quarta-feira, abril 18, 2007

Cores

E já que se falou na Serra e suas cores, partilho uma foto de hoje, onde vemos os tons rosa das urzes e amarelos das carqueijas e maias. A Serra está linda!!



43 comentários:

Anónimo disse...

Magnifico!!!!

Fiquei sem respirar ao admirar esta foto.

Há quantos e quantos anos, que não tenho o privilégio de respirar estes aromas.

Anónimo disse...

fantátastico !!!

famel disse...

C o meu avô me costumava dizr "o gigante bêbado vomitou na serra".
Moka sentir estes cheiros e aromas pode não ser mt agradavel p kem sofre de problemas respiratórios ou alergias...mas que dá gosto observar dá...

famel disse...

Ontem alguém me disse k "qd amareleja a meio da encosta, a inverna de abril dá resposta", será k vem aí chuvinha???

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

De facto, a fotografia é bonita mas ela revela algo problemático...é que estas (como tantas outras) encostas não têm floresta...floresta a sério (sobreiros, carvalhos, freixos, medronheiros, etc..) e não a "pinheirização" e a "eucaliptização" forçada que deu e continuará a dar em incêndios incontroláveis...

É que sem estas florestas a água não penetra bem nos solos e, logo, não alimenta convenientemente as nascentes...e depois as ribeiras têm um aspecto desolador muito mais cedo do que seria de esperar!

A imagem não deixa de ser bonita mas, com mais árvores, seria AINDA mais...

Abraço

Anónimo disse...

Concordo com o pedro exepto em: os arbustros também ajudam na retenção da água para a sua permeabilidade até à formação dos reservatórios (lençois de água).Quanto à reflorestação de plantas/árvores endémicas, se tiveres um "pedaço" de terra num destes locais dá o exemplo-planta-e assim motivarás mais "testadas" a seguirem o exemplo até ficar floresta.

famel disse...

Passo a informar q o próximo próximo OTL contempla a vertente ambiental, na qual os jovens irão plantar algumas árvores autóctones nas nossas encostas...já é um bom começo :)

sobralfilho disse...

pedro n.t.santos, informo que naquele espaço da Serra do Açor, “avermelhado” pela flor da urze, foi sempre palco desta e de outras espécies da mesma família, da carqueja, do sorgaço e nunca foi floresta, nem nunca será, será culpa dos deuses ou dos ventos?…Sim, talvez dos ventos.
- Quanto à “pinheirização” não nos incomoda. Condenem o fósforo, não o pinheiro… No Sobral, o pinheiro foi sempre nosso amigo: Tínhamos a madeira, a lenha para o lagar, a joina, a sombra fresca e sadia, a resina, as pinhas, a caruma, Ah!... e os brugos também…

Anónimo disse...

obrigado sobral filho acertaste em cheio tenho 68 anos e nuca conheci nem um pinheiro nessa zona da serrasera dos ares ou sera a altitude nao sei mas o que afirmaste e a verdade

Anónimo disse...

"advjuris: E tudo o fogo levou...levou os pinhais, os sobreiros e os demais/ levou a esperança de um futuro melhor/ levou a única industria que alimentava muita gente/ a resina e a madeira/ e o encanto da cerejeira. A urze ou o mato torgueiro/ a giesta e a carqueja/ são sinais de abandono que nem as cabras as beijam. A beleza aparente não é mais do que tristeza e desolação. Alegra muita gente que está longe.
Mas não chamam ninguém para aí se governarem. Só de passagem, em tempo de férias dão o gozo que todos sentem de contemplar a serra com saudade"

Anónimo disse...

"Cernelha: O pinheiro não é àrvore endémica do Sobral.Dá-se até cerca de 850m de altitude, logo a serra (que nunca teve pinhal) acima desta alt. então sería melhor plantar outro tipo de pinho, ex pseudotssuga."

Anónimo disse...

"advjuris: Eu não sei qual é a altitude do cabeço da nave, mas penso que é muito superior *a indicada e na década de 70/80 toda aquela serra foi plantada de pinheiros, que cresceram ate ao ponto de serem visívei"

Anónimo disse...

"Cernelha: Alguém anda ou viu mal a serra.Algumas arvores/plantas endémicas: azinheira, sobreiro,nogueira,oliveira,castanheiro,medronheiro,esteva,urze,carqueja,rosmaninho,tojo,etc.etc"

Anónimo disse...

