domingo, maio 31, 2009

Antes e Depois I

Aproveitando umas fotos que a Mariita nos enviou, faço aqui uma relação Antes/Depois de um recanto Sobralense logo ali no Cabecinho.


PRESENTE
"Este, é um dos meus recantos da meninice... agora renovado e permitindo uma melhor vista sobre o outro lado do Sobral."


PASSADO
"Era assim... a casa da minha avó ainda de pé, a dos primos já tinha sido demolida. Quem se lembra..."



Os comentários são da Mariita

19 comentários:

Fernando Pinto disse...

Lembro-me eu, que fui criado nos dois Cabecinhos: o de Cima e o de Baixo! E joguei aí: ao pião, à "cotcha", aos quatro cantinhos, ao rapa (a fósforos e a jogadores). E assisti aí aos bailes de São João acompanhados a "realejo", quando se fazia, aí, a fogueira, com um pau no meio, ornamentado com o rosmaninho, com o cântaro de barro no cimo, com um gato lá dentro. O rosmainho ardia, o fogo chegava ao topo, o cântaro caía, partia, o gato tentava fugir, mas...nas patas tinha...cascas de nozes! E...a calçada ainda era ao "natural", em frente dessas casas! Só depois foi feita a calçada de seixos.E também aí via passar os carros de bois (como eles chiavam bem!) e aí assisti à chegada da primeira camioneta.

sobralense ausente disse...

Ó famel, O ANTES e o DEPOIS não trocaram de lugar?

famel disse...

Sim lol obrigada...troquei a posição das fotos. Vou já corrigir!

Anónimo disse...

Que lindos recantos.
Já os situei.
Continuas a ser uma menina-mulher (vais ser mãe - e que bela mãe serás)atenta e com vontade de partilhares connosco coisas tão simples - mas que nos preenchem tanto. Nunca é de mais - Obrigado!...

Ontem fui ao Porto almoçar com os meus netos e sendo hoje o dia da criança e, como a criança é o eterno motivo de ternura,

Para o Joãozinho, meu pequenino:
Ru,Ru, meu menino
Beijinhos na cara
Açoutes no cu

Para o Victor
Uma, Duna, Tena, Centena, Batata, Mina, Minão, conta bem que dez serão.

É tão gratificante vermos os netos crescer... Todos os dias dou graças a Deus por me ter dado esse privilégio.

Maria Ideias

moka disse...

Tenho uma história engraçada, passada na casa da avó da Mariita.

Não sei precisar o mês, mas foi em 1978, quando andava na 4.ª classe. Nesse tempo a nossa escola tinha imensas crianças, certo dia, vinha toda a pequenada para casa almoçar, e quando estamos a fazer esta rampa, “julgo que na altura a rua ainda não tinha alcatrão” estava uma senhora vestida de negro, numa janela quadrada junto do telhado, a contar ou a organizar as suas economias, e, de repente acontece aquilo que nem a senhora estaria à espera, e para nosso espanto, todas as notas começaram a voar, escusado será dizer, toda a pequenada se divertiu a apanhar notas do chão. Ainda a garotada se divertia, com o acontecimento, já a senhora estava na rua a reclamar o que lhe pertencia, cada um entregou à senhora o resultado da diversão. Depois da boa acção do dia, lá seguimos nós em direcção ao almoço.

Anónimo disse...

Assim, o Fernando voltou a ser menino, a jogar ao pião e a ouvir a mãe chamar pelo irmão.
Faltam as escaleiras e a vida que passava diante que era então todo o nosso mundo e agora apenas recordação.
E a doce e suave memória teima em transformar-se em azedo vinho como o do ti Zé Abílio.

Anónimo disse...

A casa em ruínas n era a casa da famosa Cólhada?

JECO disse...

Sim,mas por os zangarmos muitas vezes com esse nome,sempre foram pessoas simpaticas com a malta nova.

ate a proxima

virgílio neves disse...

Então e as sessões de cinema que se fizeram ao ar livre lá no largo do Cabecinho? sendo o ecrã uma grande folha de papel de cenário pregada à parede da casa de frente, entre a fonte ( hoje casa do Virgilio) e da casa do pais do Orlando. Quem se lembra? Tinha eu uns 3/4 anos, ali por 1950/60e vi das escadas da Tiá Barbara (essa das ruínas). O largo estava apinhado.NO SOBRAL SERÍAMOS UNS 1.000 HABITANTES?
Desse 1º filme (a cores) não me lembro de qualquer imagem, mas do 2º(e último?) lembro-me de ter visto leões, e muitos pinguins IMPERADOR na Antártida como se vê hoje no NATIONAL GEOGRAFIC CHANEL.Este filme, já foi visto de cima de um barril da resina sempre de pé e muito admirado... e o cenário já era na parede caiada da casa do ti Alfredo João - pai do TÓ E DEOLINDA MACHADO que tinha acabada de ser recontruída recentemente. Seria à borla para as crianças ?e seria coisa do FNAT (Hoje INATEL)? Se calhar faz hoje 50 anos, e seria o dia da CRIANÇA?
Quem se lembra????
o Salazar( muito paternalista) era amigo das criancinhas, só não havia ainda os computadorzitos para nos dar...

