terça-feira, janeiro 04, 2011

"Pegadas Gravadas na Pedra, Palavras Gravada no Coração"

Ontem quando estava a ver o meu email deparei-me com um muito interessante que começava:

"Tomei contacto com essa belíssima localidade e sua região, há pouco mais de 2 anos, quando aí estive, durante seis meses, envolvido num projecto de inventariação e levantamento de arte rupestre, tendo contribuído para o melhor conhecimento desse património, com a descoberta de dezenas de lajes gravadas."



Fiquei logo interessada no email e continuei a ler:


"Dessa experiência resultou um contacto inolvidável com elementos da população, que me levou a escrever o meu segundo romance, recentemente publicado, intitulado "Pegadas Gravadas na Pedra, Palavras Gravadas no Coração", o qual tem como pano de fundo a localidade de Sobral de São Miguel e região envolvente."


A partir deste ponto comecei logo a pesquisar no google sobre o livro e verifiquei que está à venda na Fnac e noutras lojas online.


Caso alguém já tenha conhecimento deste livro ou o tenha lido gostava que partilhassem a vossa opinião.

33 comentários:

Mariita disse...

Célia, obrigada pela "dica", logo já vou à livraria comprar.

Serranita disse...

Já hoje vou passar pela fnac!

Serranita disse...

Pegadas Gravadas na Pedra, Palavras Gravadas no Coração

João é visitado no leito do hospital por Francisco, um amigo com quem partilha memórias de infância. Vendo-o quase incapaz de falar e sabendo do seu gosto pela escrita, Francisco convida-o a narrar por escrito a sucessão de acontecimentos que o conduziram ao deplorável estado físico em que se encontra. Aquele aceita o desafio e, a partir daí, cria um relato romanceado que mistura a realidade com a ficção, a verdade com a imaginação, o sexo com a traição, o mistério com a religião.

Acho que não vou comprar para já, mas esta tarde vou dar uma espreitadela e ver se realmente tem Sobral! Se tiver, compro!

Serranita disse...

Não achei! Na fnac, pesquisaram e diseram-me que o livro é muito recente, ainda não foi recebido nas lojas. Na Bertrand, aparece nas lojas de Lisboa. Nas lojas do Porto existe(ou existia áquela hora) só um exemplar numa Bertrand lá "pra cascos de rolha". Vou aguardar!

Anónimo disse...

Quem quiser comprar o livro, pode efectuar a compra on-line na WOOK.
Entrega em 24Horas.

CMSS

Anónimo disse...

Prefiro esperar. Tê-lo na mão, ver o tipo de escrita e se realmente interessa.

Anónimo disse...

Eu fui há Bertrand na Covilhã e não havia só a partir de 20 de Janeiro se pode encomendar o Livro porque as Editoras estão para balanço.
J.S

Anónimo disse...

Aí vai um pequeno excerto do livro:

