Macacos da ditadura
Tu que te pensas rei na
terra onde nasci,
roubando a liberdade ao
nosso povo,
em breve serás o macaco
que antevi,
sendo velho... o antigo
Estado Novo.
O sol já brilha trémulo
no monte
e o chão que tu pisaste
sem razão
começa a escassear no
horizonte
porque roubaste a muitos
a vida e pão.
Lembras-te dos mortos e
subjugados?
Nas masmorras a voz tu
lhes tiraste,
mas todos esses gritos
sufocados
vingar-se-ão de ti que
os miraste.
Maldito para sempre
sejas tu.
Maldito o pão que comes
e te nutre.
Que sejas visto um dia
todo nu
e como pasto lançado ao
abutre.
Laureano Soares
Laureano Soares
Raízes de Ardósia
12 comentários:
Desses tempos da ditadura e de tantos quantos foram presos e desapareceram... 38 anos depois, ainda alguém se recorda?
A vida e o tempo mudaram tanto !!!
Neste dia da LIBERDADE permiti-me perguntar aos conterrâneos que administram a página do Sobral se não seria possível libertar-nos da publicidade enganosa que temos que gramar quando se abre a caixa de comentários (é assim comigo e presumo que seja com os restantes).
Com efeito, não consigo entender por que razão tenho que me confrontar, sem o pretender, com o reclama da "Vidente Maria".
Ainda se fosse um anúncio da antiga "Bruxa da Teixeira" que teve fama nos anos 70 ...!
AAG
Anónimo:
Será que as coisas mudaram assim tanto?
É que, por me parecer oportuno - mais do que nunca - que esses tempos de ditadura sejam lembrados é que escolhi este poema do amigo Laureano...
AAG:
Creio que as páginas publicitárias a que se refere - para não abrirem, devem ser bloqueadas no seu próprio computador.
Muito obrigado. Afinal, o erro deve ser meu.
AAG
O osso amigo Laureano dia em poema o que o bispo do Porto dissera em prosa, poucos anos antes de ele ter ido para o Canadá:
“Não poderei dizer quanto me aflige o já hoje exclusivo privilégio português do mendigo, do pé-descalço, do maltrapilho, do farrapo; nem sequer o nosso triste apanágio das mais altas médias de subalimentados, de crianças enxovalhadas e exangues e de rostos pálidos (da fome e do vício?).” (Igreja Católica. Bispo do Porto, Carta a Salazar, 13 de Julho de 1958).
asp
Caro amigo ASP.
Uma sorte que nâo lhe mexeram as malas à saida de Portugal. Com um poema destes escrito, teria ido de imediato para os calabouços do Tarrafal.
Ditador
Uma quadra para o Ditador, feira mesmo aqui e agora
Para sermos ordeiros, não precisávamos de ti, hipócrita Salazar.
Tu cometeste sacrilégio contra a Nação, a nossa querida pátria.
Deixaste que os abutres devorassem vivos os nossos rebanhos,
E as nossas searas mirraram sob as botas da tua falsa austeridade.
RR
Digo feita aqui e agora
RR.
Como os versos não saíram alinhados repito:
Ordeiros, não precisávamos de ti, hipócrita Salazar.
Profanaste a nação, a nossa querida pátria
Os teus abutres devoraram vivos nossos rebanhos
O nosso pão foi pisado pelas tuas botas falsas
RR
Os que agora seguem as pisadas de Salazar não terão perdão.
Os abutres rasgam o nosso céu nas asas do FMI, do BE e da Comissão Europeia.
Multiplicam os seus capitais em nome de uma falsa ajuda e à custa de juros demasiados. Os Passos não sabe negociá-los e o actual ministro das Finanças, por tão estúpido, nem um poema me inspira.
RR
Nunca lhe podiam ter mexido nas malas:
"Não há machado que corte
a raíz ao pensamento"
Vamos estar atentos a esta vampiragem que alastra no querido Portugal e promovida pela TROYCA e MERCKEL.
O Salasar de outros tempos era um "pobretanas", mas que tolerava a vilanagem.
Hoje os salazares são outros e até demais! Só que enriquecem à descarada e aos olhos de todos nós, mas ninguém os trava e até têm o descaramento de nos irem de cara descoberta aos nossos bolsos.
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