quinta-feira, maio 28, 2009

Já agora...

...o que pensam vocês de isto:

TESTAMENTO VITAL

Como devem saber foi hoje aprovado no Parlamento o projecto que estabelece o testamento vital.

A proposta apresentada no Parlamento pelo Partido Socialista defende o reforço dos direitos dos doentes à sua autodeterminação, nomeadamente no que diz respeito a aceitarem ou não as intervenções médicas, sobretudo aquelas que prolonguem desnecessariamente a vida (distanásia).

Um testamento vital é um documento com directrizes antecipadas, que uma pessoa realiza em situação de lucidez mental para que seja levado em conta quando, por causa de uma doença, já não seja possível expressar sua vontade. O que se assegura através de estes documentos é a "morte digna", no que se refere à assistência e ao tratamento médico a que será submetido um paciente, que se encontra em condição física ou mental incurável ou irreversível, e sem expectativas de cura.

Em geral, as instruções de estes testamentos aplicam-se sobre uma condição terminal, sob um estado permanente de inconsciência ou um dano cerebral irreversível que, além da consciência, não possibilite que a pessoa recupere a capacidade para tomar decisões e expressar seus desejos futuros. É aí onde o testamento vital estabelece que o tratamento a ser aplicado se limite às medidas necessárias para manter o conforto, a lucidez e aliviar a dor (incluindo os que podem ocorrer como consequência da suspensão ou interrupção do tratamento).

Ou seja, os Portugueses poderão recusar legalmente, submeter-se a tratamento médicos com vista ao prolongamento da fase terminal de doença ou manobras de reanimação.



13 comentários:

Anónimo disse...

Ou seja eu escrevo um papel durante a minha perfeita saniedade mental, tipo 30 anos, a dizer q em caso de coma n quero ficar ligado as maquinas?! Ou se tiver uma paragem cardiaca n quero ser reanimado? Hum isso cheira-me a eutanásia.
Se esta lei existisse em Itália e a Eluana há 17 anos tivesse escrito este papel, estaria morta há 15 anos porque foi quando entrou em coma.
E a familia que tem sempre esperança iria aceitar isso?
Tema complicado!

Anónimo disse...

Tema muito complicado.
Várias vezes abordado em casa, porque a doença infelizmente, tem sido uma constante, ultimamente.
O meu marido, como estava muito dependente chegou a dizer à equipa médica "basta".
Felizmente superou todas as crises com uma "estoicidade" comentada várias vezes pela equipa média dos HUC.
Foi muito muito dificil para mim, quando cheguei ao Hospital e a equipa médica me disse:- O seu marido quer desistir!...
É-me táo dificil falar... Fico arrepiada.

Maria Ideias

Anónimo disse...

Eu penso q as pessoas têm direito a escolher. M quem nos garante q uma situação aparentemente sem cura n pode milagrosamente mudar?
N será dificil p a familia dps suportar a dor de pensar q até poderia ter corrido bem m a pessoa morreu?
Acho muito complicado debater um tema destes.

M.S.

Anónimo disse...

Obviamente, aqui entramos nos limites dos direitos humanos universais e inalienáveis. Deles, o mais importante é o direito à vida, conquista das sociedades ocidentais. Todavia, alguns estados ainda mantêm a pena de morte e algumas sociedades pouco respeito têm pela vida. No tocante, a este caso, creio que se deixa ao domínio da consciência de cada um o exercício daquele direito inalienável de preservar a própria vida. No entanto, vai ser sempre muito difícil, a execução do acto porque pertencerá a outras consciências, que não podem subjugar-se aos momentos de cada um. Há muito trabalho a fazer. Não basta copiar legislação de outros países, no que toca à população portuguesa em geral e aos profissionais hospitalares muito deve ser feito.

Anónimo disse...

E consideramos estar ligado 15 anos a uma máquina forma de viver? Se essa máquina não existisse a pessoa não vivia de certeza. Logo a pessoa morria na mesma! Portanto é um direito abdicar dessa estranha forma de vida.

Mariita disse...

Não é pacífico, nem nunca será um tema destes. Envolve demasiados: e se...?
Quem passa, ou já passou por situações graves, sabe do que falo.
É difícil continuar, mas não o é menos desistir... Prova disso é o que diz a Maria Ideias.
Mesmo sem documentos redigidos, todos sabemos de vontades expressas dos nossos familiares mais directos e eles as nossas. Resta saber se no momento "crucial" seremos capazes de tomar (ou deixar tomar) a decisão...

Anónimo disse...

En todo o caso hà quem ganhe com esta história .
Não é estranho a morte de tantas gente em idade não avançada ?
Em 10 anos mais de 250 pessoas so no Sobral,uma grande parte todos morreram no Hospital, deve ser para meter alguem a vontade para se livrarem dealguma suposição.