"advjuris: da lado do Sobral. Foi um incêndio de grandes proporções nos finais de 80 que dizimou toda a vertente norte da serra do lado do Piódão, que se estendeu até ao carvalhal, Cabrieira, seguindo-se depois"

Anónimo disse...

"advjuris: da lado do Sobral. Foi um incêndio de grandes proporções nos finais de 80 que dizimou toda a vertente norte da serra do lado do Piódão, que se estendeu até ao carvalhal, Cabrieira, seguindo-se depois.
outors que nem a semente deixaram. Por isso é bom lembrar que a riqueza florestal do pinheiro ou de outras árvores é muito importante para a fixação humana e essa está perdida definitivamente se não"

Anónimo disse...

"advjuris: houver reflorestação. É muito bonita a paisagem das carqueijas floridas, mas não é da paisagem que as gentes que lá vivem se alimentam. Perdoe-me, prtanto, cara conterranea está chamada de atenção.à memória que ainda resta daquilo que representava a riqueza local.
Há algumas azinheiras, mas poucas e haviam muitos pinheiros plantados pelos serviços florestais do lado de ARGANIL e Seia porque eram terrenos baldios, cujas sementes voarampara a encosta sul. Ou não é desse tempo?"

Anónimo disse...

"CernelhO: Altitude serra do Açor cerca de 1340m.Reflorestação sim, mas com espécies indigenas, devidamente compartimentada (extruturada:local/espécie,tipo de terra,terreno,etc..."

Anónimo disse...

"sobralfilho: advjuris: A beleza é real (e é apelativa), a matéria prima é a mesma do teu "tempo" e continua lá... Só faltam as cabras."

Anónimo disse...

"CernelhO: Alimentação: agricultura e criação de animais 95 por cento; 5 por cento rezina e de vez em quando a venda de um pinhalzito.EU CITEI ALGUMAS P. E A. ENDÉMICAS DO SOBRAL.As da serra basta olhar para as fotos"

Serranita disse...

adjuris, é tudo muito certo, não se vive da paisagem. A foto pretendia apenas apresentar o que temos no presente, em termos paisagísticos, que bonito ou feio (não se discutindo o lado social de ser bom ou mau) é o que temos.
Povoar a serra de gentes, espécies vegetais e animais, seria a perfeição. Mas por onde andam as alminhas dispostas a fixar-se na serra e viver do que ela proporciona? Será a reflorestação que fixará gentes? As gerações anteriores ainda viviam da pastorícia, da resina, do carvão, mas assim que as oportunidades apareceram abandonaram tudo e trataram de outras opções de vida. E as novas gerações, estarão dispostas a reverter a situação?

Anónimo disse...

"advjuris: É isso mesmoque eu iria referir. As plantas endémicas proporcionam outro tipo de riqueza, a pastoricia. Mas esta está defintiivamente arredada porque a componente humana deixou de existir permanentemente. Nada do que disse invalida a beleza da paisagem que todos gostamos de admirar. Mas é com alguma nostalgia que se observa a nudez de uma serra que outrora foi muto rica em floresta, pastoricia e gente que por ali vagueava atrás das cabras e a arrancar torgas para fazer carvão.
O carvão que está tão esquecido da gente nova. E que tão bem servia para agora fazermos uns grelhados de cuja saudade nos lamentamos.

JUntem a esta nostalgia a presença constante a nossa memória do Ti Zé Hermínio e as suas anedotas espontâneas."

Anónimo disse...

"silence: o advjuris que comece a "destorroar" os chães e a serra e plante ou apanhe pinhõe (as pinhas estão a abrir) e comece a bulir"

Anónimo disse...

"advjuris: Juntem-lhe uns copos de vinho e uma serenata na loja do Ti Galhetas e descubram como era o tempo rm que a serra tinha outra roupagem"

famel disse...

P n se perderem comentários importantes (pk discutir estes problemas é mt importante),transcrevi os comentátios p o devido post!

Anónimo disse...

