quinta-feira, maio 15, 2008

Já que hoje está de chuva...

ÁGUA, ANTES QUE ACABE...
Nunca é demais falar na água, na preservação da sua qualidade, na contençãode gastos supérfluos, para bem da sobrevivência do planeta e da humanidade.
No Sobral - com a ribeira aos pés - e água a correr dia e noite nos fontanários, adquirimos o "mau hábito" de esquecer a escassez que se vai acentuado anoapós ano.
Sem desejar ser dramática, talvez venha o dia em que todos os regatos, ribeiras e barrocos, que hoje conhecemos se tornem uma miragem...
Rico Sobral oh que lindo és com a ribeira aos pés


A cascata que passa por baixo do campo de jogos

Barroco que alimenta a cascata


Barroca da Giesteira...a primeira praia


Água cristalina por entre a folhagem, no Barroco da Giesteira


Fonte nas Pedras Lavradas - e a falta de respeito pela natureza.


Fotos e comentários de mariita

25 comentários:

Anónimo disse...

GRANDE REPORTAGEM, infelizmente é necessário todos os dias lembrar, para a falta de poupança de água. Todos nós de uma forma ou de outra, nos esquecemos de a poupar.

As estatísticas dizem que chuva nesta quantidade só a cada sete anos, o alerta fica no ar, para que todos sejam moderados no seu consumo.

Os meus parabéns à mariita, pelo oportuno artigo.

Anónimo disse...

Famel, falta a legenda da foto da fonte... com o lixo a "lixar" tudo!!

Anónimo disse...

Pelo menos 4 minas ajudou o meu pai a romper e perfurar nos cabeços do Sobral,e todas elas ainda dão água pura.
Espero não ter um dia que ir abrir poços para beber água...
o mais certo é ter que tirar o sal á agua do mar. ou ir morar pós Alpes.
Tenho mais medo que se acabe o trigo...centeio e milho.
Boas fotos mariita.

famel disse...

Mariita a ultima foto não trazia legenda :(

Já agora não consigo decifrar onde é a bica dessa mesma foto

Anónimo disse...

Quem é a Mariita? Será que a conheço!

Anónimo disse...

A bica é nas na Pedras Lavradas. Ainda que já fora do Sobral, mas sendo o tema a água, pareceu-me que se enquadrava, porque é um lugar onde algumas pessoas do Sobral vão buscar garrafões de água.
Sempre que lá passo, gosto de parar para beber, respirar e ver a magnifica paisagem. Só lamento a falta de respeito que alguns demonstram com os detritos que deixam.
A legenda é:
Fonte nas Pedras Lavradas - e a falta de respeito pela natureza.

Anónimo disse...

Anónimo, como queres que te explique quem sou?
Se estiveres no Sobral e vires de quando em vez uma "cota" de máquina fotográfica, já sabes que sou eu.

Anónimo disse...

Esta fonte das pedras lavradas é a famosa ponte fria?

Anónimo disse...

Se é a fonte entre as Pedras Lavradas e a Teixeira, a água não escorre por uma bica em forma de V para um pequeneo tanque. Ou estarei enganado?

Anónimo disse...

já não deveis passar lá há muito tempo.Afonte com a bica em forma de v já quase secou. Agora o veio de água deslocou-se um pouco mais para baixo e colocaram lá á boa maneira portuguesa um tubito.

Anónimo disse...

Não vou à aldeia há muito tempo. Mas estou encantada contigo e com os teus dizeres. Um dia apareço.

Anónimo disse...

Sabes porque comento.
"Mariita" Quando era menina a minha mãe chamava-me Marita. Nunca ninguém mais me chamou assim. Daí que tu representas, não sei bem ainda porquê, parte da minha meninice, da qual tenho imensas saudades.

Anónimo disse...

No Sobral terra de Maria e Maneis,
havia o costume de as distinguir como: Marita Cândida, Marita Marques, Marita da "tiaa Surreição"... e por aí fora.
Eu optei por Mariita, que me foi "dado" no Casal de Santa Teresinha por minha tia Olinda e depois adoptado por minha mãe.
Quem sabe, somos para aí da mesma "leva". Eu nasci em 54 e andei na escola do Sobral até ao final do Inverno de 65. Não cheguei a completar lá a 4ª classe.
De há uns anos para cá, vou ao Sobral sempre que posso, por razões familiares e porque passei a “apreciar” o Sobral, o que não acontecia quando tinha 9 anos.
E, por incrível que pareça o maior responsável por essa mudança foi o meu marido, que logo no primeiro contacto com o Sobral ficou extasiado! E esta!!!