Porqué fazer uma lei destas agora em tempo de crise ?
Porque manter um doente ligado a uma maquina fica muito caro e como o estado vendeu os hospitais aos Fundos de pensão americanos e certos grandes laboratorios farmaceuticos que estes como são privados teem que dar rendimento.
Oje hà doutores sem vocação são doutores so para ganhar dinheiro são vendedores de medicamentos.
Tenho um exenplo meu fui ao hospital com uma frida em infecção o medico estava um metro e meio desviado de mim nem se quer viu a frida pasou a receita e toca a ir a farmacia comprar o anti inflatorio.
( EU DIGO BEM CERTOS MEDICO é CERTO QUE NÃO SÃO TODOS IGUAIS ) . Porque quando fecham certos hospitais que não são rentaveis,foi aqui que comesaram os problemas nos hospitais reducção de medicos e enfermeiras, tudo isto por um rendimento maximo .

Para mim o hospital deve ser útil mesmo a uma so pessoa deve astar oa serviço de toda a população sem descriminação e os laboratorios farmaceuticos deviam pertencer ao domínio publico

A.A.A.

célia disse...

ao ultimo anónimo não é o facto de a crise ou os meios hospitalares que estão em causa neste tema, mas sim a da opinião de cada um acho k nestas situações as pessoas tem o direito de escolher COMO VIVER ou COMO MORRER

JECO disse...

eu com respeito a isto nem sei o que diga,MAS ENQUANTO HA VIDA HA ESPERANCA.
CERTO foi e sera,(nacemos,tentamos nos reproduzir,e vamos morrer um dia.

ate a proxima

famel disse...

Eu como sou muito optimista acredito que devemos sempre acreditar que coisas inesperadas podem acontecer! Portanto enquanto ouver uma pontinha de vida que seja, haverá esperança.
E se a ciência evolui, quem nos garante que as coisas que hoje são dolorosas, no futuro não serão ultrapassadas e melhoradas???
Eu, tenho as minha crenças. No entanto, aceito a ciência não como um desafio a Deus, mas como uma mão direita de Deus!
Se não fosse uma máquina inventada pela Homem, eu hoje não estaria aqui! O Blogue não existiria (pelo menos como o conhecemos) e não estaria a criar uma nova vida dentro de mim! Portanto aceito as dádivas da ciência, mesmo que por vezes sejam muito dolorosas, quer fisica como psicologicamente.

Anónimo disse...

Plenamente de acordo.
O mundo vai ser muito melhor no futuro. Assim o creio e assim o espero.

Maria Ideias

sobralfilho disse...

É sabido que em qualquer circunstância o doente (e família mais próxima) merece saber toda a verdade sobre si e os métodos disponíveis para se obter a cura. De igual modo, quando a cura não for possível deve também ter essa informação. E assim, os doentes e os seus familiares poderão tomar as decisões que julguem adequadas.

Actualmente, há entidades médicas/hospitalares, ao que consta, que não prestam essa informação. Então, se este projecto de lei aprovado obrigar a isso, já é um ponto positivo a favor da Lei. Quanto à eutanásia, tema delicado, o debate deve continuar para se chegar a um consenso não descurando a Fé de cada um ou sua crença na ciência médica.

Eu quando aos 17 anos, bati à porta do gabinete médico e disse Dr. eu quero curar-me. Sou novo e que futuro terei? O que é preciso fazer? Estou aqui Há 4 anos e nem o burro morre nem o pai almoça. O médico, Dr. Carlos Coelho, então director do Sanatório das Penhas da Saúde, perguntou então e o teu médico (Dr. Júlio de Vasconcelos) que diz?.- Pouco mais do que nada. (devo dizê-lo que aproveitando uma ausência prolongada deste, arranjei coragem para falar ao Director). Então, vem cá amanhã que já cá terei o teu processo - dezenas de radiografias e tomografias. No dia seguinte disse-me "tens que ir para a faca" (o termo utilizado por nós - utentes do Sanatório) e depois de ter pedido autorização ao meu pai, pois era menor até aos 21 anos) lá fui todo contente para Lisboa e no D.Carlos (hoje Pulido Valente) em 4 de Outubro de 1962, fui submetido ao corte preciso do bisturi e por lá ficou um pedaço de mim - o pulmão esquerdo.

Conclusão: A verdade foi-me escondida durante 4 anos. Mas, o homem, Dr. Vasconcelos, acreditava na evolução da ciência. Aguardei. Até que um dia tomei uma decisão...

Víboro disse...

Pessoal: Nosso senhor é um castigador..! (espero que me perdoe a blasfémia)..! Pensem comigo: Se o céu é aquela maravilha que se diz,então não deviamos ir para lá depressa e gozar a felicidade eterna? Só que,daí a minha afirmação,se nos matar-mos,dizem os representantes do Altíssimo,já não podemos entrar..! Ora,isto não é justo. Por mim,até tomava o remédio dos ratos para ir mais depressa.Até porque,tenho lá umas "cunhas" boas. Da geração anterior e na antecedente,do nosso bom Sobral, tenho lá cinco primos padres. O meu avô foi sacristão da nossa igreja, 42 anos dos 64 que viveu.Terão que reconhecer que estou bem colocado para ir andando..!
Tem esse problema...para entrar,só com carta de chamada..! Está mal..!
Víboro