sexta-feira, agosto 18, 2006

Um verdadeiro must...Touché!

Para os sobralenses, visitantes, leitores e todos os que contribuem para no nosso blog, aqui está uma excelente opinião e um ou outro conselho no mínimo brilhante...ora leiam
Desde já um grande abraço e bem haja de todos nós à responável por este post, Maria Miranda.
"Desde a sua “fundação” que o Sobral tem gente a que não falta inspiração, arte e engenho para se meter em aventuras que nunca se sabe em que mares irão desembarcar.
Por isso, não foi surpresa constatar que essa “garra” se mantém!

Só esta semana e por mero acaso, descobri o Blog – da Região demarcada do Queijo Corno – brilhante título!
Ora aqui está talvez a primeira coisa pela qual vós jovens, que não desejais a “morte” do Sobral tereis de lutar! A Defesa da Região do queijo corno e de outras coisas muito boas que o Sobral tem!

As discussões em torno da reconstrução do Sobral estão óptimas! Afinal é da discussão que nasce a luz! Mas seja qual for o motivo da discussão, será bom não deixar “descambar” a linguagem, manter o nível das coisas é benéfico para todos. Por isso Famel, vê se estás atenta, Ok?

Em discussões não vou entrar … apenas desejo que o Sobral continue a ser reconstruído, o melhor possível, o que pressupõe o amor e apego das gentes sobralenses à sua terra.
Também neste campo, cabe a vós jovens mais um papel, o de sensibilizar as pessoas a reconstruir e preservar o que de melhor há. E não é preciso radicalismos… haja apenas bom senso!

Por falar em preservar… desde já vos proponho um pequeno exercício de sensibilização a por em prática com os vossos familiares, para que não “encharquem” o cemitério com uma profusão infinda de flores de plástico!
Vocês sabem - mas muitos deles não - que o plástico é um dos materiais mais poluentes e com menor taxa de degradação no meio natural, persistindo este material no solo durante centenas de anos!!! A reciclagem vem dar uma ajuda preciosa a este grave problema, mas quanto deste material chega ao destino certo?

Além de mais, o Sobral é uma terra de lindas e variadas flores, tanto cultivadas como as que de forma natural despontam na serra envolvente e podemos comprovar isto praticamente em todas as estações do ano! Então para quê o plástico?

Por isso, nada melhor que evitar… prevenir… e garantir assim o vosso futuro. Sensibilizai, se não resultar…Protestai! Protestai! Protestai! E, quem sabe, no próximo Novembro não esteja na porta do cemitério um outro “cemitério” da vossa qualidade de vida.

Ainda no “reino das flores” quem sabe, não podereis propor ao sr. Presidente da Junta a ideia de fazer do Sobral a aldeia mais florida do concelho ou quiçá do distrito…

Já me alonguei demais e por isso peço desculpa. Porém, não quero terminar sem desejar que o Blog continue assim, cheio de vivacidade e recheado de mais “descobertas”!

Aqui vos deixo uma… que “canta” o Sobral de uma época, mas que ainda hoje nela nos podemos rever.
Por ser muito longa fica apenas um excerto, de alguém que nunca esqueceu as suas origens e muito amou o Sobral.

Com amizade
M Miranda


CANTO X

I
Sobral de São Miguel, berço dourado,
Nenhuma igual a ti, ó meu amor,
Terra de meus pais, canteiro amado,
Repleto de mil bênçãos do Senhor;
De muitos naturais foste cantado,
Em cítaras e harpas de louvor.
Rezas, humilde, prostrado, ao fundo,
Como que a lembrar o final do mundo.

II
Teus filhos comem, na dureza, o pão,
Amassado no esforço e no suor:
No Fundo do Lugar, no Caratão,
Por todos os lugares, ao derredor,
Soará sempre em nosso coração
E no fundo da alma com mui fervor:
Sobral acolhedor, hospitaleiro,
Não há igual a ti no mundo inteiro.

III
Cercado de oliveiras e pinhais,
Espelha-se na ribeira ternamente;
Nas encostas abundam os currais
Onde o gado adormece docemente;
Uivam, à roda, lobos e chacais.
de guarda repelem ferozmente.
Pode dormir tranquilo o seu pastor
Da noite o sono, da manhã o alvor.


XIX
Do Cabeço da Nave à Foz-giesteira,
Do Carvalho, do Pereiro ao Porcim,
Vai gastando este povo a vida inteira,
Sorvendo o rosmaninho, o alecrim;
Nas encostas da serra é canseira
De amanhar a terra dura, por fim,
Comer centeio com o suor do rosto,
Na alma a cantar aleluias por gosto.

XX
Povo imortal dos teus e meus avós,
Eu te saúdo, canto e venero.
Vives distante, abandonado, a sós;
Mas ver-te alevantado ainda espero
Após tremenda luta, guerra atroz,
Num grito enorme, final desespero:
«Não deixem morrer meu Sobral, querido,
Assim «por eles», meu grito seja ouvido!

(Pe. António Pinto da Silva -do Livro- Cantando os Hermínios)

13 comentários:

Anónimo disse...

Espectáculo, até arrepia!
Achei tb interessante falar-se nas flores de plástico, que eu não gosto de maneira nenhuma, e que já achava ser embirração minha. Ainda não há mts dias retirei e meti no lixo umas poucas (das que me é permitido mexer), mas sempre com olhares de reprovação por perto.Acho que é mto difícil o seu abandono,mesmo com argumentos ecológicos. Vai-se tentando!;-)

Anónimo disse...

Só tenho uma palavra a dizer ... PARABENS ...

Anónimo disse...

