhas, que inspiraram aqueles pilotos japoneses que morriam pela nação, como as abelhas morrem pela sua colmeia quando picam alguém. E que Deus vos abençoe, que eu assim faço a minha prédica matinal.

famel disse...

Ah isso não é bem assim, a apitoxina é usada (principalmente em países do oriente e médio oriente) nas medicinas alternativas para aliviar as dores das doenças do foro reumático.
Sei disto porque tenho feito muitas pesquisas relacionadas com estas doenças porque inevitavelmente já sofro delas. Tenho falado muito com o médico que me acompanha na acumpultura e ele diz que a medicina ociental ainda é ainda muito céptica neste campo, mas existem muitos pacientes diagnosticados com artrite que apresentam melhoria do quadro clínico quando são acidentalmente picados por abelhas.
A crença popular é tão grande que há até mesmo uma comercialização clandestina de veneno de abelha para o tratamento de doenças reumaticas. Mas mais não me adianto... só posso garantir que ajuda muito.
Se não tratar de mim quando chegar aos 60 de certo vou estar bem pior que o meu pai.
Posso não ter sido agricultora, pastora, pescadora ou caçadora para passar muitas manhãs submetida ao frio gélido do nosso Inverno, mas penso que não estou muito melhor, sou Arqueóloga de campo e tenho passado grande parte da minha vida profissional no cimo dos cabeços mais ventosos e frios que existem por esse país fora. Não conheço o conceito de ar condicionado e telhados no meu dia a dia... faça chuva, sol, vento ou neve tenho prazos de trabalho para cumprir, e se é no campo que trabalho tou sujeita ao que Deus me manda. E para piorar tenho semanas inteiras a escavar em posições bem desagradáveis! Claro que isto tudo conjugado com o facto de toda a minha familia paterna padecer de doenças reumáticas, faz com que a procura por "antidotos" seja maior!
Eu quero acreditar que este meu novo mundo da apicultura também me vai ajudar neste campo.

Anónimo disse...

Bom dia, Famel,
Eu também quero acreditar em tal mézinha, e sei que as novas gerações trabalham tanto e, em alguns casos, bem mais do que as antigas. O mundo que o capitalismo sem vergonha nos está a impor, não é nada fácil. Eu mesmo, não sentirei vergonha perante os mil trabalhos dos meus antepassados que sei que estão no Céu, por terem passado o purgatório na Terra. Mas tudo farei para não me deixar picar pelas abelhas, como disse, sobretudo, por elas, que as prezo muito e mais ainda evitarei ser picado por quaisquer outros bichos, que não prezo nada, como vespas, lacraus e mortíferas víboras. E a propósito de crenças populares e menos populares, digo que, por tais crenças, espécies há, rinocerontes, tubarões, etc, que têm sofrido os maiores vexames e estes bichões não nos incomodam tanto como outros bichinhos, vespas, lacraus e víboras, os terrores na nossa meninice e termino como o Vitorino Nemésio, se bem se lembram.
asp

Mina disse...

Por razões profissionais e "picos de serviço que não podem esperar," nem sempre aqui espreito com a frequência que gostaria. Mas fico satisteita sempre que o faço porque aprendo com os temas que aqui apresentam, assim como com os participantes que nos ensinam coisas interessantes e úteis para o nosso conhecimento.

Anónimo disse...

Para além da produção de mel,principal riqueza das abelhas,a própolis tem uma utilidade e aplicação enorme na medicina alternativa e que deve ser bem explorada pelo apicultor actual.
Creio que se mantem a Espanha como o primeiro produtor de mel na Europa.Nos anos 80 ,visitei com um grupo de amigos,a Sibéria Estremenha - uma região muito pobre e agreste,daí o seu nome, - onde pude verificar que as únicas produções agrícolas eram a produção de mel e a caprinicultura.A paisagem baseava-se em azinheiras e abundantes manchas de estevas,sintomas da proximidade do deserto. E os residentes viviam disto e de um recente"el gordo" que dinamizou toda a região,pois´foi recebibo por inúmeras pessoas.
Já agora,para alguém que queira visitar esta região ,recomendo a visita ao famoso Mosteiro de Guadalupe e saboreio o famoso licor.Sendo a região mais pobre de Espanha tem as suas virtualidades e potencialidades que nos podem qestionar e ensinar?
fs

virgilio neves disse...

OS produtores de amêndoas do Vale de S.Joaquim-Califórnia que importam anualmente centenas de colmeias(milhões de abelhas)do outro lado do Pacífico para polinizar os amendoais,estão a ficar à rasca,porque a varroa já começou a atacar as abelhas da Austrália e Nova-Guiné.Se chegar à Nova Zelândia,a varroa vai dominar o resto do planeta.É bom que os cientistas e pesquisadores metam mãos à obra no combate ÁQUELA PRAGA,SENÃO,DAQUI A UNS TEMPOS O MEL QUE JÁ É CARO,VAI FICAR A PREÇO DE OURO.
no Sobral,vários vizinhos meus tinham colmeias.Lembro que nos Invernos mais rigorosos em que as abelhas não saíam,alguns apicultores iam à minha Loja comprar Kilos açucar amarelo par ir dar a comer às abelhinhas.
O meu Ti Pereira,tinha muitos cortiços no Valminhoto e Casal da Pires,mas o meu pai dizia que nunca mais quiz saber de cortiços nem abelhas depois que em rapaz, foi atacado por um enxame de meu avó.E que só se safou porque deu à sola e se rejugiou num alvanel.