Eu partilho muitas das opiniões dos comentários anteriores. No entanto, gostaria de aproveitar para dizer 2 ou 3 coisas sobre a nossa floresta e o flagelo que a tem destruído.
O nº de incêndios tem aumentado nos últimos anos e as suas dimensões são cada vez maiores, no entanto, importa destacar, que hoje em dia, não existem na nossa terra as cabradas de outros tempos, que estavam na origem de grandes roçadas (Ai daquele que fosse roçar o mato na testada do vizinho...). Por outro lado, os próprios terrenos agrícolas e alguns antigos caminhos estão cheios de mato.
A juntar a estes factores é importante notar que a percentagem de população adulta e jovem tem vindo a diminuir.
A soma de todos estes factores tem contribuído para o desenvolvimento dos fogos florestais, que no meu entender, só poderão ser combatidos de forma mais eficaz, num local específico: as cumeadas.
Devido à actual distribuição da vegetação, os bombeiros deveriam actuar nas cumeadas, locais onde poderiam ter uma maior eficácia. Só com uma rede de caminhos e asseiros no cimo dos montes se poderá evitar que os incêndios florestais ganhem maiores dimensões, pois aí apesar da regular existência de ventos a vegetação é mais rasteira e as chamas não ganham tão grandes proporções.

Anónimo disse...

Uma das árvores predominantesdas encostas do Sobral era o castanheiro. Por volta de 1916 veio um doença que dizimou quase todos os castanheiros entre Sobral-Unhais e Covilhã.
Zonas mais altas não eram florestadas pois se usavam para o centeio.
Nas bouxas de centeio, principalmente nas beiras (as circas) semeava-se o pinhão, surgindo os primeiros pinheiros que foram espalhando as sementes. Por outro lado as urzes tinham grande interesse económico quando o seu carvão era usado na Covilhã.
Quando miúdo muitas fumaças se viam sobre as emcostas, as furnas de S. Miguel em miniatura.
Os pinheiros não se dão bem a mais de 800 metros, e os semeados na serra do Açor não tomaram grande porte.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Caro Sobralfilho:

O meu discurso não foi anti-arbustos...todos eles crescem ali porque são autóctones e evidentemente que, como qualquer planta, ajudam à infiltração da água e a suster os solos;dos poucos arbustos não desejados que temos na região só me consigo lembrar da mimosa, infeliz importação da Austrália, que ocupa hectares e hectares sobretudo após os incêndios(ver encostas sobranceiras a Orjais, por exemplo);

- os arbustos são essenciais num habitat de tipo florestal e fico sempre assustado quando oiço falar em "limpeza de matos" pois as pessoas não entendem que os arbustos são essenciais nos ecossistemas e não se pode limpar completamente uma floresta; embora as actividades agro-pastoris do passado ajudassem a controlar o seu desenvolvimento excessivo que, claro, pode favorecer o desenvolvimento dos incêndios;

- uma paisagem como esta pode parecer natural a quem tem 40, 50 ou 60 anos,mas isso não significa que sempre tenha sido assim só porque as pessoas sempre as conheceram assim; é possível estudar o pólen fossilizado nos solos e ficar a saber as plantas que existiam num determinado local há milhares de anos e a sua sequência ao longo do tempo.

- estas paisagens cobertas apenas de arbustos não são naturais, são apenas o resultado de desflorestações ocorridas no passado, seguidas de intensa actividade pastoril e incêndios, ao longo de centenas de anos...mesmo na Serra da Estrela existem rebentamentos de carvalho-negral a 1700 m de altitude, antes do túnel a caminho da Torre (do lado direito da estrada).

- as pessoas associam o aspecto desolador das serras portuguesas às agruras do clima (vento, frio, calor) mas são apenas o resultado de séculos de desflorestação por acção humana e da posterior acção dos efeitos erosivos;

- as espécies autóctones da Serra da Estrela incluem o carvalho-negral, o carvalho-alvarinho, o sobreiro, a azinheira,o medronheiro,o amieiro, várias espécies de choupos e de salgueiros, freixos, cerejeiras-bravas e ainda raridades como o azereiro ou o azevinho; incluem ainda árvores que em Portugal praticamente só crescem acima dos 1200m (tramazeiras, teixos e pinheiros-silvestres, os únicos que são autóctones da Estrela).

