quarta-feira, abril 25, 2012

Abril! Abril!

Macacos da ditadura

Tu que te pensas rei na terra onde nasci,
roubando a liberdade ao nosso povo,
em breve serás o macaco que antevi,
sendo velho... o antigo Estado Novo.

O sol já brilha trémulo no monte
e o chão que tu pisaste sem razão
começa a escassear no horizonte
porque roubaste a muitos a vida e pão.

Lembras-te dos mortos e subjugados?
Nas masmorras a voz tu lhes tiraste, 
mas todos esses gritos sufocados
vingar-se-ão de ti que os miraste.

Maldito para sempre sejas tu.
Maldito o pão que comes e te nutre.
Que sejas visto um dia todo nu
e como pasto lançado ao abutre.


Laureano Soares
Raízes de Ardósia 

12 comentários:

Anónimo disse...

Desses tempos da ditadura e de tantos quantos foram presos e desapareceram... 38 anos depois, ainda alguém se recorda?

A vida e o tempo mudaram tanto !!!

Anónimo disse...

Neste dia da LIBERDADE permiti-me perguntar aos conterrâneos que administram a página do Sobral se não seria possível libertar-nos da publicidade enganosa que temos que gramar quando se abre a caixa de comentários (é assim comigo e presumo que seja com os restantes).
Com efeito, não consigo entender por que razão tenho que me confrontar, sem o pretender, com o reclama da "Vidente Maria".
Ainda se fosse um anúncio da antiga "Bruxa da Teixeira" que teve fama nos anos 70 ...!
AAG

Mariita disse...

Anónimo:
Será que as coisas mudaram assim tanto?
É que, por me parecer oportuno - mais do que nunca - que esses tempos de ditadura sejam lembrados é que escolhi este poema do amigo Laureano...

AAG:
Creio que as páginas publicitárias a que se refere - para não abrirem, devem ser bloqueadas no seu próprio computador.

Anónimo disse...

Muito obrigado. Afinal, o erro deve ser meu.
AAG

Anónimo disse...

O osso amigo Laureano dia em poema o que o bispo do Porto dissera em prosa, poucos anos antes de ele ter ido para o Canadá:
“Não poderei dizer quanto me aflige o já hoje exclusivo privilégio português do mendigo, do pé-descalço, do maltrapilho, do farrapo; nem sequer o nosso triste apanágio das mais altas médias de subalimentados, de crianças enxovalhadas e exangues e de rostos pálidos (da fome e do vício?).” (Igreja Católica. Bispo do Porto, Carta a Salazar, 13 de Julho de 1958).
asp

Anónimo disse...

Caro amigo ASP.

Uma sorte que nâo lhe mexeram as malas à saida de Portugal. Com um poema destes escrito, teria ido de imediato para os calabouços do Tarrafal.

Anónimo disse...

Ditador

Uma quadra para o Ditador, feira mesmo aqui e agora

Para sermos ordeiros, não precisávamos de ti, hipócrita Salazar.
Tu cometeste sacrilégio contra a Nação, a nossa querida pátria.
Deixaste que os abutres devorassem vivos os nossos rebanhos,
E as nossas searas mirraram sob as botas da tua falsa austeridade.
RR

Anónimo disse...

Digo feita aqui e agora
RR.
Como os versos não saíram alinhados repito:

Ordeiros, não precisávamos de ti, hipócrita Salazar.
Profanaste a nação, a nossa querida pátria
Os teus abutres devoraram vivos nossos rebanhos
O nosso pão foi pisado pelas tuas botas falsas
RR

Anónimo disse...

Os que agora seguem as pisadas de Salazar não terão perdão.
Os abutres rasgam o nosso céu nas asas do FMI, do BE e da Comissão Europeia.
Multiplicam os seus capitais em nome de uma falsa ajuda e à custa de juros demasiados. Os Passos não sabe negociá-los e o actual ministro das Finanças, por tão estúpido, nem um poema me inspira.
RR

sobralfilho disse...

Nunca lhe podiam ter mexido nas malas:

"Não há machado que corte
a raíz ao pensamento"

Anónimo disse...

Vamos estar atentos a esta vampiragem que alastra no querido Portugal e promovida pela TROYCA e MERCKEL.

Anónimo disse...

O Salasar de outros tempos era um "pobretanas", mas que tolerava a vilanagem.
Hoje os salazares são outros e até demais! Só que enriquecem à descarada e aos olhos de todos nós, mas ninguém os trava e até têm o descaramento de nos irem de cara descoberta aos nossos bolsos.