Anónimo disse...

O meu amigo FS abordou alguns assuntos que merecem reflexão, mas o mais importante concerne a especialização produtiva de um determinado espaço. Em minha opinião, esta é quase sempre prejudicial. O povoamento com cabras nas regiões secas, como a que indicou, degrada ainda mais a natureza, pois, como todos os sobralenses sabem as cabras comem de tudo. As ilhas de Cabo Verde foram desgraçadas pelas cabras lançadas durante o povoamento. A região "Extremenha", do país vizinho, de que informa, foi desgraçada pelo demasiado pastoreio que atingia também a nossa região. Só o Mosteiro de Santa Maria de Guadalupe enviava em transumância anualmente, nos séculos XV/XVI, 15.000 ovelhas a pastar até aqui à Estrela. A flora original ressentiu-se e defendeu-se com estevas que o gado não pega. Há agora projectos para utilizar a resina da esteva como base de outros produtos em várias indústrias. Eu defendo a ideia do desenvolvimento integrado em que um conjunto de indústrias de vários sectores encontrem complementaridades e agreguem produção. De facto, a globalização em algumas mainifestações neocoloniais não deixa ser assim. Todavia, faz pena que as terras junto às ribeiras e rios que os nossos antepassados trataram como autênticos jardins estejam a transformar-se em autênticos espaços de selva. São necessárias ideias luminosas e trabalho profícuo e aquelas e este cabem às novas gerações.
asp

sobralfilho disse...

Pois, caro Asp,

De facto as cabras comem tudo ou quase. No tempo do Salazar, na nossa vizinha Teixeira, as cabras não podiam entrar na floresta.

No entanto, actualmente há projectos na zona da raia para se aproveitar a sua verocidade para controlar os incêndios.

- http://mogadouronline.blogspot.pt/2011/03/freguesia-de-bruco-ja-recebeu-as-cabras.html -

Como alguém disse atrás há sempre um lado positivo...

Anónimo disse...

Caro Sobral Filho.
Não conhecia tal projecto e dentro de certos limites e do enquadramento em bons princípios creio que pode ser positivo. Obviamente, a desertificação no território entre Portugal e Espanha não é absolutamente nada positiva, seja provocada pelos incêndios, pelos rebanhos ou, mais certo, pela incúria dos dois governos e nossa em geral. Há já uma boa dezena de anos publiquei um extenso artigo sobre o tema intitulado: "Terras de Correrias, Ausências e Silêncios, Olhares sobre a Fronteira no Interior Peninsular" que mantém toda a actualidade infelizmente daí a publicidade. Todavia, a asserção com que concluis, que "há sempre um lado positivo", não pode ser aceite como princípio. Pois, de facto, esconde uma outra que todos nós percebemos que não devemos aceitar e é atribuida pejorativamente a Maquiavel: "os fins justificam os meios". Heitor Pinto diz a propósito que, embora seja bom fazer caridade, não se pode furtar para depois dar o produto do furto. Não vem a propósito, mas serve de explicação.
Ou seja devemos implementar projectos equilibrados, que respeitem a flora e a fauna locais, que proporcionem boas condições de vida a quem se queira instalar etc. etc.. Por exemplo, os projectos europeus INTERREG foram concebidos para esse efeito e tudo vale a pena em nome dos princípios.

Anónimo disse...

Como refere o anónimo anterior, todos os processos de desenvolvimento devem ser sustentáveis:isto é,viáveis sob o ponto de vista económico,técnico,social e ambiental,e,como nos ensina o ASP também a componente da história sobre(paisagens e acção dos povos),se torna relevante nos tempos actuais.É por isso,que todo esse equilíbrio requer conhecimentos interdisciplinares só conseguidos,muitas vezes ,por amplas e estudiosas equipas de investigação.
No entanto, lembro que no Sobral nos anos 80 havia perto de mil cabeças de gado caprino e era perfeitamente sustentável naquelas condições (rebanhos de 5 a 10 animais/média).
fs

Anónimo disse...

Gado caprino...
Ora aí está uma boa oportunidade de negócio para as nossas gentes.

Com 300 cabras, em 365 dias de trabalho arduo mas saudável para duas pessoas, sem férias feriados e dias santos, seria possivel obter os seguintes proveitos:

- 450cabritos x 5 Kg x 8€ = 18.000€
- 90.000 l leite x 0,60 € = 54.000€
TOTAL = 72.000€

Se descontar-mos :

- Veterinário e prevenção = 2.500€
- Alimentação suplementar = 15.000€
- Seg.Soc. e seg.(2 trab.)= 6.000€
- Vencimentos(2 trab.) = 21.000€
- Outros encargos = 10.000€
TOTAL = 54.500€

Claro que 300 cabeças obrigam a um valente palheiro, a uma mini sala de ordenha e a um tanque de refrigeração para o leite para que a empresa que fizesse a recolha viesse só dia sim dia não. Como me parece que com 25.000 já se faz uma sala de ordenha, acho que vale a pena pensar nisto.