- Os castanheiros e as nogueiras foram introduzidas, tal como o pinheiro-bravo; mais recente ainda é a introdução de outras espécies comos os eucaliptos e as mimosas da Austrália e as pseudtsugas e carvalhos-americanos;

- Não há árvores-más e no mundo actual não há, infelizmente, lugar apenas para florestas autóctones; não sou fundamentalista, e nenhum ambientalista sério o é, relativamente ao uso exclusivo de espécies autóctones; o que não podemos é continuar a achar que num país do mediterrâneo se podem plantar hectares e hectares de espécies altamente inflamáveis (como o pinho-bravo e o eucalipto) e depois não advirem daí as consequências de fogos que duram dias e queimam milhares de hectares;

- Foi esse o problema da "pinheirização"; usou-se e abusou-se de uma única espécie; criou-se ódio em largos sectores da população contra a floresta devido à arborização forçada dos baldios (ler "Quando os lobos uivam" do Aquilino Ribeiro); muitos dos que os plantaram (a contra-gosto)durante o Estado Novo já diziam entre dentes que "aquilo era para arder"

- Claro que o pinheiro-bravo trouxe riqueza a muita gente mas a forma exagerada e desordenada como se plantou no nosso país ( e depois se fez o mesmo com o eucalipto) facilitou e continua a facilitar a vida ao "fósforo"...

- Continuar a achar que o problema está apenas no "fósforo", nos bombeiros, nos aviões, nas televisões, nos governos, é continuar a tapar o sol com uma peneira...é isso que continuamos a fazer há anos com o trágico resultado de muitas vidas humanas perdidas, milhares de hectares calcinados, prejuízos ambientais e materiais incalculáveis.

- Num país com verões quentes e secos (e cada vez mais, fruto do tal aquecimento global) apostar numa floresta de apenas pinheiros e eucaliptos ( que produzem, respectivamente, resina e óleos essenciais, ambos altamente inflamáveis) faz tanto sentido como regar os bombeiros com gasolina antes de irem apagar um incêndio.


- Acabo como comecei...a paisagem é bonita e infelizmente é "natural" porque assim é há dezenas de anos fruto de acção humana...querer, como eu queria, que lá houvesse mais árvores é querê-la ainda mais bonita...não é ser anti-arbustos...querer que lá houvesse carvalhos e sobreiros não é ser anti-pinheiros...era apenas querer que neste país se desse mais valor ao que é nosso...por tudo, mas sobretudo para poupar as vidas humanas que se perdem todos os anos na guerra contra o fogo.

Um abraço

Anónimo disse...

A foto está lindona.Até já cheira aqui, só de olhar...

Anónimo disse...

Eu bebo a fria água do loureiro
e banho-me no mar de perfume
que a Primavera deixou na serra
A terra quente e muda de alegria
Contagia-me
Inebriam-me o olhar as vertentes
que abraçam o nevoeiro
deixando-o escorrer,mansamente,
espreguiçando-se ao primeiro sorriso do sol
A água canta na raiz do almo
e diz-me como me é indiferente
a loucura da cidade.

Anónimo disse...

Dou os meus parabéns ao sr. Pedro N. T. Santos pelo seu comentário, que nos consegue retratar em algumas linhas o que foi a vegetação da nossa região ao longo dos últimos séculos.
Para reforçar ainda mais essa ideia gostaria de chamar a atenção para a toponímia local, que é um dos maiores testemunhos que nos podemos basear para estudar o passado. Nomes como: Carvalhal, Carvalho, Souto Negro, Cabeça Sobral, Sobral, Colada Teixeira, Aziral... são apenas alguns exemplos de toponímia que resultaram da vegetação outrora aí existente.

sobralfilho disse...

pedro.n.t.santos,

Convivo bem quer com a floresta, quer com os arbustos, a fauna e a flora. O pinheiro foi introduzido? Sim, eu sei, apesar de não ser especialista em silvicultura nem em pólenes fossilizados. Resta-me o conhecimento de que o pinheiro estará por cá há 2/3 mil anos? Se sim, já é tempo de ter ganho o estatuto de autóctone. Porque, neste capítulo, nada o é (no meu ponto de vista): recuemos, então, no tempo, 15.000 milhões de anos e teremos o que o homem apelidou de “Big Bang”. E a partir daqui, como é sabido, milhares de lentas e demoradas transformações se operaram no Universo e em particular no nosso Planeta. E, assim, temos deserto, onde ontem foi oceano, montanhas, onde ontem foi planície…
Também não simpatizo muito com a eucaliptização, no entanto, o cheiro do eucalipto purifica-me e, ainda, hoje, em caminhada pelos Montes Crestados (Serra da Esperança - Belmonte)o constatei. Do pinheiro sinto o gosto da sua sombra e do seu ar fresco e sadio. E estes não, são certamente, os maus da fita. O fósforo, sim…