"A noite estava serena, sem vento, embora fresca e húmida. Uma névoa começava a invadir as ruelas desertas da localidade, esbatendo os contornos das casas e fazendo esvair-se a distância. Os passos desencontrados do grupo ecoavam na calçada, quebrando o silêncio de uma noite, onde um ou outro cão vadio pareciam ser os únicos sinais de vida da povoação.
Em breve chegaram a um local próximo do ribeiro onde, na esquina de uma viela, se via um letreiro, em madeira, assinalando “O Fornilho”. Um assador de castanhas em barro, de onde se escoava uma débil luminosidade pelos buracos, servia de candeeiro sobre a entrada. Pendurados no exterior do edifício viam-se diversos objectos escultóricos; o que restava de uma janela de madeira com belos ornamentos, pendurada na parede, completava o conjunto, se é que se podia chamar conjunto àquela reunião de peças desirmanadas.
Anabela empurrou a porta envidraçada, que se encontrava apenas encostada, e deu passagem aos restantes elementos. Apesar de não estar muito frio, já sabia bem o aconchego daquele pequeno espaço, aquecido por uma salamandra de ferro. Meia dúzia de mesas toscas, onde rodelas irregulares de troncos de árvores serviam de tampos e uns bancos feitos do mesmo material, com pernas de ferro, constituíam o mobiliário do local. Na parede fronteira, uma pintura a fresco mostrava uma visão do belo anfiteatro das casas da povoação; as restantes paredes estavam decoradas com fotografias antigas e anúncios de festas ou outros acontecimentos.
Do lado direito, um pequeno balcão envidraçado, por detrás do qual, na parede, algumas prateleiras apresentavam garrafas de bebidas alinhadas. Sobre a zona do balcão, uma prateleira ostentava uma colecção infindável de tigelas, canecas, púcaros e cantarinhas de barro enegrecidas pelo tempo e pelo fumo. Do lado direito do balcão, uma outra pequena prateleira continha maços de tabaco muito antigos – Provisórios, Definitivos, High-Life, Kart, etc – pintalgados pelas cagadelas das moscas e cheios de pó. A um canto, uma pequena televisão, apoiada num braço metálico, era um sinal de modernidade que destoava do conjunto.
Sentado num banco baixo de lona, todo esticado, inclinado para trás, costas apoiadas no balcão, pés sobre um pequeno banco de madeira, estava o proprietário – o “Ginjas” - um sujeito enigmático, barbudo, com uma guedelha dos anos 60, uma boina preta a cobrir-lhe parcialmente os olhos semi-cerrados, parecendo dormitar. Calçava umas botas serranas que, na posição em que estava, pareciam desmesuradamente grandes para tão pequena figura, vestia umas calças coçadas e uma camisa de flanela aos quadrados azuis e vermelhos; um lenço vermelho em torno do pescoço, com as pontas de lado, completava a indumentária."

Infelizmente a distribuição, no que toca a autores ainda pouco conhecidos é muito deficiente. Sugiro a compra on-line. Em último caso, poderei providenciara eu o envio mediante pagamento por transferência bancária. Contactar com julio-pereira@sapo.pt
Obrigado pelo vosso interesse

O Autor

Anónimo disse...

No Letreiro de Madeira diz O Ferrolho.

A alteração foi propositada ou terá sido esquecimento :)?

Anónimo disse...

Bem observado, mas o livro mistura a realidade com a ficção, a verdade com a imaginação, pelo que há coisas que são descritas tal qual elas são e outras que ganham novos nomes, novas formas, novas cores; o mesmo se passa com os personagens.

Anónimo disse...

Os passos que ecoavam na calçada, as bebidas alinhadas, as cagadelas das moscas e o sujeito enigmático, parece,confirmarem um formidável talento pós-moderno ou pós-western.

Mariita disse...

Ficção e realidade, com acontece sempre nos romances e, por vezes, alguns personagens (se acaso se reconhecem)não acham graça à maneira como são retratados... e é provável que isso também venha acontecer neste. De qualquer modo, com uma história "engendrada" no Sobral, é ainda mais interessante... estou a ler e a gostar.
Exemplar único encontrado na Livraria Latina no Porto.

Anónimo disse...

Eu não conheço bem a referência do Fornilho ou seja do Ferrolho e pouco posso dizer do talento do autor pelo pequeno extracto. Por este,o talento do autor deixaria muito a desejar. A palavra fornilho não existe no vocabulário sobralense, ficaria melhor a Loja da Moina, as cagadelas das moscas eram mais comuns nas tabernas antigas e podiam ser ditas de outra maneira, falta investigação e elaboração textual para atingir níveis simbólicos. Fico à espera para poder dizer mais.

célia disse...

que comentário tão infeliz

Mariita disse...

Fica à espera de quê? A solução meu caro é comprar o livro... que pode solicitar ao autor, cujo endereço ele aqui disponibiliza.

Anónimo disse...

Uma bicada de Falcão Peregrino provoca sempre alguma dor. Assim que puder, lerei mais e debicarei outro tanto, que não sei fazer outra coisa. Como fico feliz por assim fazer, lamento que alguém possa ficar infeliz. Emquanto não voltam a fechar o Blogue aos anónimos por força destas bicadas, para aquele texto e deleite do seu autor, proponho o título: Cagadela de Mosca

Serranita disse...

