Hoje, em que passam 25 anos sobre a morte de Zeca Afonso é incontornável não lembrar ou falar, da sua vida e obra.
Com uma discografia vasta, bonita e tão actual, como a deste poeta cantor, torna-se difícil escolher a melhor canção.
"Só ouve o brado da terra", é talvez das menos ouvidas, mas para mim tem uma carga simbólica tão forte, que encaixa na perfeição nos tempos que se vivem.
A muitos sobralenses foi dado conhecer os poemas e a sua música - proibida - e dela fizeram também "bandeira", como forma de resistir a uma vida dura e cheia de obscurantismo.
Pois vamos resistir de novo e que viva o Zeca!
4 comentários:
Foi o Zeca Afonso que divulgou uma música (creio que recolhida no Paúl por Michel Giacometi) intitulada "Milho Verde":
Milho verde, milho verde
Milho verde maçaroca
À sombra do milho verde
Namorei uma cachopa
Milho verde milho verde
Milho verde miudinho
À sombra do milho verde
Namorei um rapazinho
Milho verde milho verde
Milho verde folha larga
À sombra do milho verde
Namorei uma casada.
AAG
O Zeca Afonso deixou-nos as mais belas sonoridades das nossas gentes ligadas à tradição e canto popular: as romarias e os trabalhos do campo foram uma fonte inesgotável.
Vai-nos na alma...e o Zeca é eterno na sua humanidade artística porque ele é único.
Quando frequentei a Faculdade de Letras, conheci aí pessoalmente o Zeca Afonso, ele já debilitado pela doença,que desde novo lhe dificultou e muito a carreira profissional e artística. Mesmo os que não têm talento para a música, mas que dela gostam, como eu, de vez em quanto damos por nós a cantar uma melodia do Zeca.
Aqui, fica o meu tributo depois de o ter lembrado na primeira tarde sobre o Património, na última quinta-feira, em que se comemoraram os 25 anos do falecimento de Zeca e nós lançamos as "Representações da Portugalidade", no Museu de Lanifícios da nossa UBI.
asp
Recordo aqui O Zeca Afonso, atravez da balada do Outono que eu tanto gosto de ouvir." Entre outras"
Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P´ras bandas do mar
Aguas da fonte calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Aguas da fonte calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar!!!!
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