Esta primeira foto foi-nos cedida novamente pelo Paulo Gaspar e demonstra bem a quantidade de neve que caiu nos nossos montes. Com fita podemos ver os 70 cm de neve no Parque Eólico domingo, novembro 30, 2008
Que frio
Esta primeira foto foi-nos cedida novamente pelo Paulo Gaspar e demonstra bem a quantidade de neve que caiu nos nossos montes. Com fita podemos ver os 70 cm de neve no Parque Eólico sábado, novembro 29, 2008
Mais fotos da neve
Neve chega ao Sobral
Não é um nevão à moda antiga mas já dá para matar saudades.
sexta-feira, novembro 28, 2008
quarta-feira, novembro 26, 2008
Recordações da minha escola...por mariita
"Um belo dia, lá pelos longínquos anos 60, disseram-me que podia ir para a escola!A minha mãe rejubilou! Era menos uma preocupação porque me sabia presa praticamente todo o dia. Assim, depois das canseiras da sua labuta, já não teria de andar à cata de mim, e a gritar pelos estendedouros - Mariita! Mariita! Onde é que tu andas?
Como era próprio dos dias importantes, vesti o vestido dos domingos, de soquetes e sapatos nos pés, laçarotes nas tranças, e munida do material da época: malinha na mão, com a lousa, caderno caneta de aparo, lápis de carvão, lápis de cor e borracha -os livros viriam mais tarde- lá fui eu, toda concha, pela mão da minha mãe, ao encontro do saber!
Lembro-me que estavam algumas mães, e então crianças… não havia míngua delas! Era uma algazarra que só acalmou com a chegada das senhoras professoras.
Ai o respeitinho! Mas não era só isso… parecia que as professoras eram seres de outro planeta. A minha admiração era total. Pela maneira como vestiam, calçavam, caminhavam, falavam. Os cabelos cortados, o baton, as unhas compridas e pintadas as meias…- que mais tarde soube se chamavam de vidro e, um dia, atrevidamente fui apalpar as pernas de uma professora para sentir como eram - quem na aldeia andava assim?
Do alto dos meus 7 anos, já adivinhava um mundo diferente do que se vivia por trás daquelas serras e as professoras eram a prova de que esse mundo existia!
Bom, mas nesse primeiro dia do resto da minha vida, As palavras trocadas entre as mães e as professoras, não terão sido muitas, mas… todas terão feito o mesmo que a minha, isto é: recomendar que me castigasse bem sempre que fosse preciso! Lá dizia ela…só se perdem as que caem no chão!
As senhoras professoras levaram isso bastante a sério! Não faltaram as reguadas e algumas verdascadas, com a vara de marmeleiro. Não terei levado mais, porque, a certa altura, na hora da chamada ao quadro -sempre por causa das malfadadas contas, defeito meu e de muitos mais- deslizava de mansinho o mais que pudesse pela carteira abaixo e elas não me viam… ou fingiam não ver?!
Porém, aprender a ler foi sublime e fantástico!
O livro de leitura com os seus contos e poesias. A história de Portugal povoada de grandes feitos. Admiração, ao saber no livro de ciências que tínhamos a falange, falanginha e falangeta, o cúbito e o rádio! E, a dificuldade na aritmética, foi compensada na geografia; com a descoberta de um território continental, insular, e ultramarino, os distritos, os concelhos, os rios e seus afluentes, caminhos de ferro, portos e aeroportos… tudo isto, contribuía cada vez mais para eu imaginar o “meu mundo”, dentro de um outro mundo, que um dia iria conhecer, tinha a certeza disso!
Nunca fui grande coisa para fixar nomes, por isso, que me perdoem as senhoras professoras, mas, para além dos castigos que a da 1ª. e 2ª. Classe me infligiu -certamente alguns com razão por eu não aprender como ela queria, recordo que tocava muito bem acordeão e foi mestra a ensinar o hino nacional e o hino da mocidade portuguesa, porque era obrigatório na época!
A da 3ª. Classe, é a que recordo com mais saudade, pela ternura e delicadeza com que falava, pelas cantigas que ensinava (cantei-as aos meus filhos e estou a canta-las ao meu neto) os passeios que organizava pelos campos, onde nos ajudava a descobrir as belezas da natureza em que nem sequer reparávamos. Nunca me bateu, e foi com ela que aprendi a gostar mais um bocadinho de resolver problemas e fazer contas. Sem dúvida uma grande mestra!
Da 4ª. Classe, pouco tempo tive para a apreciar, ou ela a mim… mas não gostei da forma como me passou a tratar, quando descobriu que em breve eu iria embora para Africa. Nunca percebi essa embirração, quando ainda por cima, eu, e a minha amiga Lucinda, quais voluntárias empenhadas, todos os dias lhe ajudávamos a levar o bebé, mais sacos, saquetas e livros. Ela morava no Barreiro, porque na altura, a casa junto à escola que era para as professoras, estava a ser arranjada.
Nunca tendo sido directamente meu professor, porque não tenho ideia, de que naquele tempo desse aulas a raparigas, não esqueço o sr. Professor Daniel, pela autoridade e respeito que emanava e, ao entrar na sala de aula por qualquer motivo, nem uma mosca se ouvia!
Recordo, particularmente um dia, em que a nossa professora não estava, e foi ele que assegurou a aula, a meias com a classe dele de rapazes, no outro lado da escola. E, por incrível que pareça, quando ele se ausentava, ninguém saia do lugar, ou se lembrava de fazer alguma patifaria, e éramos talvez umas 60 alunas, de duas classes diferentes!
Sem ser professora, mas que tinha uma pedagogia acertada, recordo a Jutília, que com paciência infinita, procurava por termo às brincadeiras mais violentas, ajudava a limpar as lágrimas, punha água nos joelhos esfolados e dava o mimo que a circunstância requeria.
Um dia, passou a haver cantina, e então lá íamos todos em fila, para o salão paroquial, comer um bom caldo de couves, só estragado pelo sabor horrível do óleo de fígado de bacalhau que éramos obrigados a engolir.
O recreio, da manhã e da tarde, era sem dúvida o momento mais aguardado, para dar asas ao desejo do corpo de libertar energias. Saltar à corda, correr por tudo e nada, esconder a bola aos rapazes, quando ela saltava para o nosso lado, jogar ao botão, às pedrinhas, ao anel, ao sr. barqueiro, à bilharda, ao prego e sei lá que mais…
Nesses momentos de grande alegria e liberdade, éramos verdadeiros bandos de
pardais à solta!
Com a distância que já lá vai, reconheço a extrema importância desta escola e de todos os profissionais que nela deram o seu melhor, na minha formação como ser humano. Sem eles, não saberia o que sei e não seria o que sou!
Maria Lopes da Silva Ribeiro Miranda
terça-feira, novembro 25, 2008
segunda-feira, novembro 24, 2008
domingo, novembro 23, 2008
Directamente da Suíça
Apesar ser uma manhã de caça, o Herminio preferiu captar estas bonitas fotos e partilhá-las connosco.
Muito obrigada!!! Porque já que por aqui nem neva, nem chove, temos a possibilidade de "matar saudades" desta forma.
sábado, novembro 22, 2008
Quase...quase...
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