terça-feira, fevereiro 14, 2012

Para o Dia dos Namorados: Sopro do Coração


Que todos os corações continuem a palpitar num turbilhão de emoções, independentemente da idade!

9 comentários:

Anónimo disse...

A propósito do Coração,diz Frei Heitor Pinto no seu diálogo das Causas em 1572: "porque o amor procede do coração, por isso tira o marido o anel do dedo do coração, e o põe à mulher no mesmo dedo. O dedo do coração é o que está entre o maior e o menor da mão esquerda, e chama-se assim porque está nele uma veia que vem do coração, e por esta razão se traz nele o anel donde veio chamar-se dedo anular".

A pontuação e a cadência da escrita de Frei Heitor Pinto foi imitada pelo José Saramago na minha humilde opinião que gosto de ler um e outro por escreverem mais com preocupações de pensamento do que com as regras da Gramática.
asp

Anónimo disse...

Sopro e dedo do coração não deixa de ser tudo muito belo quando se trata o tema do amor.

Anónimo disse...

Com um pouco de atraso...

Mas, como se diz também: "vale mais tarde que nunca".

Para o dia dos namorados e do amor, uma traduçâo da minha poesia "Le temps"

O TEMPO

No remoinho do tempo
vêjo fugir a vida,
como a àgua escorrendo
entre o meus dedos,
é-me impossivel retê-la,
e cada dia me sinto, morrer
um pouco mais, longe de ti.

Ah! Se eu pudesse
eu parava o tempo
para viver contigo
numa eterna osmose.

Oferecer-te-ia entâo
um lindo leito de amor
em pétalas de flores
com o perfume do jasmim
ou o das mais belas rosas.

Mas o tempo... me foge sempre
que ouso apenas
balbuciar duas palavras
e, nesta curta pausa,
neste pequeno instante.
Dizer-te: Eu amo-te... meu amor!

L.S.

Anónimo disse...

Esté é um poema com um ritmo excelente, imagens do paraíso, a água e as flores, o amor em palavras doces.
Faz-nos bem ler versos eternos no nosso tempo breve. Os autores deste blogue, decerto, estão a fazer aquela colecção sugerida há tempos.
Obrigado, Laureano.
asp

Anónimo disse...

Sobre o paraíso, um poema inédito, que deixa de o ser por agora sair aqui em pseudónimo:

O Paraíso

É uma fonte de água fresca em verde prado,
Uma árvore com frutos, no meio do jardim,
Uma mulher prendada, que me ama sem fim.
É ouro e jaspe, topázio, safira e esmeralda.

É um campo de flores, terra fecunda, abundante,
Paz, amor e justiça, saúde e eterna juventude.
É a inocência de um homem sempre criança,
Mel, mar com peixe, céu com aves em bando.

É uma sinfonia que nos enche a alma de glória
Uma cantiga que nos inebria inteira o coração.
Um rouxinol que canta desde as horas da aurora,
A melodia de um pastor que vence a solidão.

É harmonia, criação permanente, sem monotonia,
Tranquilidade, festa sem excesso a não ser alegria,
Um gozo interior, inefável, inexplicável de tão feliz,
De tudo termos, com todos estarmos de mãos dadas.

É vida para sempre santa, sem mácula de pecado,
Dia de Natal, Jesus, José e Maria, sem calvário,
Memória de coisas boas sem qualquer excepção
E a mais leve lembrança do inferno e do diabo.

É o regresso ao paraíso terreal, porque não pequei,
É não ficar aqui fechado, preso sob a cúpula dos céus,
É libertar-me da carreira, da ganância e do dinheiro
E beber nas fontes da vida que me levem ao Criador.

Ramos Rumo

Anónimo disse...

Por onde andam os poetas do Sobral e não só? Não deve haver ninguém que não tenha feito uns versos de amor, mais ou menos platónico, mais ou menos carnal. Deixem-nos aqui, nem que seja sob pseudónimo, heterónimo etc. Um povo é feito por poetas.
Renato Pessoa

Mariita disse...

Na verdade, o Sobral tem gente que "dá cartas" e isso é um orgulho!
Muito bonitos os poemas do Sr. Laureano e de Ramos Rumo.
Naturalmente que teremos o gosto de os ler mais vezes, bem como a outros que se queiram revelar.
Esperamos!

Anónimo disse...

Obrigado, Mariita.
RR

Anónimo disse...

Alterei o 3º verso do poema o Paraíso para:
"Uma mulher prendada, que eu amo sem fim"
RR