É a serra que nos identifica. Somos serranos com todas as qualidades que a Estrela nos dá. A propósito deste diz Miguel Torga:
«Alta, Imensa, Enigmática, A sua presença física é logo uma obsessão. Mas junta-se à perturbante realidade, uma certeza mais viva: a de todas as verdades locais emanarem dela. Há rios na Beira? Descem da Estrela. Há queijo na Beira? Faz-se na Estrela. Há roupa na Beira? Tece-se na Estrela. Há vento na Beira? Sopra-o a Estrela Tudo se cria nela,Tudo mergulha as raízes no seu largo e eterno seio. Há energia eléctrica na Beira ? Gera-se na Estrela. (...) Ela comanda, bafeja, castiga e redime.» Miguel Torga «A Beira» in Portugal...
Não sei por quê mas o blog tem perdido um pouco de acção depois que abandonaram a janela das lamentações não tem havido comunicação parece que não mas a interactividade é importante mesmo se os administradores têm feito bons artigos
Com este frio, na neve, ao longe, e no códão, sincelo, e colunas de gelo que se vêem, não falta a imaginação a todos, com Torga e sem Torga, na lareira ou no aquecedor ao perto. Já no que toca a interactividade, a questão é mais complexa como tem sido notado por alguns.
a Estrela, mulher gigante de cabelos alvos pelos séculos, deitada em leito de tristeza, chora ainda a traição ao seu pastor Viriato e as suas lágrimas pela Lusitânia perdida dão de beber a meio Portugal.
Geme ao vento,chora, Estrela, Mulher imensa, de fartos úberes, Cabelos alvos pelos séculos, Em leito infindo de tristeza, Viriato o teu pastor traído. Tuas lágrimas,perdida a Lusitânia, Dão de beber a meio Portugal.
Subi, de dia, alva, a montanha, espreitai a distância até Espanha e as esferas do céu na noite fria, As estrelas foi Deus quem as fez, Meio planeta diz que são suas Mas esta é nossa, é lusitana.
Mais uns versos, sem rima, nem métrica, e repentistas, de um execrável aprendiz de poeta que tem a Estrela no coração.
Quando a neve se some, Entre a escura penedia, Levantam-se milhões de sóis, Em vestes jovens de narcisos. A Estrela fica perfumada, Vaidosa, embora escalvada, Em meneios de festa primaveril. Velha gaiteira, tu não me enganas!
Depois de ler tudo o que foi já dito sobre Miguel Torga - sinto-me muito satisfeita por sentir que na aldeia, onde um dia nasci, há tantos homens e mulheres que se debruçam sobre alguns assuntos para além da rotina do dia a dia, que não é fácil.
Sim gosto do Miguel Torga e li já algumas coisas sobre ele. Devia ter lido mais, mas disperso-me, de vez em quando, por outros lados.
Há um poema dele que me seduz:
Recomeça... Se puderes, Sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro, Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses De nenhum fruto queiras só metada. E nunca saciado Vai colhendo Ilusões suvessivas no pomar. Sempre a sonhar E vendo Acordado, O logro da aventura, És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde com Lucidez te recomeças.
Neste blog já falei de muita coisa. Das minhas angústias. Da doença que se abateu sobre a minha casa e, também das mimnhas algerias - os netos. Felizmente o Liduíno foi transplantado e, neste momento, está muito bem, com sáude e com aquela vontade de viver e vencer tudo o que lhe aparece à frente.
Olá Maria Ideias, é com sentimentos de muita alegria que leio as tuas notícias,e pelo que te conheço, sabia que algo de preocupante se passava connvosco. Ainda bem que as notícias que aqui nos trazes, são mais animadoras e que certamente trarão alegria a toda a família e a todos os que vos querem muito. Obrigada pela tua mensagem e nos presenteares com as poesias que são sempre tão oportunas e tão bonitas. Que os melhores dias estejam de regresso ao teu ambiente familiar e que a coragem que sempre mostraste ter, e que de alguma maneira nos contagia, perdure futuramente no vosso lar.
19 comentários:
Frio, de "bater o dente" mas as fotos são muito bonitas!
Três fotos convidativas, para passar uns dias na serra.
É a serra que nos identifica.
Somos serranos com todas as qualidades que a Estrela nos dá.
A propósito deste diz Miguel Torga:
«Alta, Imensa, Enigmática,
A sua presença física é logo uma obsessão. Mas junta-se à perturbante realidade, uma certeza mais viva: a de todas as verdades locais emanarem dela.
Há rios na Beira? Descem da Estrela. Há queijo na Beira? Faz-se na Estrela. Há roupa na Beira? Tece-se na Estrela. Há vento na Beira? Sopra-o a Estrela
Tudo se cria nela,Tudo mergulha as raízes no seu largo e eterno seio.
