segunda-feira, março 21, 2011

Chegou a primavera e o dia da árvore


como o SOBRAL deve o seu nome a uma árvore, ela merece um carinho. Adicionar imagem

11 comentários:

Anónimo disse...

Esta árvore, símbolo da nossa aldeia, medida da nossa vida, resiste bem verde, como a noss Esperança, apesar de vítima de ignóbeis ataques na base do seu tronco. Sem outra inspiração e porque o dia do pai inspirou apenas três dos comentadores aqui vai para vos castigar a segunda e terceira estrofes do poema que em tempos fiz ao meu pai mas onde constam as nossas árvores, como disse, símbolo da vida e ficam bem no dia internacional da poesia:

Pai, se pudesses ouvir-me, hoje,
Então, dizias para onde ia e eu partia,
Companheiro das primeiras sombras
Das árvores amigas, serenas e tão altas,
Pelos trilhos da montanha, querida,
Do nosso mundo, sempre confiante.

Pai, se pudesses ouvir-me, hoje,
Renasceu toda a esperança em mim.
Vou pisar forte os passeios da cidade,
Levantar o rosto e olhar toda a gente,
Ser tu que partiste, os que agora tenho,
Os que hão-de vir e eu sempre enfim.

sobralfilho disse...

Sobreira (sobreiro).A árvore raiz da nossa Sobralidade.

Mariita disse...

Virgilio, Bonita maneira de assinalar o dia e grande sobreiro que resiste para encanto de quem o vê. Que a raiz perdure para que o simbolo não seja esquecido.

VIRGILIO NEVES disse...

Pois é meus migos.A respeito de árvores, hoje no jornal do metro li que « Os pacientes dos hospitais que vêem árvores curam-se mais depressa,utilizam menos medicação e saem do hospital antes do que aqueles que vêem paredes de tijolos.Pacientes com vista para árvores passam menos 8% dos dias no hospital». E ainda: « Uma árvore de tamanho médio produz oxigenio suficiente num ano para manter a respiração de uma família de quatro pessoas.» e esta???

Anónimo disse...

Logo, caro Virgílio, já plantaste uma árvore? Mais, cuidaste dela, como de um membro da família a quem ela dá oxigénio?
A mim o que me entristece é a falta de cuidado com as árvores. Quanto á estatística, quem a faz nem sempre sabe o que está a fazer e pouco precisamos dela para bem viver.

virgilio neves disse...

Sim meu caro anónimo, plantei muitas árvores dos 8 aos 14 anos no (meu) Carvalhal, Valminhoto, Carvalho e Casal da Pires. MAIS ALGUMAS NO BRASIL de 1982 a 1987.
Só me falta ir a Jerusalém comprar e plantar uma no Jardim dos Justos.(a quem os judeus chamam gentios) porque das 3 vezes que por lá passei(aos 25 anos de idade ) os "interesses" eram outros...

Anónimo disse...

Virgílio,
Acho que deves começar a compor aqui a tua peregrinação, desde o Vale do Minhoto ao Carvalhal, do Sobral ao deserto do Neguev, de Lisboa ao Brasil. Porém, além das árvores, tem de haver "pimenta", para temperar as amarguras do trabalho. Com imaginação, talvez dê uma novela para a TVI. Além de uma figura em que te revejas, cria pelo menos mais uma dez personagens, descreve os espaços e elabora a narrativa. Uma portuguesa, uma brasileira, uma israelita não podem faltar, mas pode haver mais.

Anónimo disse...

A novela podes chamare um deus portuges que gosta muinto de plantare uma arvore onde passa. para bems , senhore vergil.muintas felissidades pelo seu sossese.um amigo

Anónimo disse...

Virgílio:
Tenho alguma pena de não ter convivido contigo quando jovens!...
Já plantaste muitas árvores, se calhar já escreveste um livro e possivelmente tens filhos!... Nada te falta para seres um homem completo.
Presenteio com um poema de Vitorino Nemésio

A Árvore do Silêncio

Se a nossa voz crescesse, onde era a árvore?
Em que pontas, a corola do silêncio?
Coração já cansado, és a raiz:
Uma ave te passe a outro país.

Coisas de terra são palavra:
Semeia o que calou.
Não faz sentido quem lavra
Se o não colhe do que amou.

Assim, sílaba e folha, porque não.
Num só ramo levá-las
Com a graça e o redondo de uma mão
(Tu não te calas? Tu não te calas?
Maria Ideias

virgilio neves disse...

OBRIGADO MARIA IDEIAS PELO POEMA.
Na verdade,não conviveste muito comigo porque quando eu tinha 6 anos,já tu eras moça de de 15. Mesmo assim lembro da tua boa disposição e simpatia e até das tuas alegres risadas durante as curtas conversas que tinhas com a minha Guiomar,quando ia aviar algumas compra à (minha) mercearia. Além de mim,devias ter visto por ali também a Fernanda (da idade da Cassilda)e ainda engatinhando o Jorge que deve ter nascido nos mesmos dias da tua Cristina que nasceram miúdinhos talvêz por terem vindo já no fim da fornada.
Um beijo Maria.
Quem sabe a gente se vê este ano no Sobral.

Anónimo disse...

Velhinho Sobreiro


Velhinho e amigo sobreiro
quanto carinho me deste
nos dias da minha infância
na encosta sul do Barreiro!

Entre teus tres grandes braços
muito alento eu encontrei
e se por vezes chorei
em outras, cantar tentei
com ternura os nossos laços.


Quantas vezes eu subi
e me quedei mesmo ali
nos teus braços "feitos mâo"
hoje, distante eis-me aqui
desse tempo e dessa idade
guardo no meu coraçâo
indescritivel saudade.

L.