Agora cada um faça as contas à sua maneira, em função do seu maior ou menor conhecimento sobre a matéria.

Boas Cabradas...

virgilio neves disse...

Esses números são muito rendondinhos,para dar tudo certo.DE ONDE VIERAM ESSAS 300 CABRAS? O menino Jesus ofereçeu?
Essas 300 cabras todas se reproduzem ou também há chibas? E parem 1 ou 2 vezes no ano?
Os 90.000 litros de leite são 300litros X 300 dias? Nos outros 60dias elas ficam "secas"? Se é assim vão parir 2 vezes no ano.(5 mêses/gestação).Mas assim 1,5 cabritos por/cabra é pouco. NÃO É MELHOR VENDER QUEIJOS QUE VENDER LEITE? Uma cabra bem tratada e de boa raça pode dar 4 cabritos por ano.Isto se os pastores forem daqueles!!!(bons).
Boas cabradas e boa sorte ao empresários e empreendedores.

Anónimo disse...

E das abelhas, chegamos às cabras e ás contas, sem grandes cálculos. Faltou no cálculo inicial o preço das 300 cabras (30.000), o de uma carripana (20.000) e de uma queijeira (20.000. Procurando na Net há uma exploração com um dimensão um pouco maior perto de Pinhel, segue o anúncio, no Original, as cabras são a sério, podem-nas ver bem tetudas:


"Vende-se caprinos jovens (machos e fêmeas) da raça Murciana - Granadina.
Os animais em venda têm origem em cabras e bodes inscritos no livro geneólogico da ACRIMUR.
Chibas disponíveis para venda -- lote com 6 meses e outro com 3 meses.
A Quinta do Valongo tem um efectivo de 400 animais de boa genética.

Quinta do Valongo
Reigadinha, Pinhel
guarda

Bruno Fiadeiro -- 933999576
Rodrigo Fiadeiro -- 912203304"

Anónimo disse...

Sobre o "Projecto Cabrada" (que me faz lembrar uma peça de Gil Vicente sobre galinhas e ovos) ainda há uma particularidade, muito nossa, que deveria ser ponderada.
Os terrenos estão "de relva" na sua generalidade. Todos o sabemos e basta olhar em volta.
Mas ai daquele que, sem autorização dos donos (e são aos milhares as parcelas e às centenas os respectivos donos)cometesse a ousadia de entrar com a dita "cabrada" por terrenos alheios.
O primeiro embate seria porventura verbal: "então isto aqui agora é baldio ou quê?". Relativamente ao segundo não me espantaria muito que fosse menos verbal e mais físico.
Ora bem. Projectos desse calibre só podem ser levados a cabo envolvendo a população e não, como parece sugerir o projectista da "cabrada", "colocar as cabras à frente dos bois".

famel disse...

Sim porque infelizmente para muitos é preferivel ter os terrenos "de relva" do que dar a outro a possibilidade de engordar as chibas às custas dos "meus terrenos"... e assim se perdem boas oportunidades de ter terrenos limpos, testadas limpas, veredas transitáveis e quem sabe (pois é isso que conheço dos pastores sobralenses) uns quantos queijos frescos e rijos que o pastor iria dar a proprietário do terreno...

Agora voltando às contas 8euros o kg do cabrito sobralense??? Muito barato meus senhores, pelo menos 10 euros é o que se dá!!!
Outro ponto o queijo é bem mais valioso que a venda do leite, valia bem o investimento na queijaria!

Claro que entre abelhas e cabras o trato e acompanhamento é diferente, dái haver muito mais apicultores que pastores.

Anónimo disse...

Creio que estamos a chegar ao tempo em que volta a valer a pena ter cabras, mas agora na justa medida, estimada Famel. Sem capacidade para economia de escala, as regiões como a nossa só sobrevivem apostando em qualidade de produtos a fornecer, com higiene garantidade em todas as fases da produção, com marca própria, a consumidores também de qualidade. Os hotéis da região deviam ter uma tábua de queijos, frascos de mel, ementas de saladas de alfaces várias, de agrião, de compotas, de broa, de fumeiro, de azeitona de conserva, o nosso cabrito, que não é o cabrão que geralmente nos servem como tal, etc. Tudo nosso. A palavra mais forte no sentido de pertença é esta "nosso". O nosso município da Covilhã devia ter um vereador ocupado no incentivo, que fosse moral, a estas pequenas economias que fazem a grande economia.

Anónimo disse...

Como diz o anónimo anterior,é necessário descer à terra e produzir produtos de muita qualidade,seguros e saudáveis.A interligação com os agentes locais _turísticos ou outros _ deve ser acompanhado pelas autarquias ou associações de produtores que defendam os produtores.É por esta via ,do verdadeiro e genuíno artesanato que podemos superar muitas das nossas dificuldades e a economia local agradece.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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