Há energia eléctrica na Beira ? Gera-se na Estrela.
(...)
Ela comanda, bafeja, castiga e redime.»
Miguel Torga «A Beira» in Portugal...
É a Estrela que nos guia, grande Torga.
Não sei por quê mas o blog tem perdido um pouco de acção depois que abandonaram a janela das lamentações não tem havido comunicação parece que não mas a interactividade é importante mesmo se os administradores têm feito bons artigos
Boa coragem a todos
Cordialmente
Com este frio, na neve, ao longe, e no códão, sincelo, e colunas de gelo que se vêem, não falta a imaginação a todos, com Torga e sem Torga, na lareira ou no aquecedor ao perto. Já no que toca a interactividade, a questão é mais complexa como tem sido notado por alguns.
interatividade? ca esta o melhor espirito sobralense, querem td m ng faz nd, mandem-lhes coisas e deixem-s de lamurias
Estímulo à imaginação interactiva:
Vista desta banda,
a Estrela, mulher gigante de cabelos alvos pelos séculos, deitada em leito de tristeza, chora ainda a traição ao seu pastor Viriato e as suas lágrimas
pela Lusitânia perdida
dão de beber a meio Portugal.
Versão em poema breve:
A Estrela e Viriato
Geme ao vento,chora, Estrela,
Mulher imensa, de fartos úberes,
Cabelos alvos pelos séculos,
Em leito infindo de tristeza,
Viriato o teu pastor traído.
Tuas lágrimas,perdida a Lusitânia,
Dão de beber a meio Portugal.
e voz a darlhe com o a torga . se falasem da vossa terra mas nao qualquer coisa la vem a torga. vos deveis é andar torgados .pobres mecs.
Veneno bebeu sicuta
Só assim poderá ser,
Quem quer uma boa luta
Deve aprender a bem ler.
aqui vai uma página com a lista dos hotéis para poderem passar uns dias na serra.
Subi, de dia, alva, a montanha,
espreitai a distância até Espanha
e as esferas do céu na noite fria,
As estrelas foi Deus quem as fez,
Meio planeta diz que são suas
Mas esta é nossa, é lusitana.
Mais uns versos, sem rima, nem métrica, e repentistas,
de um execrável aprendiz de poeta que tem a Estrela no coração.
Quando a neve se some,
Entre a escura penedia,
Levantam-se milhões de sóis,
Em vestes jovens de narcisos.
A Estrela fica perfumada,
Vaidosa, embora escalvada,
Em meneios de festa primaveril.
Velha gaiteira, tu não me enganas!
Depois de ler tudo o que foi já dito sobre Miguel Torga - sinto-me muito satisfeita por sentir que na aldeia, onde um dia nasci, há tantos homens e mulheres que se debruçam sobre alguns assuntos para além da rotina do dia a dia, que não é fácil.
Sim gosto do Miguel Torga e li já algumas coisas sobre ele. Devia ter lido mais, mas disperso-me, de vez em quando, por outros lados.
Há um poema dele que me seduz:
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses
De nenhum fruto queiras só metada.
E nunca saciado
Vai colhendo
Ilusões suvessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura,
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde com Lucidez te recomeças.
Neste blog já falei de muita coisa. Das minhas angústias. Da doença que se abateu sobre a minha casa e, também das mimnhas algerias - os netos.
Felizmente o Liduíno foi transplantado e, neste momento, está muito bem, com sáude e com aquela vontade de viver e vencer tudo o que lhe aparece à frente.
Bem-haja a todos os que me aturam
Beijinhos
Maria Ideias
Maria, grande notícia, pois nada há de melhor que a saúde! Continue por aqui porque nos faz falta! Bj
Olá
Maria Ideias, é com sentimentos de muita alegria que leio as tuas notícias,e pelo que te conheço, sabia que algo de preocupante se passava connvosco. Ainda bem que as notícias que aqui nos trazes, são mais animadoras e que certamente trarão alegria a toda a família e a todos os que vos querem muito. Obrigada pela tua mensagem e nos presenteares com as poesias que são sempre tão oportunas e tão bonitas. Que os melhores dias estejam de regresso ao teu ambiente familiar e que a coragem que sempre mostraste ter, e que de alguma maneira nos contagia, perdure futuramente no vosso lar.
Obriga à Mariita e à Mina.
Parece-me que agora vamos ter um pouco mais de calma. Mas o Liduíno ainda está durante mais três meses em observação semanal.
Maria Ideias
Concerteza, uma grande notìcia!
Sra. Maria e Sr. Liduino.
Infelizmente eu nâo vos conheço depois de tantos anos ausente.
No entanto todos os meus votos para que a recuperaçâo da saude seja completa e que possam viver muitos e muitos outros anos Felizes.
Sinceros cumprimentos.
L.S.
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