Manifesto-me também contra:
- As flores de plástico, não há razão para a sua existência.
Válido também para os utensílios de cozinha de plástico tipo Tupperware e seus afins (o meu cunhado Zef até lhes chama Tramparwares) ;
- e a expressão “queijo corno”. Guardei cabras no Sobral, onde nunca ouvi esta expressão, (mas sim “queijo rijo”). Ouvi-a pela 1ª. vez nos finais dos anos 70, numa cidade. No meu ponto de vista, é uma expressão citadina usada nas vilas/cidades, por vezes em tom depreciativo, em que alguns mais atrevidos lhes chamam “queijo do corno”.
E no Sobral nunca poderá haver queijo corno, enquanto houver folhas de botelheira.
Fiquemos, pois, com o queijo rijo. Que bom…

Anónimo disse...

"À manjedoura" em grande... sim senhor!!! Talvez tenhas razão RJ, a expressão "queijo corno" foi um termo adaptado pelo ppl estudante, do teu tempo e tlvz do meu tb, até pq eram "danados" para a brincadeira, e tlvz tb por isso ainda se mantenham algumas tradições e costumes... pq?? PQ ao "ironizarmos" as situações, os sotaques, enfim tudo o q fazia parte da nossa cultura (Sobral, Casegas, Paul,...) estavamos a "cultivar" um regresso às origens... mm qd eramos gozados pelos "covilhanenses" q se achavam donos das "boas práticas, da boa gramática, do "bem falar""...Acredito pois q nessas longas viagens estivessemos apenas a transformar um "esquecimento" generalizado das raízes num "reviver de tradições" eterno.... mas com queijo "corno" ou "rijo" o certo é q não há igual!!! ...UHHHMMMM!!!

zef disse...

Sobralfilho trouxe-me a este sítio com simpatia igual àquela com que, em tempos, me levou ao Sobral a provar um queijo de cabra que, pelo cheiro, cor, sabor e falta de olhos, podia ser boa prova da existência de Deus…caso não estivesse a comê-lo com quem o fez…Era acompanhado por pão com olhos e o vinho saltava aos olhos! Com queijo assim e para quem não é do Sobral, o nome é irrelevante…Mas o sentido de pertença talvez requeira um nome. Encontrem-no! Sobretudo, mantenham o tal queijo!
Pela memória (do queijo…) e pelo papel que as intervenções podem ter na manutenção de sentidos comunitários, passo a ser vosso visitante. Se em nada vos acrescento, com as visitas sinto-me acrescentado.

Anónimo disse...

Olá, manjedoura:

Repito nunca ouvi esse nome até finais dos anos 70.
E eu não disse que a expressão “queijo corno” era depreciativa.
Disse que alguns mais atrevidos lhe chamavam “queijo do corno” – o que é diferente. E esta expressão (queijo do corno) ouvi-a algumas vezes, depois de ouvir pela 1ª. vez chamar queijo corno ao queijo de cabra.
Não esqueça que o queijo passa por várias fases e só na fase final da sua “idade” é que “merece” (?) esse nome e também é válida para o queijo de ovelha, aqui na zona dos Montes Crestados. Ora, uma vez que também se aplica noutras zonas, seja queijo de cabra ou de ovelha, resulta que a expressão não é genuína do Sobral e aldeias confinantes.
Se não fosse as diferentes fases que se processam na sua evolução seria uma boa “marca”.
Assim, resta-nos chamá-lo pelo seu nome – queijo de cabra – e considerá-lo (muito provavelmente) o melhor queijo do Mundo, quando ele toma uma ligeira bolor cinzento-esverdeada, ou quando tem uma capa de massa de pimento, azeite e vinagre ou quando de tão rijo se embrulha em folhas de botelheira/ abóbora para o amaciar.
- Quanto aos burlhões também gosto deles e do nome.
Cumprimentos

famel disse...

No meu caso, c sou novinha, smp conheci o nosso queijo de cabra c "queijo corno" e pensava k era assim denominado p/ ser "rijo c um corno" e n p/ ser "o queijo do corno". É um queijo com um sabor deveras magnifico em tds as suas fases e eu, tenho a sorte de poder abrir 1 gaveta e come-lo a qualquer hora...e ainda tenho a sorte de poder fazê-lo com as minhas proprias mãos!!!

Gostava de poder certifica

famel disse...

gostava de poder certificar e acho k o nome "queijo corno" seria bastante original...m é só + 1 das minhas ideias...

Anónimo disse...

Oi, Famel
Gostei.
Quando abrires a gaveta tira também um para mim.

Anónimo disse...

Famel, não te vou pedir um bocadito, pq felizmente tb tenho essa sorte!!!Mas de qualquer das formas e como diria a Finadamina "esta conversa é simplesmente deliciosa"...Zef, espero que nos visite muitas vezes e que esteja sp à vontade para intervir; Sobralfilho Bem haja pelas intervenções recheadas de sapiência; e já agora bem hajas "à manjedoura" por trazer este assunto tão "saboroso" à mesa. Mais uma agulha: no Sobral dizemos burlhões e não "Brulhões" como publicitas!! A todos, e até logo...

Anónimo disse...

o "raixquetapartira" digo-te eu "à majedoura", até houve alguma polémica sobre isso...e foste informado na altura devida, ie, nos 1ºs dias de negócio...(andas a comer mt queijo). Quanto ao negócio do "queijo" está feito!!!! Troca por troca!!! Mas nada de burlhões com meio kilo pq este queijo paga-se a peso d`ouro! Eh! Eh!

CanisLupusSignatus disse...

muitos parabéns pelo post e pela referência a um dos mensageiros de Deus...

Anónimo disse...

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