Isso é que foi pontaria, mariita!Andei pela bertrand e fnac de santa catarina e a latina ali tão perto, não me lembrei!

Anónimo disse...

Para que não haja ninguém mais papista do que o Papa, cito: A Chiado Editora é uma casa de edição independente, especializada na edição de autores de língua portuguesa, que em pouco mais de dois anos se tornou numa editora de referência em Portugal. Adoramos livros, os editados por nós, e muitos editados por outros. Vivemos nas nuvens, mas descemos à terra, de vez em quando, e editamos obras-primas. E também alguns disparates.
Para informações, sugestões, críticas, insultos ou declarações de amor: blogue@chiadoeditora.com

Anónimo disse...

Ao talentoso autor, mais uma bicada, tão telúrica como a sua de tentar lembrar o Miguel Torga, de Boa Memória, no título que nos deixa. Chamar ribeiro à ribeira do Sobral não lembra a ninguém e bem podia tê-la utilizado para um excurso literário trazendo à colação os mil amores a que ela já assistiu. A ribeira do Sobral é a razão de vida da aldeia a sua fonte e energia vital. Agora, trazer para o amor, se é de amor que trata a sua novela, as cagadelas das moscas e o sujeito enigmático que não tem enigma nenhum, em estabelecimento relativamente recente no Sobral é preciso ser artista? Viu a nuvem e escondeu Juno. Se desejar mais crítica, mande mais uns textozitos que estou mal de finanças.

Anónimo disse...

Este diz que é Falcão mas parece mais uma mosca varejeira - está sempre de volta das cagadelas. Há gostos para tudo.

Anónimo disse...

Gosto de horizontes largos
e para ti deixo a imagem que descreves, anónimo de palavras parcas e pouco asseadas.
De uma coisa, podes estar certo, não deixo que amesquinhem e façam do Sobral uma espelunca, como me parecia acima pelo dito aspirante a romancista, nem ao Eça e ao Aquilino o permitiria, daí a insistência e as bicadas. Nem eles o fariam que aram inteligentes. Não basta que alguém fale, diga ou escreva sobre o Sobral para eu bater palmas. Para isso é necessário que saiba o que diz e o que escreve resulte de sabedoria e não de uma mera pantominice. Não julgues que me ofendes, embora não tenha tanta autoestima como o Ronaldo e o Mourinho, não é um qualquer que ofende um falcão peregrino, mesmo dos mais pequeninos. Bato asas e vou ler o poema acima!

Anónimo disse...

Pegadas gravadas na pedra palavras gravadas no coração, é um romance que conjuga a ficção com a realidade. As personagens baseadas em pessoas de carne e osso são pintadas com pinceladas de fantasia, enriquecidas com características peculiares e verdadeiras dessas pessoas reais que inspiraram a ficção.
O Sobral de São Miguel surge no correr da pena, retratado pelo olhar observador e cauteloso, de quem esteve no local, bebendo e comungando durante meses, da história, paisagem e gentes da aldeia. Que é descrita como uma pitoresca terra, refrescante e calma com gente acolhedora e misteriosa. A sua ribeira e as suas casas ricas em xisto são consideradas pelo autor o seu grande chamariz. O enredo aproveita o que há de melhor no Sobral e baseia a sua história, no seu património: nas suas gravuras, arquitectura e ainda, nas suas personagens típicas, que no quotidiano deambulam e enriquecem as ruas da aldeia, tornando-as facilmente identificáveis ao leitor que conheça a vida sobralense.
O autor dá a esta obra, grande intimidade e profundidade revelada na descrição de uma amizade de longa data, que por infortúnio do destino é separada pela morte. Apimenta a história e ludibria o leitor com envolvimentos e traições, que apenas levam à vitória e fortalecimento do amor.
É um excelente livro, que nos fala de vidas cruzadas, paisagens com vida, embelezadas pelas gentes que as povoam e que aliciam o leitor a conhece-las embrenhando-se nelas intensamente.

Uma opinião no meio de muitas.
Lourenço

Anónimo disse...

