Reflectindo o Sobral

Iniciamos hoje no Blog a apresentação das Jornadas Culturais seguindo a ordem do programa. Começamos então pelas palestras, que se realizaram na tarde de Sábado, 26 de Maio, na futura sala de conferências (em fase de acabamentos) do Centro de Dia.

Após a abertura da sessão, com uma breve actuação da Estatuna de Abrantes (com o neto do ti Custódio, Miguel Geraldes), deu-se início à apresentação dos temas.

O primeiro orador, membro da equipa de protecção florestal da GNR, falou-nos acerca de prevenção de incêndios e protecção de pessoas e bens, nomeadamente da aplicação do Decreto – lei 124/06, que estabelece as medidas e acções a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios.

A abordagem do tema limpeza de matas e pinhais levantou uma certa discussão entre a assistência e deixou no ar várias questões : face à obrigatoriedade da limpeza dos pinhais pelos proprietários, quem o vai fazer? O idoso? Os filhos que estão fora? Quem suporta os custos? Onde colocar a matéria combustível e quem a recolhe? E se eu limpar mas o vizinho não?

Levantaram-se também questões acerca da demora nas respostas aos pedidos de autorização para efectuar queimadas, entre outras, donde se concluiu que apesar da crescente sensibilização da população e esforço das instituições, estas não estão ainda aptas a responder a algumas questões, por a lei ser pouco flexível e não estar adaptada a cada caso/região.

Seguiu-se o Dr. Carlos Banha, representante do IPA, com uma interessante comunicação sobre “Património Arqueológico e Turismo em Meio Rural”, com destaque para a apresentação do tipo de património arqueológico do complexo Serra da Estrela/ Serra do Açor e concretamente dentro do limites geográficos do Sobral, o seu valor turístico-cultural e a importância da sua preservação.

A terceira apresentação da tarde, feita pela Dra Margarida Vaz (UBI) teve como tema “Turismo em espaço rural”. Mais uma interessante comunicação (foram todas, na minha opinião), onde nos foram apresentadas as várias fases dum processo de desenvolvimento turístico e os seus pontos positivos e negativos numa comunidade.

O quarto tema da tarde, “Xisto e património edificado” foi-nos trazido pelo Arq. Pedro Rodrigues (seixo rodrigues arquitectos), que apresentando casos, alertou para o que de bom e de mau se tem feito no património arquitectónico das nossas aldeias. Alertou também para a necessidade de se apostar no saber-fazer e especialização da mão de obra para as técnicas tradicionais de construção e no uso dos materiais autóctones da região, como uma mais-valia para a manutenção da identidade e essência da aldeia.

Por fim, o Dr. Pedro Farromba (Business Angels) fez uma síntese da tarde de palestras, dando ênfase aos pontos mais importantes, dando a sua opinião de visitante do que seria bom ou não explorar no Sobral, quais as melhores oportunidades e como o Business Angels pode ajudar no apoio a novas ideias.