No Sobral, no tempo em que não havia estrada nem bombeiros, os fogos eram apagados com eficácia, pelo seu povo, munidos de enchadas, roçadouras, ramos de giesta e de pinheiro. E os pinheiros, os castanheiros, as sobreiras, as cerejeiras lá cresceram e tornaram-se gigantes e só tombaram pelo fósforo.

Anónimo disse...

O pedro n.t. santos, se já começar a escavar em pontos bem definidos da serra, é bem possivel que ao 3º dia encontre ovos de masurpiais, ovos de T Rex e raízes fóssilizadas de pinheiros.Aproveite este carvão, pode ainda dar alguns trocos.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Cernelha,

Com o carvão talvez me safasse mas o que faria de mim um milionário era encontrar ovos de "caguru" que, como toda a gente sabe, é um animal que pertence ao grupo dos "masurpiais".

famel disse...

N me parece que a culpa seja apenas do fósforo, tal c ja foi dito anterior/, a vegetação de hoje em nd se compara à de antigamente, os pastores e as suas cabradas traziam a serra bem "limpa" e hoje???? Vemos paus queimados no meio de giestas, de silvas, e outros arbustos...
M temos q ser realistas, querem pinheiros? Limpem as testadas, n pode ser apenas o vizinho a fzr alguma coisa!
P mim o eucalipto pode bem ser plantado...m bem longe daqui, n desminto o cheiro agradável, mas o eucalipto bem c a acássia são arvores "parasitas", minam td à sua volta!
Eu aposto no castanheiro, sobreiro, azinheira, freixos, entre outros.
O pinheiro e o eucalipto servem p encher o olho e o bolso!
Ora vejamos qts têm a mata limpa? Pois, estão à espera do subsidio, m qd forem vender as suas testadas não usam parte desse dinheiro p donativos, pois n?
E pior!!! Depois de venderem os pinheiros deixam os restos dos desbaste (vulgo a nossa chamada "joina") no meio do mato, é mais um fósforo p juntar aos arbustos, silvas, etc.

Arvores, sombra, beleza da paisagem...a favor!

Pinheirização sem limpeza e eucaliptização! Não por favor!

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Famel,

De facto, Sobralfilho tem razão num aspecto...tem de existir sempre uma fonte de ignição...mas que até pode ser natural (a vertente leste da Serra da Esperança em Belmonte foi precisamente vítima de um grave incêndio em Setembro passado devido a uma trovoada).

E acredito que antigamente as populações apagassem os incêndios à nascença, mesmo em pinhais...precisamente porque havia gentes nas aldeias; gentes que também ajudavam a controlar o crescimento exagerado dos pastos...

Com a migração dessas populações para as cidades do litoral e do estrangeiro, ficámos com hectares de pinhal abandonado, carregado de resina (que já não se vai aproveitando) e com um crescimento desmesurado da parte arbustiva, herdámos aquilo que temos hoje: se um fogo não for controlado à nascença num pinhal ou eucaliptal(e é difícil mesmo com mais meios porque só no pico deste Verão chegou a haver mais de 500 ignições em simultâneo!) nada o pára...veja-se a Serra de Ossa em Estremoz, o fogo só parou quando acabaram os eucaliptos.

Se eu não gosto de eucaliptos pelo seu valor ornamental? claro que sim, não há árvores más e aconselho a todos uma visita a Vale de Canas em Coimbra (ou ao que sobrou dela do incêndio de 2005) que tem uma das melhores colecções de eucaliptos (incluindo o mais alto de Portugal, que penso que escapou ao fogo).

Agora no Interior o eucaliptal só serve para expulsar o que resta das populações rurais, que os deixam a crescer nas suas propriedades e migram para as cidades, contribuindo ainda mais para agravar a desertificação do Interior..

Evidentemente que a culpa é sempre de quem acende o fósforo mas se não mudarmos de política florestal e de ordenamento do território, por mais bombeiros e meios aéreos que arranjem vai continuar a ser "mais do mesmo" todos os verões...até de facto não haver mais nada para arder.