O amor, com ou sem sexo,é sempre um grande tema, o ambiente do Sobral, com ribeira e mesmo sem ferrolho, extraordinário, a opinião anterior, muito favorável, lerei assim que puder o dito romance para mais dizer.

Anónimo disse...

Caro Lourenço,
Sem lugares comuns, ilustra um pouco o que nos dizes: as personagens, os enredos, as alusões aos espaços interiores e exteriores, os imaginários. No texto acima, que o autor nos cedeu, curiosamente, é uma mulher que abre a porta do Ferrolho. Quem é aquela Anabel? Decerto, não há marialvas no grupo que abram as portas às meninas ou mulheres. Elas comandam?

Anónimo disse...

O mais talentoso literato do Blogue, o Virgílio Neves, tarda em aparecer. Caro Virgílio, tu que até sobre o gato Camões consegues escrever as histórias de maior mistério, não podes ficar à porta do Ferrolho.

Anónimo disse...

Então, Mariita, já acabaste de ler as Pegadas? Diz-nos se valeu a pena. Se há substância no que leste, se o enredo colhe e as descrições valem. Se os homens e as mulheres que se encontram amam ou odeiam fazem sentido. Se há mais do que a superfície e o jogo da escrita e se o autor atinge a originalidade.

Mariita disse...

Para que quer o Exmo. Anónimo saber das minhas interpretações?
Acaso está a faltar-lhe matéria para dissertar?
Não tenho tempo, idade, paciência ou espírito para alimentar polémicas que não entendo.
Se for caso disso, eu empresto-lhe o livro para tirar as suas conclusões e “arrenegar-se” com o autor, que deve estar raladíssimo a pensar nessa hipótese…

Anónimo disse...

Para não me arrenegar com ninguém, nem ninguém se arrenegar comigo, em três palavras, para evitar arrenegas, arrenego-me eu a mim e de mim faço um anónimo qualquer, que podem tratar assim, mas jamais um mal educado, grosseirão. Porque me pareceu ficar sentida, peço todas as desculpas do mundo pelo atrevimento de tratá-la por tu, Dona, não sei se Sr.ª Dr.ª, Mariita. De facto, entusiasmo-me com o talento, daí o dislate. Se o houver nas Pegadas, mais cedo ou mais tarde, as lerei e então como diz formarei a minha opinião à minha custa.
Anónimo Qualquer

Anónimo disse...

É político. Só pode ser político. Para ele, os outros são isto e aquilo. Mal educados. Grosseirões. Porventura ignorantes. Indigentes até. Ele não. É um cavalheiro. Pertence às elites. Usa palavras caras. Tem tiques de autoritarismo. Fala do texto e do contexto. Recita de cor Camões, Eça, Aquilino, Torga e Lobo Antunes. Já agora também não desdenha Mia Couto. Dá um ar de modernidade e de universalidade. Está acima de tudo e de todos. E quando lhes admite o Dr. é, claramente a gozar, a diminuir, a aviltar. Não se mistura com o poviléu roto e mal cheiroso. Vomita-o do alto da sua imponente importância. Não sei se será um Falcão Peregrino, um Melro de bico amarelo ou um Cuco. Grande passarão é certamente e na bigorna bate assim. E sempre, sempre, um valentemente cobarde anónimo! Qualquer ou nenhum. Para o caso tanto faz! Bique e debique. Mas seja um homenzinho: apresente-se! É tempo de concluir esta farsa de menorizar os outros sob a capa de cobarde anonimato. Razões válidas para se esconder sob a capa de «romeiro» e responder «ninguém» quando lhe perguntam quem é só as tem D. João de Portugal em Frei Luís de Sousa. Plagiar esse anominato é abuso, Senho Anónimo, seja lá quem o Senhor for.
Manuel Faustino

Anónimo disse...

Sem os adjectivos, que para ti deixo, não te faço esperar mais, Guarda-do-Graal.
Como Falcão Peregrino, não descerei mais a este Blogue, que, de facto, não é ninho meu,
para não ser chamado Cuco.
Este, porém, mais do que tu, decerto, tenho ouvido cantar
nos montes e povoado do Sobral,
onde jamais te conheci.

