Voz do leitor

"Aqui vai um artigo sobre encerramento de escolas que diz respeito também ao Sobral. Achei interessante... "Salvar" a escola do Sobral seria bom, mas, sem arranjarem devidamente a estrada das Pedras Lavradas, com o perigo que oferece - suponho que seria por aqui que as crianças viriam - também não me parece lá muito bem. Ou o Ministério está muito amigo da "malta Sobralense" - se calhar andam a ver o blogue e querem provar o queijo corno!!- ou não conhecem as estradas!
Mas lá que seria bom a escola continuar VIVA, lá isso seria!!"

Mariita

Escola Primária da Bouça vai encerrar

Covilhã questiona DREC sobre fecho de cinco escolas
A Câmara da Covilhã vai remeter um pedido de explicação às estruturas da educação acerca dos critérios que estão na base da proposta que aponta para o encerramento de cinco escolas do primeiro ciclo do ensino básico no concelho, já neste ano lectivo. Dos estabelecimentos sinalizados, dois deles têm um número de alunos ainda tido como significativo – rondando a dezena de alunos – residindo aí a primeira crítica da autarquia.
“A Câmara tomou uma posição de contestar junto da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), solicitando a identificação de critérios. Temos conhecimento de escolas, em concelhos próximos, com quatro crianças, que são mantidas. Nós temos uma com 14 alunos que vai fechar e queremos saber o critério e a lógica disto”, disse João Esgalhado, no final da reunião de Câmara de sexta-feira, onde foi elaborado o pedido de informações.
O vice-presidente da autarquia classifica as opções como “um conjunto de decisões arbitrárias, que não têm em conta estes contextos sociais e culturais do concelho da Covilhã” e recorda todos os passos deste processo. De uma lista inicial, apresentada em Janeiro, constavam sete estabelecimentos de ensino. Depois da contestação formal da edilidade, “foi garantido que nenhuma iria fechar”, acrescenta, recordando que existia, no entanto, a decisão de fechar, em 2008/2009, as escolas de Sobral de São Miguel e Bouça. “Surpreendidos ficamos quando, há pouco tempo, recebemos um ofício da DREC informando do enceramento de cinco escolas, mas com a curiosidade adicional de três delas não constarem da lista inicial”, explica o número dois do executivo municipal.

ALUNOS DE UNHAIS SALVAM SOBRAL DE SÃO MIGUEL

A proposta actual aponta para o fecho de portas de uma das escolas de Peraboa, Bouça (Cortes), com três alunos, Terra da Senhora (Unhais da Serra) com 10, Borralheira (Teixoso), onde estudam oito crianças, e Aldeia do Souto, que iria ter nove estudantes. Uma das particularidades é o facto de Sobral de São Miguel, prevista para encerrar no próximo ano, passar a receber os alunos de Terra da Senhora. E este caso apresenta novas dúvidas a João Esgalhado: “Trata-se de uma escola requalificada e que tem 10 crianças. E para onde se mandam estes alunos? Para Sobral de São Miguel, viajando num autocarro que nem sei se existe, enfrentando perto de 1h30 de viagem, quando Paul está mais perto”.
Outros problemas têm a ver com Peraboa, onde existe outra escola que “diz não ter capacidade para receber os 14 estudantes”, e Aldeia do Souto, “onde os pais não querem ver os alunos em Vale Formoso, por questão de rivalidade, e preferem Orjais”. “São situações ridículas”, sublinha João Esgalhado, criticando a Direcção Regional com o exemplo de Peraboa: “Quando há uma escola que diz que não pode receber os alunos, é indicativo que a DREC não teve a preocupação de consultar a escola que está ao lado sobre a capacidade de receber mais gente”.
Segundo o vice-presidente, a posição da autarquia é de contestação pelo fecho de estruturas educativas, embora “nalguns casos seja justificável”. João Esgalhado considera que a decisão “contribui para a desertificação das aldeias rurais”.

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Diário XXI
publicado por blog cortes do meio a 11 de Setembro de 200, às 21:00