Fernando Pinto disse...

Lembro-me bem do filme dos pinguins, na parede da casa do Ti Alfredo João! E a malta, quando via os pinguins mito agarradinhos, a dizer que eles andavam no "gamanço" ( não, não tinha o mesmo significado que hoje lhe damos). No lado direito da "plateia" havia uma enorme figueira que ficava nas traseiras da forja e do torno do Ti Américo. Acho que o filme foi "passado" pelo Zé do Telhado, o da aparelhagem sonora que também levou, se não estou enganado, um aparelho de televisão para uma sessão no Salão Paroquial.
As escaleiras são famosas, nas nossas recordações, por uma anedota que contávamos e que tinha um diálogo entre a Ti Maria e o irmão Manel e que, por respeito daqueles nossos vizinhos, não vou aqui reproduzir.

Mina disse...

Olá bom dia a todos,
Graças a todos os que participam no blog, aqui são recordados momentos que certamente todos adoramos na nossa meninice,como os primeiros filmes, as peças de teatro, os fantoches que também nos animaram. Na altura eu cantava as canções dessas brincadeiras. Ainda recordo um bocadinho de uma delas que vos transcrevo.

Fui ao rio p´ra te ver
À fonte p`ra te achar
Nem na fonte nem no rio
Fui capaz de te encontrar

Se alguém se recordar continue...

virgilio neves disse...

...Não quero que vás ao rio
Nem ao ribeiro lavar
Só quero que vás à monda,
Que vás mondar...

Mariita disse...

Moka:
Se era a minha avó a contar o dinheirito, deve ter dito: seus "bestuntos" dai cá isso que tem dono!

Lindas as recordações do Fernando Pinto e do Virgílio, e eu também lá estava: vi o filme dos pinguins!

Mina:
Esta não deve fazer parte da tua selecção, mas era muito cantada pelas raparigas já espigadotas, lá do Sobral.

... Algum dia p'ra te ver
saltava trinta quintais
agora, p'ra te não ver
saltava trinta ou mais...

E contem mais coisas!

sobralfilho disse...

Lembro-me perfeitamente da casa da tua avó, da casa dos teus primos e das escaleiras de pedra, onde uma vez estive (apesar de morar mais longe) a falar não sei com quem até altas horas da noite.

Da tua avó, lembro-me, pois eu e outros pastores muitas vezes nos juntámos a caminho da Fozgesteira e do Fojo/Penedão/Barrocas do Muro.

Virgílio e Fernandopinto,

O caminho de carro de bois reconstruído para permitir a chegada de carros ao Sobral, foi concluído em 1957, a estrada em 1963, a energia eléctrica chega ao Sobral em 1967, na data indicada como funcionaria a aparelhagem do Zé do Telhado? Com geradores? Não teria sido uns anitos mais tarde?

(Dos filmes não me lembro ou não estaria no Sobral)

VIRGILIO NEVES disse...

ISTO JÁ PARECE O blog DOS MAIORES DE 50 ANOS.
Sobralfilho, o Zé do Telhado em 1965 iluminou a Rua do Vale desde o largo da minha porta até ao cabecinho com a ajuda de um gerador que fazia barulho,como um motor de rega. Isto 2 anos antes da luz ter chegado ao Sobral e para iluminar a procissão nocturna da festa da Senhora de Fátima.
E o ti Brás, nessa data também já tinha luz para a moagem e serração.
DOS PINGUINS não te lembras porque devias estar as servir copos de 3(meio-quartilhos) de vinho lá na Rua do Quelhas-Lisboa,ou terás dormido no Fojo ou Tejosa e faltas-te à sessões de cinema?

FERNANDO PINTO, A FIGUEIRA DO TI REINALDO AINDA LÁ ESTÁ A DAR FIGOS.

sobralfilho disse...

Virgílio Neves,

Pronto, estou "sintonizado". Em 1965 gritei: "Viva os livres" (fui o único - ninguém me ouvia), pois os "Viva os apurados" gritavam mais alto.
- Mas logo a seguir, em Julho ou Agosto, fui para Lisboa, para a Rua do Quelhas, "assentar praça" na taberna do velho Januário - Pé Descalço, sim senhor! Como é que adivinhaste? Olha! joga no Euromilhões!...

Anónimo disse...

As figueiras do ti Reinaldo já lá não estão há alguns anos. Nem as pedras em que nos sentávamos a jogar as cartas e nas ruas já não se pode jogar à bola, nem à bilharda ou à cocha. E se forem ao campo da Bola ficam abismados com tamanhas dimensões, o mato a crescer e as regueiras deixadas pelas chuvadas.

Víboro disse...

Pois é..."não tem quem coma",subentenda-se:não há quem trabalhe...infelizmente,nem quem jogue a bola..! Logo,campo para quê?
É preciso é arranjar Sobralenses. A minha mãe teve oito. Agora é só ver filmes e televisão..!

Víboro

Anónimo disse...

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