Anónimo disse...

Boa nova me dás, pomposo Falcão Peregrino (só denominação vale um Hino!)! Vai com Deus, ave de arribação, guardador não sei de quê. Que, em rigor, nada nos garante que não voltes a ninho alheio. Acredito... Quanto à tua falta de conhecimento, ela sempre foi notória, encapotada em alta prosápia. Nasci no Sobral de S. Miguel, então de Casegas, em 23 de Maio de 1953. Filho do povo, desse que abominas e vomitas do alto da importância que só tu a ti próprio te atribuis. Mais ninguém aqui ta reconhece. Por isso, requiescat in pace que ninguém vai ter saudades tuas, nem, ao contrário do que pensas (mas não dizes) o blogue fica mais probre com a tua ausência. E se regressares com as tuas bicadas de «ente superior», ter-me-ás sempre à perna, nomeadamente quando pretenderes atingir quem me é querido e em cujas veias corre sangue igual ao meu! Finalmente, quanto ao cantar do cuco, ouvi-o em várias partes do território nacional. Porém, foi nas Barrocas de Muro que iniciei na audição de tal canto! Não me digas, portanto, que nunca ouvi o Cuco no Sobral. A minha grande infelicidade foi agora não ouvir um Cuco a cantar mas um Cuco convencido de que sabe escrever! Arriverdeci! Que vás em boa hora e nenhum tornado te traga de volta.
Manuel Faustino

Anónimo disse...

Grande espada enferrujada tem o Guarda-do-Graal, que inventou para espadeirar um anónimo perverso, um vampiro, um inimigo puro do seu sangue! O tamanho do invento merece o Guinness!
Ficamos a saber que o Guarda-do-Graal nasceu no Sobral de S. Miguel, outrora de Casegas, e foi iniciado no canto do cuco nas “Barrocas de Muro”, que este anónimo perverso, que ele inventou, e Falcão Peregrino, que deixou de ser, sempre conheceu como Barrocas do Muro, por lá passar muitas vezes. Mas não há que ter confiança na informação, na dele ou na deste anónimo e até nos registos há enganos. Fica o alerta para o romancista que, decerto, jamais imaginaria dar origem a esta diatribe: o espaço do Sobral tem imensos topónimos que servem para título de contos, novelas, romances e peças de teatro. Pelo exemplo, também não é difícil encontrar figuras para o enredo. Embora as gentes do Sobral sejam pacíficas, há algumas veementes, como este anónimo e, mais ainda, o Guarda-do-Graal de espada enferrujada, inventor, fazedor e picador de inimigos!
O Guarda-do-Graal conhece o Sobral de fugida, mas se algum dia aqui vier, com o seu instinto notório de morder pernas sem motivo, facilmete encontrará o dito anónimo de botas ferradas e pode afiar o dente à vontade que não o atinge.
Quanto a importância, o dito anónimo, Falcão Peregrino, que deixou de ser, sempre soube que não a tem, nem a Deus pede mais talentos do que aqueles que Ele lhe quis dar. Por isso, aqui, vem anónimo de peito feito, sem medo de qualquer "tornado" que alguém invente, que o atinja, mova ou comova e se assina.
Ninguém

Mariita disse...

Meu irmão, sei o bem que me queres, o quanto me defendes e por isso me orgulho de ser tua irmã, mas não respondas a mais provocações. Este senhor, seja lá ele quem for, sabe de certeza quem tu és e que eu sou, mais explicações só servem o jogo de manipulação que ele quer para divertimento, a coberto do anonimato que tão bem lhe assenta...
Portanto, a melhor resposta é ignorar que existe.
Alimentar polémicas só serve o interesse dele e, não é isso que desejo com a minha participação no blogue.
...

Ontem foi o dia Mundial da Liberdade. Para todos os que amam a verdadeira liberdade, e indo de encontro a duas postanges mais recentes, feitas pelo Virgílio recordo:

Liberdade
— Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.

— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.

Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.

Miguel Torga, in 'Diário XII'