quarta-feira, novembro 30, 2011

Maná???

Andava eu entretida a apanhar azeitonas ali nas Ladeiras quando por momentos desviei o olhar e vi algo a reluzir debaixo da oliveira... fui ver e desenterrei esta garrafa tão gira!!!!

Quem se lembra deste sumo?

14 comentários:

Anónimo disse...

Acerca do MANÁ (nada tem a ver com a Igreja Maná!):
- Há o maná de que fala o Antigo Testamento (como alimento que, caído dos céus);
- Mais recentemente, tivemos (ou melhor, alguns tiveram!) o maná dos fundos comunitários em grande parte desviados do seu objectivo - desenvolver o País;
- A foto regista um Maná mais prosaico: bebida açucarada. E foi colocada no site no preciso dia em que, com a aprovação do Orçamento, os refrigerantes passarão a pagar 23% de IVA!
Traz-me à lembrança uma bebida e respectiva garrafa mais antiga (até ao fim da década de 60): os famosos Pirolitos, garrafa que tinha no interior, perto do gargalo, uma bola de vidro que utilizávamos para jogar ao berlinde.

Anónimo disse...

Afinal, qual é a notícia?
O sumo maná, que de facto não conheço?
A Famel que anda a apanhar azeitonas nas Ladeiras?
As Ladeiras, um monumento rural, elas mesmas?
O Sobral, mais recente em fotografia, até à Portela?
Em todas as perspectivas, para mim, a notícia é a Famel na saga das azeitonas, que já não noticia a primeira vez. Ou gosta muito ou anda contrariada. Se gosta muito de apanhar azeitonas convidá-la-ei a ajudar-me a apanhar as minhas e assim talvez ela descubra o anónimo que eu sou.
Boa apanha e bom azeite.

Serranita disse...

Ficava bem na minha colecção! :)

Anónimo disse...

A (des)propósito de uma garrafa vazia, o Zeca Afonso canta, no disco "Venham mais cinco", canta "Rio largo de profundis", com a letra seguinte:

"A garrafa vazia de Manuel Maria
A garrafa vazia de Manuel Maria
De Manuel Maria, De Manuel Maria
A garrafa vazia de Manuel Maria
A garrafa vazia de Manuel Maria

Rio largo de profundis
Uma neta pra nascer
Amor avenidas novas
Praça de Londres a arder

Não quero martelo e rima
Aqui no Largo da Graça
Quero ficar onde estou
Para salvar a quem passa

João, Francisco, Maria,
Cada qual um nome tem
Quando vos deu os bons dias
Ninguém responde a ninguém

Venha duma outra vontade
Lá eu soubera dizer
Amor avenidas novas
Praça de Londres a arder".

Anónimo disse...

A garrafa vazia pode ser pretexto para redescobrir o conto dos Irmãos Grimm, "O Génio da Garrafa" que proporcionava 3 desejos.
A par das anedotas que a adaptação desse conto propicia, que outros desejos relacionados com o Sobral não seria possível formular?
P. ex: envolvimento e apoio das autoridades públicas na recuperação do traçado tradicional das casas;incentivos à instalação de pequenas actividades que permitissem a permanência das pessoas; recuperação de algumas actividades que permitissem às pessoas, com qualidade de vida, o regresso.

Anónimo disse...

Os anónimos do Sobral soltaram a imaginação. Sem imaginação, depois de ganhá-la, com um bom copo, eu diria que uma garrafa vazia de bom tinto, só é boa quando foi bem saboreada. Aquele Maná cheira-me a sumo brasileiro e de facto é um mistério como foi parar às Ladeiras. Terá caído do céu? Sempre imaginei que o maná que Deus mandou aos israelitas saídos do Egipto fosse mais à base de cereal do que de frutos brasileiros. Não me digam que o Amazonas que o Chico Buarque colocou em Trás-os-Montes já desaguou no Sinai e agora desagua no Sobral.

famel disse...

Aqui o estranho e mesmo a marca, que tanto eu como as restantes pessoas a quem mostrei a garrafa, a desconheceram! Como raio tera ido parar as ladeiras? Quanto as azeitonas, gosto de andar pendurada nas oliveiras a colhe-las e apesar de hoje ter terminado a colheita de 2011, ainda me irei referir a ela mais vezes aqui no blog :)
(Perdoem-me a falta de acentuacao, o teclado no qual estou a escrever e muito manhoso).

VIRGILIO NEVES disse...

Hoje faz exactamente 32 anos que cheguei ao deserto do Negev(vizinho da península do Sinai)e por lá andei 2 anos certinhos.
Vi muita chuva e tempestades de areia,mas nunca descobri o Maná! (geada comestível?)
Susete,agora é que era caso para dizer: "o que é"? ou seja "má nú"? Que foi a pergunta/exclamação dos hebreus ao verem o maná pela 1ª vez.
Também me parece que(pelo formato) essa garrafa não seja brasileira. Nunca as lá vi assim e lá escrevem SUCO em vez de SUMO.
Tenho no entanto um bom palpite:- Pode ter vindo de Moçambique ou de Angola, porque até 1974 não vi garrafas dessas por aí mesmo sendo filho e neto de taberneiros.

virgilio neves disse...

NETO,FILHO,SOBRINHO E PRIMO DE TABERNEIROS/TABARNEIROS.

Anónimo disse...

O que esta certo e que não é nada ecológico deitar fora garrafas, ha quanto tempo é que estava enterrada?

Anónimo disse...

Talvez tenha sido lançada duma viatura que passou na estrada.Não sendo um procedimento cívico correcto e ecológico ,é,infelizmente,uma prática que persiste pelo nosso País.

famel disse...

Pela experiência que tenho de desenterrar coisas antigas, posso dizer-vos que estava lá há bastante tempo e a água turva que tinha dentro dava para criar trincaldos!!!
Fiz uma pesquisa na net e a única coisa que encontrei foi um leilão de garrafas e um desses leilões refere-se às décadas de 60/70... será???

Anónimo disse...

Caro Virgílio
Por este andar chegamos a África, porventura a Moçambique. Eis uma garrafa que atravessou o cabo da Boa Esperança ao contrário! Renascida, agora, em tempo de crise, no pequenote Portugal, posta nas mãos diligentes de uma arqueóloga, deve estar com vontade de voltar a fazer a rota do Cabo em boa direcção.

Anónimo disse...

E já agora lembro a famosa bebida os "pirolitos", com o seu cobiçado berlinde no fundo da garrafa,algo impensável hoje em dia, em que os burocratas de Bruxelas zelam incansavelmente pela saúde das criancinhas.Já lá vão 60 anos!!! Julgo.
A produção era na Fábrica de Refrigerantes de Olímpio G. Novo-
Castelo de Vide 1930(?) - 1975
CASTELO DE VIDE
Arcos dos Paços do Concelho

Dessa garrafas nós não encontramos mais abandonadas.

Xico