Para mim que tenho apenas 22 anos de idade, o Dia Internacional da Mulher aparentemente não faz sentidos, dá a sensação de discriminação, pois é necessário um dia especifico para a sociedade olhar e elogiar as Mulheres.
No entanto, fazendo uma simples pesquisa no google "origem do dia internacional da mulher" surge uma descrição bastante elucidativa do porquê desta comemoração, que faz alterar esta minha primeira análise:
"O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objectivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade económica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher"."
Assim e como não podia ser de outra forma, ontem realizou-se no Restaurante "Le Français" o Jantar das Mulheres.
À Matilde juntaram-se mais 12 mulheres para comemorar este dia.
Foi um jantar bastante animado, onde os petiscos com toque marroquino tiveram principal destaque.
No final do jantar foi distribuído a todas as mulheres um "Certificado de Presença" bastante originais feitos pela Cláudia Cruz, com desenho original de Jürgen Kemples.
Quero desejar os parabéns a todas as mulheres, pois apesar de actualmente seremos mais que os homens, ainda continuamos a ser discriminadas em muitas sociedades, temos dificuldades no acesso a algumas profissições ditas de topo, continuamos a ter remunerações mais baixas, ainda somos "punidas" pelas entidades patronais quando decidimos ter filhos e trabalhamos a dobrar pois para além da nossa profissão são-nos delegadas as tarefas doméstica.
No entanto, Kathryn Bigelow é um sinal de mudança, para além do seu filme, «Estado de Guerra», ter vencido seis Óscares, incluindo o de Melhor Filme, ela voltou para casa com a estatueta dourada para Melhor Realização, tornando-se na primeira mulher a consegui-lo.