E, por mim, dou por encerrada esta "polémica", que nem o chegou a ser, mas apenas uma diferença de opiniões.

Espero ver esses magníficos sobreiros que rodeiam o Sobral classificados de interesse público em breve e as serras, essa e todas, com mais árvores e sombras.

Felicidades

Serranita disse...

Pedro n. t. santos, não foi polémica, foi uma troca de pontos de vista por vezes com alguns "fósforos" pelo meio, mas interessante, elucidativa e a ter em conta no futuro. Obrigada pela sua contribuição! Contribua sempre.
Ah, e se tiver conhecimento de um ovo de marsupial, não se esqueça de partilhar o momento conosco!;-)

Anónimo disse...

Serranita onde é k te posicionas-te pa tirar esta foto?

Serranita disse...

tonhe, foi junto ao cemitério.

famel disse...

Pedro N.T. Santos, p a classificação dos sbreiros vamos no bom caminho, a sua dica assentou k nem uma luva!
Bom em relação ao ovo do canguru...hummm permitam-m o egoismo, m espero encontrá-lo eu...aposto k ia ser a arqueologa do século ehehehehe

ljma disse...

Só agora reparei nesta discussão (já tinha notado a bela fotografia, mas não tinha clicado nos comentários).
Acho que não vou acrescentar nada de novo, mas vá.
1. Parece-me consensual a nível nacional (e na Galiza, também) a tese de que as grandes áreas de eucalipto e pinheiro são pasto fácil para os incêndios. Claro que a culpa é do fósforo, mas as consequências do fósforo poderiam ser muito diferentes com uma floresta ordenada racionalmente.
2. O sussurro dos pinheiros ao vento e o cheiro da resina (e aqui na nossa região, nesta época do ano, ao misturar-se com o do rosmaninho...) agradam-me imenso. Mas falar do fresquinho dos pinheiros... OK, sempre é sombra, mas em comparação com o fresquinho mais húmido de uma floresta de freixos, castanheiros, carvalhos, tudo misturado...
3. No fundo, é como o Pedro N. T. Santos diz: não há árvores más (excepto as mimosas). Por isso, porquê insistir apenas em pinheiros e eucaliptos?
4. Semeei no outono alguns milhares de bolotas, contribuindo para o projecto "Um milhão de carvalhos para a Estrela" no vale do Zêzere, e mais algumas centenas aqui no alto da encosta da Covilhã, só porque me apeteceu. É fácil, não cansa muito e, caramba, alguma bolota há-de pegar! (Mas ainda não vi sinais disso, tenho que confessar...). No próximo outono, hei-de plantar algmas árvores (carvalhos, também) jovens. Suspeito que continuarei a fazer isto todos os outonos, quer continue quer não continue o programa do milhão de carvalhos.
5. Mais de resto, a encosta é verdadeiramente fabulosa e agora, quando "amareleja", fica mesmo um espanto! Há coisas em que somos mesmo afortunados!

Anónimo disse...

Só por lhe ter apetecido "semeou" bolotas, então não percas o apetite e no próximo Outono vai até ao Sorbal, Não será necessário um milhão, bastam uns milharesitos.Ficamos a aguardar.

ljma disse...

Cernelha, bom dia!

É uma possibilidade, entre outras. Não digo que não mas, obviamente, não me sinto nada obrigado a plantar ou semear nesta ou naquela freguesia. Vou fazê-lo onde achar que faz falta, onde achar que é viável, claro, mas também onde me apetecer e onde me der jeito em cada momento. E até pode acontecer que não tenha disponibilidade, sei lá! Mas também pode ser que nos encontremos os dois com um saco de bolotas e uma enxadinha, a fazer o mesmo nalgum sítio da Serra, perto ou longe do Sobral! Nunca se sabe!

Saudações!
José Amoreira

Anónimo disse...

Talvez um destes dias nos encontremos.Mas antes de dar inicio a esta fauna , certamente à que ter em conta o tipo ideal de terreno e o local para a sementeira se processar.Sem incómodos para as gerações futuras e para o equilibrio da natureza.Obviamente não se planta uma só familia de plantas/arbustros.Terá que existir biodeversidade como sempre existiu.