Anónimo disse...

Tens menos 6 anos do que eu. Já não andaste comigo na escola. Ainda frequentei a escola nas Vinhas. Se calhar nem ouviste falar. A minha professora "salvo erro" era Leontina. A 4ª classe já a fiz na escola nova. Ouviste alguma vez falar na Maria ou Marita Ideias?
O teu marido é um homem de bom gosto, porque a nossa aldeia tem recantos duma beleza sem fim. Alguns não me saem da memória. Aqueles mais antigos quando ia ao barroco do Carvalho deitar a presa, ou na horta, ou no muro,ou na Tijoza (acho que é assim que se escreve) bem...Náo quero chorar, porque hoje até me sinto um pouco nostálgica.
Estou a roubar-te tempo. desculpa.

Anónimo disse...

O tempo nunca se rouba, é-nos dado a todos. Ás vezes é que fazemos mau uso dele, o que não é o caso. Sim, lembro muito bem, pelo menos do apelido, mas feições não recordo e tenho pena.
Este espaço também serve para "descarregar" a nostalgia que em certos dias nos consome. Por isso, é bom falar e tomar contacto com a "nossa gente", porque são certamente quem melhor compreende este estado de alma.
Se puderes, vai um dia rever os caminhos outrora percorridos e verás como é revigorante mas, ao mesmo tempo, acalma a imensa saudade de um tempo já distante.
Escreve sempre.

Anónimo disse...

Não sei se passarás nos caminhos outrora percorridos como diz a Mariita... Passou o fogo, mas já está outra vez um giestal que quase não se rompe por lado nenhum. Não há quem limpe, quem calcorreie as veredas, como não há quem vá aos grilos, aos ninhos, aos rosmanihos, ás pútegas, aos tocos, ás letúgas, aos soramagos(não disse saramagos), á ferrã,...já estou cansada de ir a tanto lado.A nostalgia é bem sobralense.É sinal que fomos felizes lá, na nossa infância.

Anónimo disse...

Gosto de falar contigo.
Gostaria de te situar, mas não consigo associar-te à aldeia, nem sequer a uma família.
Paciência. Hei-de, possivelmente, acabar por cruzar-me contigo.
Neste momento, a minha vida familiar tem um nó enorme. Não consigo começar a desatá-lo. Meu marido está internado bastante mal.
Os próximos dias vão ser decisivios. Os médicos dizem que para além de grave, a situação e muito, muito complexa. Há decisões a tomar, pelo equipa médica, que podem ter um desfecho não desejável. Ando um pouco desorientada.

Anónimo disse...

Teresa:
És bem mais nova do que eu. Lembro-me da tua irmã Maria e do Zé. De ti não me lembro muito bem.
És a Teresa que conseguiu levar a casa dos meus pais. Não imaginas o quão dificil, foi para mim, anuir à decisão.
Sei, contudo, que quando passar por baixo da janela do quarto onde dormia irei (chorar) mas pensarei que foi bom apesar de tudo a casa ser para ti.És da Ponte...Desejo para ti e familiares todas as felicidades do mundo.
Gostei das tuas desctrições. Mas sabes que no mercado do Bolhão, no Porto,no tempo dos grilos, comprava um para o Victor (meu filho. Comprava uma gaiola pequena e, ele, todos os dias lhe punha uma folha de alface. Era bom participar e voltar a ser menina.No meu tempo chegava a apanhá-los.
Pútegas, nem falar! Como recordo, quando em magote, íamos às pútegas, para o lado das rasas.
Todos os nomes que mencionas ma estão bem presentes na memória.
Sim, fui feliz na nossa terra. Foi pena ter saído, um dia ........ Mas a vida é feitas destas coisas.

Anónimo disse...

Cara anónima:
A minha solidariedade pelo mau momento, se eu puder ajudar em alguma coisa, contacta-me pelo e-mail: zinhamiranda@net.sapo.pt
A minha meninice foi passada entre o Barreiro, na casa da minha avó Maria Cândida e o Cabecinho, com a minha avó Ana Bárbara. Algumas idas à Risca, Gesteira, Palairos, Cadaval, e Foz Gesteira, com a minha mãe, também de nome Maria Cândida e que hoje vive no Barreiro.
Mas onde eu mais gostava de andar sempre que o tempo estava bom, era na Ribeira e nas Barrocas do Muro...
Há no blogue, duas fotos minhas em criança num post (video) do dia da criança, feito em Junho de 2007. Quem sabe assim já te seja possível "relembrar" a Maria-rapaz que eu era.

Anónimo disse...

Maria Idéias:
Eu sou a mais nova. A Maria e o Tó(não é Zé)são os mais velhos. A casa dos teus pais está assim mais bonita. Estáva toda a cair. Já não se podia entrar dentro das divisões. E sabes que mais? Noutras mãos estaria pior. Eu fui criada sempre ali até aos 18 anos, a conviver com os teus pais. Gostava muito do Ti Manel Ideias(quem é que não gostava?...).A tua mãe era muito divertida.Aposto que eles não estão tristes. E a casa estará sempre com a porta aberta para vos receber, sem distinção.Estarei lá na última quinzena de Julho.Vou lá também este fim de semana.
Tudo de bom para a familia.

Anónimo disse...

Teresa.

Fui para casa a pensar em ti. É o Tó e não o Zé (lembrei-me logo).
Fiquei e estou feliz om a decisão da casa dos meus pais ser para ti. Sei que está em boas mãos.
Mas, sabes, ainda a minha mãe e o meu pai eram vivos e, já eu e meu marido, que naquele tempo trabalhava em desenvolvimento rural levantámos o problema da casa. Só que os meus pais, era ponto assente . A casa era para o meu irmão. O meu irmão não atou nem desatou. Daí ter chegado à degradação em que tu a viste. Sei que a felicidade é feita de pequenas coisas. Tenta ser sempre muito feliz, nessa casa e em todas as casas por onde passes.

Anónimo disse...

Olá,
Maria Ideias, ou Maria Branca como eu te chamava quando vinhas fazer as compras na loja do meu Pai, que Deus lá tem.Fiquei muito sensibilizada com a tua partilha e não posso deixar de te desejar que o momento mau que estás a atravessar passe depressa, e que Deus vos proporcione os bons momentos da vida e a alegria que merecem.Embora criança, tinha alguma admiração pela tua família, em especial pela tua mãe que cantava e dançava naquela fonte da ponte. Ainda me lembro de uma canção que ela cantava que passo a relembrar.
Meninas cantai todas
e guardai o parrameiro
as que não cantam nem dançam
São as que o dão primeiro!!!

Meninas cantai todas
guardai-o que vosso é
as que não cantam nem dançam
também lhe escorrega o pé!!!

Marita não leves a mal de eu escrever aqui estes versos,foi um carinho para ti, e uma forma de homenagear tua mãe. Tal como tu, também eu deixei o nosso Sobral na juventude,mas é de lá que guardo as melhores lembranças, apesar das dificuldades que cada um de nós lá passou.
Por isso, quando posso vou lá matar saudades e até vou fazer companhia às cabritas, lá para os lados do Casal da Pires.
E ali sinto-me bem com os animais e a natureza...
Felicidades para ti, e para todos os teus familiares.

Anónimo disse...

Bem, hoje, o sorriso voltou à minha boca.
Como este anónimo sabe as cantigas que a minha mãe cantava!. Era uma mulher muito geniosa mas ao mesmo tempo duma generosidade sem limites. Que falta me faz. Quem será este tão querido anónimo?Filho do ti Galhetas? Podes identificar-te? Um beijinho para ti e obrigado pela tua solidariedade.

Anónimo disse...

Marita:
Olha, eu nas poucas vezes que aqui partilho algo de mim, costumo identificar-me. Acima só o não fiz, por lapso. Sim, sou filha do "Ti galhetas", a Belarmina. Fico sensibilizada quando leio no blog. partilhas sentidas e sinceras de pessoas da nossa aldeia,que apesar da fazerem pela vida, como eu, longe do lugar onde nasceram, nunca esqueceram a terra nem as suas gentes. Há sempre alguma coisa que nos une, quer sejam motivos alegres, quer sejam momentos menos bons. Temos que ter sempre presente que depois de um dia escuro e nublado, o azul do céu aparecerá e o sol brilhará cada manhã. Vamos ter esperança em melhores dias. Pensamentos positivos e olha sempre em frente.
As maiores felicidades para ti e toda a tua família.

Já agora, mais uma "cantiga" das que a tua mãe cantava:

Sei um saco de cantigas
E mais uma talegada,
Se hoje as canto todas
Amanhã não canto nada.

Anónimo disse...

Mina:

Então a "Famel" é tua sobrinha.
Foi-me identificada pelo teu irmão Virgílio. Lembro-me vagamento dele ainda do tempo da Guiomar.Gosto do que escreve e também gosto da tua sobrinha.
Maria Ideias